A TURMA DO FUNIL

30 jun 2014 - 00:31

Clerisvaldo B. Chagas, 30 de junho de 2014

Nº 1.217

Turma+do+Funil+-+carnaval+20101Lá nos idos da era 60, surgiu uma marchinha de Carnaval, entre tantas outras, simpática e que deixava eufórico o participante da brincadeira. Numa composição de Mirabeau, M. de Oliveira e E. Castro, a música carnavalesca chamava-se “A Turma do Funil”. Na minha terra foi formado um bloco com esse nome, tendo a marchinha como carro-chefe. Desfilando pelas ruas e entrando nas casas dos influentes, lá ia à rapaziada:

Chegou à turma do funil

Todo mundo bebe

Mas ninguém dorme no ponto

Ai, ai, ninguém dorme no ponto

Nós é que bebemos e eles ficam tontos (BIS)

Como jovem adolescente eu pensava como seria bom fazer parte da Turma do Funil. A maioria fantasiada, alguns com os rostos cheios de farinha de trigo, todos conduzindo garrafas e funis. Sempre havia um trio musical composto, geralmente, à base de sanfona, pandeiro e triângulo. Aquela latomia pelas ruas e avenidas da cidade iniciava cedo e se prolongava até às 13 ou 14 horas quando a turma começava a se dispersar.

Não tinha quem não acompanhasse a musiquinha;

Eu bebo, sem compromisso

Com meu dinheiro

Ninguém tem nada com isso

Aonde houver garrafa

Aonde houver barril

Presente está à turma do funil.

Ao ver o jogo Grécia X Costa Rica, o sofrimento dos latinos, veio imediatamente à imagem do funil do vestibular, o objeto de zinco mais temido da época. E o bloco de Carnaval da “Rainha do Sertão” também veio à tona.

As etapas da copa se afunilam e, só os privilegiados rompem a parte delgada do instrumento infundíbulo.

Queiramos ou não, todos nós pertencemos À TURMA DO FUNIL.

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