Seu cuca ou os leleke’s?

15 abril 2013


“Uma guerra judicial está sendo travada para decidir quem tem o direito de usar a marca Os Leleke’s e a música que se tornou um viral na web, Passinho do Volante. A queda de braço é entre a Furacão 2000 Produções Artísticas e a Lek Produções.

Somente a Lek Produções é quem pode usar o nome do grupo e se apresentar com a música em shows e programas de TV. A decisão em segunda instância, assinada pela juíza Rosa Maria Cirigliano Maneschy, proíbe a empresa de Rômulo Costa de fazer show com o funkeiros e fixa uma multa de 100 mil reais por descumprimento.

Os réus (Furacão 2000) não podem fazer uso do nome MC Federado e Leleke’s nem cantar a música que os lançou no mercado, Passinho do Volante por ser autoria e obra de terceiro”, explica a juíza. A punição pode começar neste final de semana, quando está previsto para ir ao ar na TV Globo apresentações da formação do Furacão 2000 nos programas TV Xuxa e Esquenta.”(Fonte: veja.abril.com.br)

No meu tempo (assim dizia os mais velhos) música tinha letra. Agora onomatopéias viram sucesso e estouram (antes nas hit parades) agora na internet. Quando surgiram no final da década de setenta, início dos anos oitenta, o estilo brega e por conseqüência, as músicas com letras com duplo sentido, foram muito criticadas pelos entendidos no assunto. Confesso que entre uma “Seu cuca é eu” do Trio Parada Dura, e Há! Le Lek, lek, lek, lek! Sinceramente prefiro “Seu cuca é eu”

“Fui convidado pra ir numa festa

Em um salão lá no inteiro

O sanfoneiro era o seu cuca

Pra tocar no baile do trabalhador

A meia noite o salão lotado

E o seu cuca não apareceu

Aquela gente foi me cercando

Todo mundo achando que seu cuca é eu

Chamei o segurança, ninguém atendeu

Todo mundo achando que seu é eu

Onde esta seu cuca, onde se escondeu

Achem esse homem

Que essa gente pensa que eu cuca é eu.”

Por falar em Seu Cuca, meu amigo Jorge Santana “Jorge Cara de Ralo”, contou-nos esta semana, em plena via pública, a mim e a Malta Neto, um fato ocorrido com o saudoso Cuca, vigia do Banco do Brasil e Benga. Essas duas figuras impolutas, frequentavam individualmente, um cabaré existente no início da rua de Zé Quirino, na década de oitenta. Certa ocasião Benga se encontrava sentado a uma das mesas do bordel, na companhia de algumas “mariposas” inclusive uma delas, mantinha um relacionamento estável com Cuca. Nisso chega Cuca que dá boa noite a todos, e fica “num pé e noutro”, pra dentro e pra fora. Foi ao banheiro, e na volta, deu um jeito de enfiar um bilhete no bolso de Benga, que de imediato leu, dizia:

-“Caro amigo Benga. Não fique com essa mulher ela está doente.”

Benga malandro velho riu. E procurando o autor do bilhete, respondeu:

-Ah! Cuca agora não tem jeito! Já fiquei com ela antes de ontem, ontem e hoje!

Fabio Campos 13.04.2013 Conto inédito em breve no fabiosoarescampos.blogspot.com

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