Exposição “Pega de Boi no Mato” revela a beleza da tradição sertaneja no MUPA
Mostra da fotógrafa Tatiane de Almeida emociona o público ao retratar a bravura dos vaqueiros e a resistência cultural nordestina.

O Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa), em Maceió, abriu suas portas nesta segunda (13) para receber o público na estreia da exposição “Pega de Boi no Mato”, da fotógrafa Tatiane Almeida. A mostra, que segue aberta até o dia 24 de outubro, reúne registros da tradição sertaneja alagoana e tem emocionado os visitantes com cenas que exaltam a força, a fé e a identidade do povo do sertão.
Durante a abertura, o público pôde conhecer de perto o resultado da imersão da artista na Fazenda Serro do Japão, em Girau do Ponciano, onde ela acompanhou uma das maiores pegas de boi do estado. Entre conversas, sons de aboio e a vivência com os vaqueiros, Tatiane traduziu em imagens a alma de uma prática que é, ao mesmo tempo, celebração, resistência e herança cultural. A curadoria é de Roniekson Okobayewo.
“A abertura da minha exposição foi um momento quero guardar no coração pra sempre. Ver minhas fotografias ganhando vida nas paredes, sentir o olhar das pessoas se emocionando com cada imagem, foi algo indescritível. Senti gratidão, alegria, orgulho e um arrepio bom de dever cumprido. Cada detalhe, cada história, cada vaqueiro retratado ali, representava um pedaço da minha alma e da nossa cultura sertaneja”, disse Tatiane.
“Foi um sonho que virou realidade. Eu só posso agradecer a todos que estiveram presentes, que acreditaram comigo e que celebraram esse instante de arte, fé e muito amor pela cultura”, destacou a fotógrafa.
Com olhares atentos, os visitantes percorreram a exposição, que destaca tanto a bravura dos vaqueiros quanto a espiritualidade e a conexão com a natureza.
“Hoje eu me sinto muito grato pelo apoio a nossa cultura. A fotógrafa Tati vem apoiando a nossa cultura, fazendo uma exposição sobre a Pega do boi no mato. É um esporte que traz a união, a amizade, a força de vontade do vaqueiro nordestino”, disse o vaqueiro Renilson Moura.
“Muito feliz por as minhas fotos estarem aqui na exposição, porque representa a nossa cultura e tradição, que a gente vem construindo ao longo do tempo, Principalmente, as mulheres que entraram agora e estão desenvolvendo cada vez mais, porque antes sofria muito preconceito”, falou a vaqueira Grazy Mariano.
“É uma cultura que foi muito julgada, primeiramente, e depois passou a ser admirada por diversas pessoas. Eu ficou muito feliz em saber que ela está sendo exposta e está sendo valorizada pelas pessoas”, destaca Maga Vaqueira.
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