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  • Santana do Ipanema, 20/12/2025
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Marcelo Ricardo Almeida

A metodologia da palavra usada no analfabetismo escolar

Foto: Pressfoto / Freepik
A metodologia da palavra usada no analfabetismo escolar

Só há escola se existir leitura, sem leitura não há de se falar em escola.

Não é raro, na tapeçaria escolar da educação básica, aluno avesso à autonomia da leitura e da escrita. Ele não compreende textos, e está longe de saber usar o sistema alfabeto com alguma fluência.

Não há de se falar em fonemas ou grafemas. São seres extraterrestres fugitivos de alguma nave alienígena que chegou por acaso ao sistema solar. O aluno não escreve textos simples, tampouco os consegue ler ou diferenciar mensagens de informações contidas neles.

As linguagens verbal e não verbal são bichos de sete cabeças. E a alfabetização, não consolidada nos dois primeiros anos escolares, segue não consolidada em direção ao último ano do ensino fundamental.   

No percurso escolar de nove anos de ensino fundamental não é incomum haver alunos do nono ano analfabeto escolar. Ele conhece parcialmente a matemática elementar e não vai além das vogais, porque tropeça nas consoantes.

A presença de um aluno, no quinto ano, em uma turma com três dezenas de alunos que se adaptam às referências da matriz curricular, segue o curso em direção ao final do ensino fundamental sem ter domínio da leitura e da escrita. E a metodologia da palavra surge para resgatá-lo do analfabetismo escolar.

É o resultado de uma geração desinformada, ansiosa, polarizada, que não sabe, se lhe perguntar, sobre filmes, livros, músicas, história, geografia, por exemplo. Não consegue reconhecer a hora, em sala de aula, em um relógio analógico, isto independente do ano em que se encontra, no ensino fundamental. Em nome da pressa, sempre acelera as expectativas?

Na metodologia da palavra usada no analfabetismo escolar, ao aluno é entregue livros, revistas, jornais, HQs, contos, poemas, e a ele é sugerido que observe as palavras nos diferentes textos, reconheça a primeira letra do alfabeto e escreve todas as palavras que encontrar com essa letra.

A cada dia de aula, o aluno escreve uma nova palavra com uma nova letra até chegar à última letra do alfabeto. Na metodologia aplicada no analfabetismo escolar se propõe a criação da Semana Literária no Ensino Fundamental. Considera-se o público-alvo alunos, professores, funcionários. A escolha dos temas deve considerar o teatro, falar sobre o teatro grego, o teatro latino, o teatro elisabetano, a comédia da arte, a caixa italiana, o teatro de bonecos, teatro de arena, a história do teatro no Brasil, a história do Teatro-Feijão-Com-Arroz, os dramaturgos brasileiros, a leitura de peças de teatro, e, no encerramento da semana, a criação de um grupo de teatro na escola. As oficinas literárias nas salas de aula, as exibições audiovisuais na biblioteca, as palestras no refeitório, os recitais no deque, as exposições de livros no corredor, os contadores de histórias nas salas dos quintos anos. As oficinas de literatura com adaptações de contos de fadas para teatro. Feira de troca de livros na entrada da escola. Exposição de trabalhos literários e produções. Leituras de peças teatrais por alunos e professores. 





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