População deve redobrar cuidados contra doenças transmitidas por animais
Raiva, leptospirose e febre maculosa estão entre as enfermidades que exigem atenção e medidas preventivas.

As doenças transmitidas por animais representam um desafio constante para a saúde e podem causar sérias complicações quando não são devidamente prevenidas. Diante disso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) orienta a população sobre como evitar zoonoses como raiva, leptospirose, febre maculosa, toxoplasmose e peste.
As zoonoses são causadas por vírus, bactérias, parasitas ou fungos e, entre as principais doenças, destaca-se a raiva, que é letal após o surgimento dos sintomas, mas pode ser totalmente evitada por meio da vacinação dos animais domésticos.
Já a leptospirose, que ocorre pelo contato com água e lama contaminada, é comum em períodos de chuvas e alagamentos, sendo causada pela bactéria Leptospira, presente na urina dos ratos.
Outra doença que merece atenção é a febre maculosa, transmitida pela picada do carrapato-estrela, encontrado principalmente em animais de grande porte, como cavalos e bois, mas também presente em cães e no ambiente doméstico. Os primeiros sintomas incluem febre alta, dor muscular e manchas avermelhadas na pele.
A toxoplasmose, por sua vez, pode ser adquirida pelo contato com fezes de gatos infectados ou pelo consumo de carne crua ou malcozida. A doença representa maior risco para gestantes e pessoas com imunidade comprometida.
Já a peste, transmitida por pulgas de roedores contaminados, ocorre por meio da inalação de gotículas aerógenas lançadas pela tosse no ambiente.
Transmissão
A transmissão das doenças repassadas de animais para os humanos pode ocorrer de diversas formas, seja por meio da mordida, contato com fezes, urina ou saliva, ingestão de carne contaminada ou picadas de vetores como carrapatos e mosquitos, conforme orienta o coordenador do Programa Estadual de Controle de Zoonoses da Sesau, Clarício Bugarin.
“A prevenção é a melhor forma de evitar as doenças transmitidas por animais. Por isso, é importante manter a vacinação em dia de cães e gatos, especialmente contra raiva, além de evitar contato com animais silvestres e desconhecidos e usar EPIs [Equipamentos de Proteção Individual] ao lidar com animais ou ambientes de risco", ressalta o coordenador do Programa Estadual de Controle de Zoonoses da Sesau.
Clarício Bugarin salienta, ainda, que outras formas de prevenção dizem respeito a manutenção dos ambientes domésticos limpos e livres de criadouros de vetores. "É preciso ter cuidado e não acumular água parada e lixo, controlar a presença de roedores e insetos em casa, além de evitar consumir alimentos crus ou mal cozidos, e sempre higienizar bem frutas e verduras”, orienta.
Sintomas
O coordenador reforça que os sintomas variam conforme a doença, mas é importante procurar uma unidade de saúde ao perceber febre alta, dor no corpo, manchas vermelhas na pele, náuseas, vômitos ou mal-estar após contato com animais ou ambientes de risco.
“Precisamos lembrar que a vigilância das zoonoses é uma responsabilidade compartilhada junto com a população, por isso, orientamos as pessoas para que reconheçam as situações de risco e saibam como se proteger. E a qualquer sinal suspeito procure uma unidade de saúde mais próximo”, pontuou.
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