A mídia destrói a autoestima

Layers / Pixabay

Muitos dos seres humanos não confiam em seu potencial.

Você já se perguntou por que você se compara às outras pessoas e pensa que é inferior a elas? Já percebeu que esse modo de pensar prejudicada suas relações.

Para entender o que causa tudo isso é preciso compreender o que é autoestima. O prefixo "auto", de origem grega, autós, que quer dizer "a si mesmo". A palavra “estima” vem do latim, aestimar, cujo significado é "apreciar, valorizar". Então de forma bem direta entenda que, AUTOESTIMA “é um conjunto de sentimentos e pensamentos do indivíduo sobre seu próprio valor, competência, beleza, características que se reflete em uma atitude positiva ou negativa com relação a si
mesmo”.

A autoestima está conectada com a matriz das suas vivências, ou seja, suas crenças. Na maioria das vezes essas crenças (verdade pessoal) são desenvolvidas pelo que o indivíduo ouve quando criança e adolescente: (você não faz nada direito, você é inútil, você é feia, ninguém vai te querer assim, você não vai chegar a lugar nenhum e etc.). As críticas e ofensas depreciativas sobre suas atitudes, características físicas, de sexualidade, de preferências e etc., vão moldando sua autoestima de forma negativa.

Se ao longo da infância o indivíduo ouve frases de encorajamento, motivação e elogio, é comum que essa pessoa desenvolva uma autoestima positiva.

E como a mídia e as redes sociais prejudicam e fator autoestima? Atualmente quase que 100% dos adultos e adolescentes acessam mídias
tecnológicas e também redes sociais.

Através desse universo tecnológico, existem diversos produtos e serviços, abordando o segmento de beleza e principalmente feminino.

Na rede social é propagado uma ilusão de vida e corpo perfeito e felicidade forçada. Diante do filtro do instagram não existe ninguém desarrumado e nem com dificuldade.

A cultura estética e midiática é muito cruel, principalmente com a mulher. A mulher é criticada quando tem cabelos brancos, rugas, flacidez no bumbum, quando fica fora da moda, quando falha, quando decide deixar a vida profissional para ser mãe e etc. Nesse universo comercial ninguém respeita fisiologia humana, na maioria das vezes o que prevalece é a aparência.

A autoestima é impactada diretamente pela rede social, essa mulher se compara e sente-se feia, defeituosa, incapaz, infeliz, gerando assim prejuízos na vida pessoal, social e profissional.

É comum a pessoa com autoestima baixa ser introspectiva, sem confiança no potencial, acha que não vai agradar, acha que nunca vai fazer o parceiro(a) feliz, desiste fácil, desânimo, carencia afetiva, crises ansiosas, crises depressivas, autolesão e até tentativas de suicídio.

Apesar de nós humanos carregarmos uma necessidade de aprovação e afirmação do outro, é possível equilibrar as emoções para não viver refém do elogio do outro.

Entenda que quanto mais você se guia pela imposição da mídia, mais entra em um mundo ilusório e irreal.

É comum nós humanos buscarmos algumas mudanças físicas, cabelo, unhas, cirurgias, dentes, mas é preciso ter cautela sobre essa insatisfação pessoal, aprenda a se amar, a valorizar sua autenticidade, não se culpe com as mudanças naturais da vida, as características corporais externas mudam com a idade.

Lembre-se! Dentro do contexto humano PERFEIÇÃO só existe no dicionário.

Se sua autoestima é baixa procure um profissional de psicologia para ele te ensinar a mudar a forma de pensar e evoluir nas atitudes.

Excesso de telas reduz a inteligência

Foto: Célio Júnior / Secom Maceió / Arquivo

Nas últimas duas décadas o avanço tecnológico surpreendeu a todos nós, é notável que nos dias atuais ela esteja presente em quase tudo das nossas vidas. São muitos os benefícios e facilidades disponíveis a todas as gerações e classes sociais. Muito embora, nós sabemos que tudo em excesso gera prejuízos e tende a trazer como consequências o adoecimento.

O celular é companheiro inseparável, nele está concentrado muitas funções que antes usávamos em aparelhos separados, como por exemplo: despertador, relógio, rádio, calculadora, calendário, agenda, câmera fotográfica, dicionário, planilha financeira, o jornal diário e etc.

Além de todas essas funções, através de um único aparelho também pagamos as contas e compramos uma infinidade de coisas e serviços e nos conectamos com centenas de pessoas que na maioria das vezes estão distantes fisicamente.

É meu caro leitor! Quando tudo isso passou a estar disponível em nossas mãos em um só aparelho, pensávamos que iríamos ter mais tempo livre. Mas acredito que assim como acontece comigo, com você também o tempo não sobrou, na verdade, ficou mais difícil gerenciar o tudo a sua volta.

Se para nós adultos é viciante e difícil controlar, como será que sente uma criança sendo bombardeada a todo tempo com coisas desnecessárias para a idade dela?

Pois bem! Talvez você esteja se perguntando. Qual o prejuízo causado nas crianças que usam a tecnologia em excesso?

De acordo com o neurocientista francês Michel Desmurget, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França, os dispositivos digitais estão afetando seriamente — e para o mal — o desenvolvimento neural de crianças e jovens. Em seu livro intitulado A Fábrica de Cretinos Digitais. Ele apresenta uma pesquisa feita em tendência que foi documentada na Noruega, Dinamarca, Finlândia, Holanda, França, etc. Nesses países, os “nativos digitais” são os primeiros filhos a ter QI inferior ao dos pais.

Em 2020 o neurocientista percebeu em pesquisa que pela primeira vez na história os filhos, adolescentes e crianças, estão com menor inteligência do seus pais, ou seja, com menos habilidades sociais, menos capacidade cognitiva para resolver problemas do cotidiano.

Então meu caro leitor, perceba que o excesso de telas, entenda como várias horas de uso diário de (celular, computador, tv e vídeo game), causam nas crianças e adolescentes o que nós chamamos de atrofiamento cognitivo, porque nessa rotina de uso desses instrumentos, o indivíduo reduz a capacidade de adequação e resiliência nos relacionamentos e reduz a plasticidade neural de criatividade e aprendizado.

Na minha experiência clínica e escolar na função de Psicólogo, vejo vários malefícios do uso desregrado das telas em crianças.

É como notar isolamento social (fica mais sozinho do que com a família e amigos), desorganização no sono e alimentação (se esquece de comer, beber, ir ao banheiro e passa da hora de dormir), alteração de humor, geralmente a criança fica impaciente, irritadiça, ansiosa. Além de apresentar fragilidade física por não explorar o universo a sua volta.

Para concluir, deixo a você mãe/pai ou responsável por gerenciar crianças, a tecnologia deve ser usada a nosso favor, evite ao máximo o uso de telas em crianças, estimulo-os a serem apenas crianças, e aos adolescente, monitorem para não deixarem de frequentar a rotina social da família a amigos.

Não esqueçam! fiquem atentos e obedeçam a sua fisiologia.

Tudo em excesso faz mal.

28 Maio

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A violência sexual é muito mais do que um contato físico

Foto: Alexa / Pixabay

Violência sexual é conceituada como qualquer ato tentado ou concluído, em que uma pessoa usa a força ou hierarquia com intenção obter de contato sexual com outra pessoa, seja por violência, ameaça, chantagem, comentários, e etc.

Então se ocorre qualquer ato invasivo, seja na relação física ou virtual, independentemente da idade da vítima e a relação que o agressor tenha com ela, a violência sexual é devastadora na vida humana, principalmente quando é contra uma criança.

Ainda é muito comum, várias pessoas pensarem que só é violência sexual se acontecer a penetração (pênis/vagina), nesse caso dar-se o nome de ESTUPRO, mas é importante perceber que a violência sexual é muito mais do que esse contato físico com penetração.

De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), nos quatro primeiros meses de 2023, foram registrados, através do disque 100, 17,5 mil violações sexuais contra crianças ou adolescentes, envolvendo violências sexuais, físicas e psicológicas, abuso, estupro e exploração sexual.

Pelos números notificados, se comparados ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 70% nos crimes sexuais. Mesmo sendo um número alarmante, sabemos que ainda existem muitos casos que não são notificados por vários motivos.

Os dados do MDHC indicaram ainda que 14 mil casos ocorreram na casa da própria vítima, de familiares ou do próprio agressor. No cenário virtual ocorreram 319 violações, além de outras316 denúncias.

A prevenção mais eficiente é treinar as crianças sobre como se proteger, orientando sobre as partes intimas do seu corpo que ninguém pode tocar. Sobre como deve se comportar nas relações. Todos os anos no mês de maio acontece a CAMPANHA MAIO LARANJA, onde é intensificado as orientações sobre a violência sexual.

A escola é ambiente onde mais se detecta esse tipo de violência, uma vez que, nesse universo a criança ou adolescente que está sendo vítima de violência sexual tende a mudar seu comportamento, então, diante dessas mudanças comportamentais os profissionais que convivem diariamente com essa vítima, percebem os sinais e identificam as ocorrências.

Vale salientar que uma criança que é vítima de violência sexual, apresenta ao logo da vida muitos prejuízos psicológicos e emocionais.

A prevenção deve ser feita diariamente e é obrigação de toda sociedade, principalmente de familiares.

Não se cale diante de um crime tão admirável, acione o conselho tutelar, a polícia, o CREAS, disque 100 e etc.

Você sabe o que é TDAH? Entenda e veja o melhor tratamento

Foto: Freepik

A sigla TDAH é a abreviação do Transtorno do Déficit da Atenção e Hiperatividade. Esse transtorno neurobiológico é mais uma das problemáticas sob o guarda chuva dos Transtornos do Neurodesenvolvimento. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) acomete cerca de 5% da população mundial, e pode dificultar o processo de aprendizagem de crianças e adolescentes.

Essa doença neurobiológica de causas genéticas, caracterizada por sintomas como falta de atenção, inquietação e impulsividade. Que surgem nos primeiros anos da infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a vida. Tendo maior prevalência em meninos do que em meninas.

Um indivíduo com TDAH é mais desatento do que a maioria das pessoas e também mais hiperativo e Impulsivo do que o comum. Geralmente essas pessoas são consideradas como desorganizadas, intrometidas e parassem está ligadas no 220, muitas vezes não obedecem às regras sociais, tornando-se invasivos nas relações. Essa aceleração comportamental gera muitos prejuízos pessoais e sociais.

Devido ao baixo rendimento escolar e o fracasso nas relações, muitos adolescentes principalmente meninos tornam-se agressivos por se sentirem rejeitados pelos colegas. 

A maioria das pessoas com TDAH tenha algum familiar com a mesma característica, assim como também é comum essas pessoas terem outras comorbidades, tais como: Transtorno do Espectro Autista -TEA, Transtorno Opositor Desafiador – TOD, Transtorno de Aprendizagem (Dislexia, Discalculia), e etc. 

A maioria dos diagnósticos acontecem quando a criança começa a frequentar a comunidade escolar, muito embora algumas pessoas só tomam conhecimento dessa problemática na vida adulta.

O tratamento geralmente é a junção de psicoterapia com o auxílio de medicamentos. No processo psicoterapêutico o indivíduo passa a entender o que sente e depois aprende estratégias de adaptação no cenário social.

A modinha do autismo

O principal símbolo do autismo, reconhecido mundialmente, é a fita ou laço colorido em forma de quebra-cabeça. (Foto: Divulgação)

Muitas pessoas ainda não conhecem o universo do autista e suas peculiaridades, talvez por isso, pensam e agem com ignorância sobre a temática. Autismo não é modinha, é uma doença neurobiológica, milhares de pessoas no Brasil nascem com essas características e a maior dos portadores são meninos.

Autismo é nome popular do TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA). O Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos Mentais, 5º edição – DSM-5, descreve que o Autismo nas últimas décadas passou por atualizações em seu conceito e ganhou novas particularidades na definição. 

Até ser denominado espectro autista, já foi chamado de autismo infantil precoce, autismo infantil, autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico, transtorno global do desenvolvimento, sem outra especificação, transtorno desintegrativo da infância e transtorno de Asperger. 

O autismo é um transtorno muito complexo, com múltiplas formas e sintomas que variam de indivíduo para indivíduo, que em muitos casos também apresenta alguma comorbidade. 

Fechar um diagnóstico de TEA é um procedimento difícil e delicado, por isso são várias etapas com critérios minuciosos (entrevistas, anamnese, observação clínica, testes psicológicos, e etc), sendo necessário uma equipe multidisciplinar dentre eles devem estar profissionais da Neurologia, Psicologia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia e etc. Um diagnóstico equivocado pode comprometer a vida inteira de um ser humano.  

 São três os níveis de comprometimento pelo Autismo: leve, moderado e grave, com variações únicas em cada organismo.

 Os campos de maior prejuízo na vida do indivíduo autista com descreve o DSM-5, são: 

1. Dificuldade na comunicação social e na interação social: nesse contexto o indivíduo tem dificuldades comunicação social, não consegue iniciar uma conversa e não corresponde a uma conversa quando é iniciada por outra pessoa. Muitos desses indivíduos têm atraso na fala, ou não conseguem formar frases longas. Apresentam dificuldades para compreender as linguagens verbais e não verbais. Tem um interesse reduzido por emoções e afeto (não gosta de abraços, beijos, contato físico). Geralmente as expressões faciais não condizem com a fala ou com a situação. Tem também dificuldades para compreender relacionamentos, não conseguem se adequar aos contextos sociais e brincadeiras, as vezes parecem não escutar, não comprimentam os outros, são sempre desajeitados, preferem brincar sozinho mesmo tendo oportunidade de brincar em grupo. 

2. Dificuldade na rotina básica, ações do dia a dia: nesse contexto os indivíduos apresentam rigidez e comportamentos restritos e repetitivos, conceituados como comportamentos estereotipados. São visíveis movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos ( alinhar brinquedos ou girar objetos, ecolalia, frases incompreensíveis). Esses indivíduos geralmente tem insistência nas mesmas coisas, fazem tudo em rituais (mesmos alimentos, mesmas roupas, mesmo brinquedos, meses histórias), sofrem muito quando tem que mudar algo mesmo que seja pequena a mudança).

Geralmente apresentam forte apego ou preocupação com objetos incomuns, apresentam muita ou pouca sensibilidade em situações, não sabe reagir ou se defender a algo que queime ou machuque, tem rejeição a texturas ou produtos, (não gostam de papel higiênico, não toleram pingos de líquido na roupa, não gostam de sujeira e etc). Não suportam som alto, fogos e etc. Costumam cheirar ou tocar objetos de forma excessiva, são fascinados por luzes ou movimentos circulares, (não anda de bicicleta, preferem colocá-la de rodas pra cima só pra vê o movimento circular das rodas, as vezes fazem o mesmo com carros e outro brinquedos), olham fixamente para ventilador, correm constantemente sozinho em círculo.

As causas desse transtorno são alterações genéticas com tendências hereditárias, e comprometem os  processos neuropsíquicos heterogêneo que atingem a linguagem, a cognição e a interação social, apresentando déficits na comunicação, na coordenação motora, no nível de atenção e na sensibilidade sensorial. Não existe um único elemento que cause o autismo.

Caso você identifique em você mesmo ou em outras pessoas alguma dessas características descritas acima, é recomendável procurar um profissional para ajudar a ajustar esses desconfortos, pois existe tratamento e na maioria das vezes esses indivíduos precisam de medicamentos até que consigam alcançar a reabilitação neurocognitiva.   

Apesar da dificuldade em algumas áreas específicas, os indivíduos autistas são muito habilidosos em outras áreas de conhecimentos e quando se adequam as suas limitações, conseguem viver socialmente de forma produtiva.

Transtornos do Neurodesenvolvimento

Foto: free stock photos / Pixabay

É comum ouvirmos no cotidiano social essas palavras (Transtorno, Distúrbio, Déficit, Desvio, Dificuldades de aprendizagem e etc). As palavras em seus conceitos estão diretamente ligadas às complexidades da saúde mental. São muitas as pessoas têm preconceito sobre o assunto, tanto na sociedade comum, como também no cenário educacional.

Para facilitar o entendimento, pense em um grande guarda chuva, que vamos dá o nome de  transtornos do neurodesenvolvimento, debaixo desse guarda chuva, estão várias problemáticas do desenvolvimento humano. (Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista, TDAH, Transtornos Específicos de Aprendizagem e outros).

Significa que são dificuldades presentes desde os primeiros anos de vida do indivíduo e na maioria das vezes identificadas no início da vida escolar, por isso o nome transtorno do neurodesenvolvimento. Neste texto vou falar um pouco sobre Transtorno Específico de Aprendizagem, nas próximas semanas escreverei sobre os outros transtornos.

Sendo de origem biológica o Transtorno Específico de Aprendizagem, é conceituado como uma alteração na capacidade do cérebro para perceber e processar com eficiência as informações verbais ou não verbais, os mais comuns são (Discalculia e Dislexia). Na maioria das vezes esses indivíduos apresentam um nível de QI dentro da média e uma boa habilidade intelectual. Mas na prática escolar o desempenho do indivíduo fica abaixo da média esperada para idade.

Esses transtornos causam grande diferença entre o potencial e os níveis reais de desempenho acadêmico, assim como as previsões das habilidades intelectuais da pessoa. Os transtornos de aprendizagem envolvem deficiências ou dificuldades na concentração, atenção, linguagem ou processamento visual de informações.

O Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 conceitua essas problemáticas da seguinte maneira.

A Dislexia é a dificuldade na precisão de leitura de palavras, fluência de leitura e compreensão de leitura.

A Disortografia é a dificuldade na expressão escrita, precisão na ortografia, precisão na gramática e na pontuação, clareza ou organização da expressão escrita.

A Discalculia é a dificuldade na matemática. O senso numérico, memorização de fatos numéricos, precisão ou fluência de cálculo, precisão no raciocínio matemático.

De acordo com uma pesquisa da USP – Universidade Federal de São Paulo, a prevalência desses distúrbios é de 5 a 15% em crianças na idade escolar.

Na prática do dia a dia escolar esses indivíduos são taxados de desatentos, de retardados, de atrasados, de desinteligentes, que não aprendem e etc.

​Vale lembrar que todos esses fatores alterados, atenção, concentração, linguagem e memória, não são de escolha do indivíduo, ele já nasceu assim. Existe tratamento e treinamento de reabilitação cognitiva para possibilitar uma adaptação e desenvolvimento acadêmico desses indivíduos. É só procurar um Psicólogo, Psicopedagogo ou Neurologista para identificar tal limitação.

O fato de nascerem assim não os impede de terem uma vida social e profissional comum, desde que tenham oportunidade de cuidados adequados para sua realidade.

Eu não consigo mudar

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

Parte da realidade

Brasileira em decadência,

Excesso de vaidade, 

E escassez de inteligência,

O foco é a diversão,

Explode a emoção

Do costume cultural,

Muita coisa é adiada 

Para depois da virada

Em forma de ritual.

 

Em cada festa marcada

Como retrospectiva,

Cada meta planejada,

Contundente, decisiva,

Como numa grande peça,

Pois o ano só começa 

Quando passa o carnaval.

Um ditado vagabundo

Que deixa sempre em segundo

O que é essencial.

 

Pular três ondas do mar,

Na grande empolgação,

Jogar champanhe no ar,

Sela a comemoração.

A roupa branca usada

Bem na noite da virada

Pra trazer saúde e paz,

Quem focou só em beber,

No primeiro amanhecer

Nem levantar é capaz.

 

Na lista tão conhecida

Que parece universal,

Mudar o rumo da vida,

Ser sempre bem pontual,

Conviver com mais sossego,

Arrumar outro emprego,

Voltar fazer exercícios,

Reservar algum recurso,

Estudar para concurso,

Deixar de lado alguns vícios.

 

É muito fácil falar

Difícil mesmo é fazer,

Não adianta jurar

E depois se arrepender.

Quem não faz manutenção

Em forma de prevenção

Termina no prejuízo,

Diante à fragilidade

Requer muita habilidade

Pra não perder o juízo.

 

A sua prioridade 

Dever ser sua saúde,

Pra manter a sanidade,

Coerência, atitude,

Sua saúde mental

E gestão emocional

Não pode ser adiada,

Seja mais inteligente,

Sem equilíbrio na mente

Você não resolve nada.

 

A você quero ser franco

Com muito sinceridade

E todo janeiro branco

É uma realidade

Não ligue pro preconceito

Torne-se então o sujeito

E gerencie sua mente,

Ou bota logo em ação

A sua evolução

Ou sofrerá novamente.

 

Falta de conhecimento

Resulta na falsa crença.

“Trauma é só fingimento,

Depressão não é doença,

Eu não estou adoidado,

Não quero ser viciado

Em remédio pra dormir,

Psicologia é pros fracos,

Meus problemas meus buracos

Eu mesmo posso sair”.

 

Busque orientação

Apoio profissional

Com essa intervenção

Aumente o potencial

Com remédio e terapia

Desenvolva autonomia

Comece logo em janeiro.

Ruim é adoecer

Sem saber o que fazer

E sofrer o ano inteiro.

01 nov

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Encontro de poetas e cordelistas

Foto: Agência Brasil

Nos dias cinco e seis

De novembro deste ano

Haverá um grande evento

No sertão alagoano

Em Santana do Ipanema

O evento vira tema

Na cultura segue o plano.

 

Um encontro de poetas

E também de cordelistas

Muita gente vem cá

Prestigiar os artistas

Outros vão se apresentar

Os seus textos declamar

No que são especialistas.

 

Também durante o encontro

Haverá exposição

De livros e de cordéis

Pra toda população

Vai ter muita alegria

Repente, aboio, poesia,

Formam a programação.

 

Esse evento é artístico,

Cultural e literário

Trás raízes nordestinas

De valor originário

Você não pode perder

E para não esquecer

anote em seu calendário.

Dia cinco sexta feira

Começa a programação

Logo as dezenove horas

Será a recepção,

As vinte e duas termina

Com alegria culmina

A primeira ocasião.

 

Já no sábado dia seis

As oito horas bem cedo

Para a segunda etapa

Pode chegar sem ter medo,

Esse show de poesia

Por volta de meio dia

Finaliza todo enredo.

 

Autor: Diógenes Pereira

Não me deixem morrer

Setembro Amarelo discute medidas para evitar transtornos psíquicos que levam ao suicídios (Foto: Carla Cleto / Agência Alagoas)

A cada ano acontece

A campanha mundial,

Mas só que não permanece

O que é essencial,

O apoio, o cuidado,

Falta alguém ao meu lado

Após setembro amarelo.

No sofrimento da vida

As vezes falta saída,

Por atenção eu apelo.

 

A nossa sociedade

Continua violenta,

Como na antiguidade

Só mudou a ferramenta.

Pra punir e pra julgar,

Quem trair ou quem roubar,

Não é mais apedrejado.

O bullying estrutural

E na rede social

Ofendido e humilhado.

 

O suicídio é um adeus

Um tabu para cultura.

Uns dizem: – é falta Deus.

Outros dizem: – é frescura.

Na vida eu tenho sofrido,

Sou doente estou perdido

Por causa da violência.

Me sinto muito culpado,

Sem forças e esgotado,

Perdi a minha essência. 

 

Quem devia me ensinar

Me dá carinho e conforto,

Insiste em me espancar,

Por isso quero estar morto.

Sou mentalmente doente,

Recebo de um parente

Violência sexual,

Violência psicológica,

A família patológica

E conflito emocional.

 

Como eu muitas pessoas,

Estão pedindo: – socorro!

Escassas de coisas boas,

Recebem muitos esporros.

Vários seres desumanos,

Cruéis, rudes e tiranos,

Maltratam todos a volta,

Os bons são quem adoecem,

Pelos conflitos falecem

Isso me causa revolta. 

 

Chamo atenção e lamento,

Esclareço pra geral,

E são noventa por cento

Que tem doença mental,

Pois quem pensa em morrer

Quer acabar o sofrer

Que perturba sua mente,

As causas do suicídio,

Maus tratos sem subsídio,

Deixa a cabeça doente.

 

Nunca devemos julgar

A dor que o outro sente,

Você poder ajudar

Escute suavemente,

Quem pensa em tirar a vida

Tem a alma dolorida

E vive desamparado,

Buscando acolhimento

Todo adoecimento 

Deixa-o desesperado.

O que leva alguém a cometer SUICÍDIO?

A ansiedade e a depressão são as doenças mais comuns que atingem a população, principalmente neste momento, com a pandemia de Covid-19 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Muitas perguntas ecoam em nossa mente sempre que surge um noticiário a respeito desse tema. Muitas dúvidas e opiniões aleatórias bombardeiam nossa cabeça.

De forma periódica falamos sobre isso aqui no blog, como no texto “Aprenda como ajudar alguém em risco de suicídio” , neste “COVID-19, Adoecimento Mental e Suicídio” ou ainda “SETEMBRO AMARELO: Você sabe como surgiu?”.

Mas o que de fato leva um ser humano a tal comportamento? 

Asseguro que não existe uma resposta pronta, são vários os fatores que somados podem causar tal desequilíbrio psicológico. Listarei a seguir algumas das possíveis causas que levam alguém a desistir de seguir a vida.

Cada ser humano é um universo em miniatura, e em seu processo de vida comum, o indivíduo é exposto diariamente a várias situações, que podem ser prazerosas ou traumáticas. Cada organismo reage de uma forma no acumulo de experiencias. 

Numa breve comparação, seria possível ver a configuração da estrutura mental de ser humano, como um COPO vazio em baixo de uma torneira que pinga uma gota por vez, ao longo da vida esse copo tende a encher, cada pingo é uma situação interpretada e acumulada: uma crítica, um bullying, uma violência, uma acusação, um julgamento, um abandono, um luto, uma dificuldade financeira, uma doença, uma desilusão amora, perca do emprego dentre outros. 

Raramente alguém comete suicídio por uma única vez que aconteça alguma dessas situações listadas acima. E muito comum na história de vida desse indivíduo, estarem presentes várias dessas experiências doentias. Quando o copo enche uma única gota faz o conteúdo derramar. 

Essa última situação que gera a crise e o desespero é o que chamamos de gatilho. 

Geralmente o acumulo dessas emoções e sentimentos geram um emaranhado de conflitos que fazem tal pessoas não encontrarem saída para aquele problema. 

Outro fator muito comum nas estatísticas suicidas são as doenças mentais, várias dessas patologias psicológicas trazem em seu conjunto de sintomas (o pensamento/vontade de morrer), na condição do doente mental o fator morte é vista como a solução para acabar o sofrimento que ele sente.

É comum pessoas pensarem em morrer em algum momento da vida, segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, não é normal é enxergar a morte como única alternativa para resolver seus problemas. E é exatamente o que pensa e sente alguém com intenção suicida. Naquele momento de desequilíbrio, ele não visualiza outra saída.

Infelizmente ainda existe muitas crenças e desinformações a cerca desse assunto, e por isso, essa demanda é vista como uma nuvem escura que assusta a sociedade. 

Raramente as famílias que passam por essa situação não recebem orientação psicológica adequadas, as vezes por preconceito, as vezes por vergonha e outros motivos culturais/religiosos. 

Ninguém espera que aconteça em sua própria família. E sempre difícil lidar com isso.

O indivíduo com pensamentos de suicídio leva uma vida comum como qualquer outra pessoa, o que o leva a cometer o ato é a forma particular e subjetiva de interpretar e encarar as situações difíceis. 

Suicídio não é falta de DEUS, Suicídio não é FRAQUEZA, não é FRESCURA, não é pra chamar ATENÇÃO, não é coisa do CAPETA, não é CULPA de ninguém. 

SUICÍDIO É O RESULTADO DE UMA ATITUDE DE DESEQUILIBRIO PSICOLÓGICO.