Livro que debate o papel das torcidas organizadas é lançado em Alagoas A convite do autor Bispo Filho, autoridades, entidades ligadas ao futebol e representantes de torcidas organizadas debateram o tema de forma positiva

Sabrina Scanoni / Motion Comunicação

10 nov 2023 - 07:00


Foto: Motion Comunicação

O livro “Torcidas Organizadas e Periferia: Identidade e Pertencimento”, de autoria de Bispo Filho, foi lançado na manhã desta segunda-feira (06), no auditório da Secretaria de Estado do Esporte, Lazer e Juventude, que fica no Estádio Rei Pele.

Entre os convidados, o presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Felipe Feijó, a promotora de justiça, Sandra Malta, o chefe do setor de eventos da Polícia Militar, tenente-coronel Iraque, o presidente da Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg), Luiz Cláudio do Carmo, o vereador por Arapiraca, Adriano Targino, o advogado Romany Roland, e o conselheiro do CRB, Ricardo Moraes. Representantes das torcidas organizadas Mancha Azul (CSA), Povão Azulino (CSA), Comando Alvirrubro (CRB) e Mancha Negra (ASA) também marcaram presença.

Bispo filho fez a abertura do evento e falou sobre a escolha do tema. Ele também apresentou o projeto “Cuidando da Sua Casa”, que tem como objetivo promover uma mudança significativa na cultura das torcidas organizadas, direcionando suas paixões para ações construtivas e responsáveis.

Logo depois, o assunto foi colocado em debate entre os convidados. “Nós entendemos a importância das torcidas organizadas dentro dos estádios e para os clubes que torcem. Precisamos unir forças para construir um ambiente de paz, onde as ações positivas superem as negativas e enquanto instituição iremos contribuir em tudo aquilo que for possível ser feito” disse o presidente da FAF, Felipe Feijó.

“O papel das torcidas organizadas precisa ser debatido na sociedade bem como melhor esclarecido. O livro veio em boa hora para que juntos possamos mostrar que a torcida organizada traz muito mais benefícios. O Brasil é o país do futebol e da alegria e as torcidas organizadas seguem essa linha também. Precisamos tirar esse estigma de violência atrelado a elas”, afirmou o presidente da Anatorg, Luiz Claudio do Carmo.

“Parabenizo o Bispo Filho pela iniciativa. É um assunto que muito interessa à Polícia Militar. Acredito que todos nós podemos contribuir para que haja paz nos estádios e fora deles e assim, possamos reduzir essa rivalidade”, contou o chefe de eventos da PM, Tenente-Coronel Iraque.

Livro

No livro “Torcidas Organizadas e Periferia: Identidade e Pertencimento” é feita uma avaliação dos grupos que formam uma torcida organizada no Brasil. A obra debate o verdadeiro papel das torcidas organizadas e como reverter a associação à violência.

“As torcidas organizadas são uma parte vibrante e fascinante da cultura brasileira, enriquecendo a vida de muitos e deixando uma marca indelével na sociedade. Elas podem desempenhar um papel crucial no desenvolvimento da identidade e pertencimento de seus membros. Com apoio e incentivo, podemos mudar essa realidade de violência e mostrar como pode ser transformador o papel da torcida organizada na sociedade”, disse Bispo Filho

O livro está disponível para venda na plataforma/link https://josebispo.b2w.net.br e custa R$ 21,28. Mais informações pelo telefone (82) 9 9641-0802. Para saber mais também sobre o autor, acesse a página no Instagram @bispofilho.

O autor

Bispo Filho é administrador de empresas por formação e é voluntário social há mais de 25 anos. Ele é Presidente da Cooperativa Social de Ressocialização para Dependentes Químicos em Recuperação (Coredeq), que é registrada no Sistema OCB Alagoas, onde também é conselheiro administrativo. Além dessa obra, Bispo Filho está lançando mais dois livros: “Anna – Caminhos para Sobriedade” e “Cooperativismo e Periferia – Sustentabilidade Social, Cultural e Econômica nas Quebradas”.

Anatorg e torcidas organizadas

No último final de semana, o presidente da Anatorg, Luiz Claudio do Carmo, e Bispo Filho visitaram as sedes das torcidas organizadas em Maceió e Arapiraca. Durante os encontros, Luiz Claudio conversou com torcedores sobre temas como violência, a importância de diálogo com o poder público, racismo, homofobia, entre outros, e conheceu os trabalhos das organizações.

“As torcidas organizadas realizam trabalhos pouco divulgados como ações sociais. Temos também que mostrar o que elas têm de bom e não só violência”, conta Luiz Claudio.

“O debate é muito importante para gente, pois queremos mostrar que a Mancha Azul faz um trabalho voltado também para nossa comunidade”, afirmou o presidente da Mancha Azul, Neto Andrade.

“Um grande trabalho a ser feito nas torcidas e que estamos aplicando na Comando é o da prevenção, assim podemos reduzir os episódios de violência”, falou o Presidente da Comando Alvirrubro, Gleison Rafael.

“Não queremos violência nos estádios e nem fora deles. Não há motivo para isso, só apenas para celebrar o futebol”, disse o presidente da Mancha Negra, Wesley Carvalho.

“Esse debate do verdadeiro papel da torcida organizada já é nossa pauta, tanto que nosso lema é Futebol, Paz e Atitude”, contou o presidente da torcida Povão Azulino, Márcio Miranda.

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