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Há quase cinco anos, um crime brutal chocou o Sertão de Alagoas. Márcia Maria de Freitas, de 26 anos e grávida de oito meses, e Igor Soares da Silva foram assassinados a tiros na cidade de Olivença. Nesta quarta-feira (15), a Justiça finalmente deu uma resposta à sociedade: o réu José Edivan Silva Souza foi condenado a 57 anos, 10 meses e 22 dias de prisão, em regime fechado, após julgamento realizado em Santana do Ipanema.

A condenação é resultado da atuação do Ministério Público de Alagoas (MPAL), sob responsabilidade do promotor de Justiça Thiago Riff, que conduziu a acusação no Tribunal do Júri.

Segundo a sentença, Edivan foi responsabilizado por homicídio qualificado contra as duas vítimas e também pela morte do bebê que Márcia esperava. As penas foram individualizadas:

• 24 anos e seis meses pela morte de Igor Soares da Silva, conforme o artigo 121, §2º, inciso IV, do Código Penal;
• 28 anos, 10 meses e 15 dias pela morte de Márcia Maria de Freitas, segundo o artigo 121, §2º, incisos I e IV;
• e 4 anos, seis meses e sete dias pela provocação do aborto (morte do bebê), nos termos do artigo 125 do Código Penal.

“Ao Ministério Público cabe promover a justiça, garantindo que quem comete crimes, principalmente contra a vida, responda por eles. A mulher, além de tudo, estava grávida — a criança não teve o direito de nascer. Foram três vidas ceifadas, e com esse resultado, damos mais uma resposta à sociedade”, destacou o promotor Thiago Riff.

O crime

De acordo com os autos, o crime ocorreu em outubro de 2020, quando as vítimas estavam em uma residência na Rua Professor José Correia Bulhões, bairro Cohab, em Olivença. Elas foram surpreendidas por disparos de arma de fogo.

Igor Soares morreu no local, enquanto Márcia Maria chegou a ser socorrida e levada ao Hospital de Emergência do Agreste (HEA), mas não resistiu aos ferimentos.

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