Vamos seguindo feira adentro; olhos perscrutadores nas bancas, no quadro, no povo. Não encontramos folhetos, emboladores, violeiros, vendedores de óleos estranhos para todo tipo de doença. Tudo parece mais escasso e pobre. Vão-se as tradições e surge o novo na continuação da vida, em ciclos de novidades cada vez mais curtos.
Não aparece diante das feiras de Senador Rui Palmeira, Olho d’Água das Flores, Santana do Ipanema, Carneiros, Canapi… Um vate popular que imite, ainda de longe, o cego pedinte e repentista do sítio Travessão, Zequinha Quelé, o gênio das feiras interioranas do sertão alagoano. “Perdoe ceguinho”:
“A bacia do perdoe
Eu deixei no Travessão
Sou homem
Não sou menino
Todo ser é assassino
Só meu padre Ciço não.”
Veja a crônica completa no Blog do Clerisvaldo B. Chagas