Ações educativas também fazem parte da Fiscalização Preventiva Integrada do Rio São Francisco; confira

25 Maio 2015 - 22:54


O projeto nomeado de “Guardiões da Natureza” é visto como um braço de educação ambiental, que faz parte da FPI do Rio São Francisco.

Foto: Assessoria MP/AL

Foto: Assessoria MP/AL

Em meio aos tristes flagrantes e as inúmeras penalidades aplicadas pela Fiscalização Preventiva Integrada do Rio São Francisco, que desde a semana passada vêm percorrendo municípios do Sertão alagoano, a equipe em defesa do meio ambiente também tem levado ações educativas para as primeiras gerações, na busca de um melhor tratamento da natureza, num futuro próximo.

A promotora de Justiça Lavínia Fragoso, que coordena o FPI, explica as medidas e diz que a ação não tem somente um caráter punitivo, ao contrário, seu maior objetivo é educacional. “Nossa intenção é mostrar às prefeituras, comunidades, escolas, órgãos públicos e empresas, que, acima de seus interesses econômicos e pessoais, suas ações devem ser ecologicamente corretas”, frisou.

O projeto nomeado de “Guardiões da Natureza” é visto como um braço de educação ambiental, que faz parte da FPI do Rio São Francisco e já atingiu crianças como as pequenas Evellyn Maria Silva Menezes, de 8 anos e Carla Cristina da Silva, de 7.

Evellyn diz com veemência que os animais são como os seres humanos e que não merecem ficar presos. “Eu aprendi que não se pode trancar os animais numa gaiola porque eles têm que ser livres”. A garotinha Carla Cristina da Silva vai mais além e diz o porquê dos animais precisarem da sua liberdade. “Eles ajudam as árvores a ter sempre frutos, e se temos árvores, frutos e pássaros, temos também a natureza preservada”, diz a pequenina que ainda diz querer mostrar o meio ambiente aos meus filhos.

O conteúdo repassado à Evellyn e à Carla foi o mesmo compartilhado com mais de 500 outros estudantes de escolas públicas municipais e estaduais dos municípios de Batalha, São José da Tapera e Pão de Açúcar, cidades localizadas no Sertão de Alagoas.

Para o outro colega do MP, o também promotor Alberto Fonseca, “a questão ambiental está em alta por uma razão simples: a necessidade de sobrevivência”. Ele afirma que quanto mais cedo o tema for abordado com as crianças, maiores as chances de despertar nelas a consciência pela preservação, daí a educação para uma vida sustentável deve começar já na sala de aula.

O MP também defende que a educação ambiental faça parte da grade curricular do ano letivo de forma transversal e interdisciplinar. “É preciso se explorar o meio ambiente com curiosidade, percebendo-se como ser integrante, dependente, transformador e, acima de tudo, capaz de ter atitudes de conservação”, defendeu Fonseca.

Plantando esperanças

E não somente de teoria foi construído o projeto ‘Guardiões da Natureza’. Além do bate-papo e do momento lúdico, os alunos tiveram a oportunidade de também fazer o plantio de mudas nas escolas. A direção cedeu parte do terreno da unidade de ensino e, assim, a garotada colocou a mão na terra para plantar.

“Eu nem acredito que plantei a minha primeira arvorezinha, quanta emoção. Ela pode se chamar Peppa? É que esse é o nome da minha porquinha favorita, de um desenho animado. Eu prometo que vou cuidar dela como se fosse uma filha. Eu ainda nem sou gente grande, mas, a partir de agora, terei compromisso de adulto. Dou a minha palavra que serei para a Peppa, o mesmo que minha mamãe é para mim”, disse, comemorando, Adriane Natália Miranda Barros, de 6 anos.

Da Assessoria do MP-AL com edição da Redação

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