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  • Santana do Ipanema, 20/12/2025
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Fábio Campos

ZÉ RAMALHO, BENITO DE PAULA, ADONIRAN BARBOSA

Fotos: Reprodução / Instagram / italianismo.com.br
ZÉ RAMALHO, BENITO DE PAULA, ADONIRAN BARBOSA Zé Ramalho, Benito di Paula e Adoniran Barbosa

A julgar pelo título da crônica, caro leitor e leitora, poderíamos imaginar um encontro entre essas três celebridades da nossa MPB. Um incauto cancioneiro de Brejo da Cruz, na Paraíba; um fluminense, de Nova Friburgo; e um paulista de Valinhos. Acontece que Adoniran, já nem se encontra mais entre nós, partiu em 1982. Então, não sendo isso, vamos ao que interessa.  

 “Ainda há pouco, era apenas uma estrela/ Uma imensa tocha antes do mergulho/ Agora vem à tona, sua ira é intensa/ E você deseja saber, se há algo que possa acalmá-lo, outra vez./ Os pássaros. A lua cheia e todo o céu leitoso/ E todas as formas da natureza/ Mostravam a grandeza do mundo/ Em lágrimas... Fonte: by álbum Força Verde Zé Ramalho - 1982. letrasmus.com.br”

Lembro de ter dito, noutra crônica que as principais fontes de recursos literários utilizados por nossos compositores, antes da popularização da rede de internet, eram, o dicionário e a bíblia. Acabo de descobrir que também as revistas em quadrinhos eram usadas. Eis a prova. O site “ovicio.com.br” traz matéria completa sobre a história de que o compositor paraibano, teria usado fala de um gibi do incrível Hulk, pra compor a música Força verde. No entanto a reportagem contida no jornal pessoense “A União”, mostra que a fala contida nos quadrinhos e na música, são de uma poesia do irlandês William Butler Yeats [1865-1939]. 

Polêmicas à parte. Prefiro ficar com a frase que alguém disse: “Zé Ramalho é o autor de todas as músicas escritas, e “Força Verde” é um testemunho de sua habilidade em criar letras e melodias que se destacam na música brasileira.”

“O termo “Gibi” para revistas em quadrinhos tem sua origem na revista lançada em 1939, pela editora Globo. Originalmente era uma gíria do sul do Brasil que significava “menino negro”, ou “moleque”. “Gibi” em gramática, é um exemplo de [figura de linguagem] um termo de origem negativa se tornou sinônimo de um formato de publicação popular. Fonte: copilot.search.com.br”

“Eu pago preço alto, a isca pra pescar/ Se pesco, perco o peixe, alguém vem me tomar/Mas vou só de pirraça nessa vida dura/ Eu xingo, eu berro, eu grito, eu sento a pua. Música: Olha Nós Aí. By Benito de Paula LP - Do álbum 1979.”

Um cara, [não lembro o nome] disse, no Instagram que a expressão “Sento a Pua” significa instigar o cavalo com uma fina haste de ferro que possui uma ponta afiada. Diz também que a expressão vem da 2ª Grande guerra. Aparecia nos emblemas dos aviões que levaram a Força Expedicionária Brasileira pra Itália. No dicionário online, achei que “Pua é uma ferramenta constituída por uma haste de aço, estriada ou helicoidal, com a qual se fura a madeira mediante movimento rotatório.” A versão do dicionário parece mais abalizada, e vigente.

“De tanto levar “Frechada” do teu olhar/ Meu peito até parece sabe o que?/ “Táuba” de tiro ao Álvaro/ No tem mais onde furar[...] teu olhar mata mais que atropelamento de “Artomorve”/ Mata mais do que bala de “Revórve”. By Adoniran Barbosa e Osvaldo Moles [1960].

Esta canção, lançada na época da ditadura militar no Brasil, foi barrada pela censura. A alegação? “Falta de gosto, impede a liberação da letra.” Se as palavras “táuba”, “revórve” e “automórve”, fossem “corrigidas” eles iam pensar se liberava. Proposta feita, proposta não aceita. E teve que ficar engavetada por quase duas décadas. Até que viria a ser gravada por Adoniran e os “Demônios da Garoa”. Explodiu mesmo, na voz de Elis Regina, no álbum “Elis” de 1980. 

O Junior Silveira, professor de inglês, ele disse em sua página do Instagram que, do mesmo jeito que fazemos abreviações em palavras e expressões da Língua portuguesa, do tipo: “Vc" para dizer: “Você; “Pfv” pra dizer “Por favor”; “Tbm” pra “Também”. É possível fazer, coisas parecidas, na língua anglo saxônica. Por exemplo: Idk” seria “I don’t Know” tradução: “Eu não sei”; “Brb” “Be rigth Back” tradução: “Já volto”; “Gr8” seria “Great” tradução: “Ótimo! Bom!”; “U” seria “You” tradução: “Você”; “R” “Are” tradução: “são” [do verbo “ser”] 

Apetece-me a ideia de incluir a esta crônica, trechos de um poema de Ricardo Gondim [1954 -] que vi no Instagram, recitado pelo saudoso ator global, Antônio Abujamra [1932-2015] “Tempo que foge

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui pra frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. [...]  Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação” onde tiram “fatos à limpo”.[...] Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos. Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos, se estou ou não perdendo a fé [...] Sem muitas jabuticabas na bacia quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir dos seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge da sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo.” 

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

NUMA PELEJA ENTRE OS POETAS: LOURO BRANCO E MIRO PEREIRA. DERAM O MOTE: “NO MUNDO DA CANTORIA/ EU TAMBÉM SOU CAMPEÃO.” LOURO DISSE:

“Eu Aguardava Um Poeta, Mandaram Aqui Um Pateta/ Chamado Miro Pereira/ A Bunda É Vê Uma Pêra/ A Cara É Vê Um Mamão/ O Bucho é de Sapatão, Faltando Um Mês Pra dá Cria/ No Mundo da Cantoria, Eu também Sou Campeão.”

UM ALAGOANO Contando Um CASO, A UM MÉDICO CUBANO Recém chegado ao Brasil.

Os Cara foram pra uma “Resenha” meu irmão. Numas “Biboca”, uma “Lonjura” do “Cranco”! Chegou lá “Tava” “Topado”! Os “Hômi” tudo “Estribado”! O negócio tava ficando “Massa”. Aí um “Caba de Pêia” deu “incima” duma bichinha. A “Mulé” dele viu! A “garotona” deu uns “supapo”, na “boyzinha” do cara. A queda foi tão grande que “pôcou” até a chinela. Os cara ficaram “inchando” “véi”! Porque a briga “acabô” a festa. Ainda era cedo! Umas oito e “pouca” da noite. Pra completá, o Uber ficou “arriando” com a nossa cara. E outra, deu um “arrudêio” do “carái” pra “pudê” chegar.   PENSE! O Cubano Entendeu tudo.

MAJOR CONVERSANDO COM KENOBI DE “STAR WARS”

Passei por uma menina Linda, ali na rua. Aí eu Disse: 

-VÁ PELA SOMBRA! QUE DELÍCIA, NO SOL DERRETE! Ela Respondeu: 

-O Senhor Também, Vá pela SOMBRA, QUE MERDA NO SOL SECA. 

DOIS MATUTOS CONVERSANDO

-Cumpadre! Eu Acho que MATEI AMADO BATISTA. É que ontem a noite “garrei” no sono escutando o rádio... O Candeeiro derramou-se por “riba” queimou todinho. Dai num sobrou nada, Nem Dele, Nem do rádio.

-MORREU NADA! Cumpadre! Ele Escapou! Inda hoje pela manhã, Escutei lá em casa, Ele cantando: “No hospital na sala de Cirurgia”.

UMA FELIZ SEMANA NOVINHA, QUE ESTÁ SÓ COMEÇANDO!



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