Ufal Sertão analisa a migração de trabalhadores e trabalho escravo na região

07 nov 2018 - 02:00


Municípios com o maior número de naturais entre os alagoanos resgatados de trabalho escravo (Organização do Mapa: Flávio dos Santos, 2017)

Pertencentes ao Campus Sertão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o professor Lucas Lima e os graduandos Genilda Silva e Gleiton Feitoza, ambos do curso de geografia, publicaram na revista Cadernos de Geografia, artigo sobre a mobilidade espacial do trabalho, tendo como recorte espacial o sertão alagoano.

 Intitulado por Mobilidade espacial do trabalho: redundantes do Sertão de Alagoas como parte da reprodução do capital, o artigo aborda uma reflexão teórica sobre o processo de migração de camponeses, indígenas, quilombolas e trabalhadores do sertão para a venda da força de trabalho em diversas partes do país, se sujeitando inclusive, ao mercado escravo.

O artigo é parte das investigações elaboradas pelo Observatório de Estudos da Luta por Terra e Território (Obelutte) e do Grupo de Estudos em Geografia do Trabalho, vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Análise Regional (Gepar) da Ufal.

Para a sua elaboração foram utilizados dados oferecidos pelo Observatório Digital do Trabalho Escravo no Brasil, plataforma vinculada ao Ministério Público do Trabalho, que tem como intuito promover a gestão eficiente e transparente de políticas públicas, de programas e de projetos de prevenção e erradicação do trabalho escravo.

 O caderno em que o artigo foi divulgado possui publicações trimestrais e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Geografia – Tratamento de Informação Espacial, da  Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Puc/MG), com  classificação conceitual como B1 no qualis da área de Geografia.

Lucas Lima explica que essa mobilidade, que ocorre sazonalmente, decorre da presença de uma estrutura fundiária marcada por minifúndios, baixa disponibilidade de emprego e de insignificante apoio à convivência no semiárido. “As consequências da migração são perversas, pois além da fragmentação e enfraquecimento das comunidades, alguns acabam sendo vítimas do trabalho escravo”, conclui.

 Para ter acesso na íntegra ao artigo, acesse o link.

Por Assessoria / Ufal

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