Werdum chama Minotauro de ‘lenda viva’ e diz que haverá respeito no TUF

06 nov 2012 - 13:56


Fabricio Werdum recebeu com surpresa a notícia de que seria um dos treinadores da próxima edição brasileira do “The Ultimate Fighter”. O gaúcho conta com a experiência de quem já participou da primeira, como técnico auxiliar da equipe de Wanderlei Silva, mas agora é ele próprio quem será a principal estrela do reality show, ao lado de Rodrigo Minotauro. Os dois, por sinal, já se enfrentaram no Pride, em 2006, com vitória do baiano, e vão duelar de novo ao final do programa, no dia 8 de junho, no Brasil. O clima de revanche existe, mas nem chega perto do sentimento de respeito da parte de Werdum pelo compatriota.

– Não tem o que falar dele, é uma lenda viva. Não tinha que ser “Minotauro”, o apelido dele tinha que ser “superação”. Eu me espelhei muito nele no começo da minha carreira. Na época em que lutamos no Pride ele era meu ídolo. Ele e o Wanderlei. Agora vamos fazer essa revanche. Ele evoluiu muito, tem um boxe excelente. Eu também evoluí bastante na parte em pé. Quando lutei contra ele antes eu era jiu-jítsu puro, não sabia nada da parte em pé. Ele mostrou o porquê de ser campeão na época e ganhou por pontos. No finzinho eu estava nas costas, e ele saiu de uma maneira que não acreditei. Era muito mais experiente do que eu. Era aquilo, como se ele estivesse me falando: “Cada um no seu quadrado, você acabou de chegar” (risos). E o Minotauro está mostrando que é o cara. Estou 100% honrado por fazer esse TUF contra ele – disse ao GLOBOESPORTE.COM.

A rivalidade também vai existir, é claro, mas será algo bem diferente do que aconteceu no primeiro TUF Brasil, protagonizado pelos desafetos Wanderlei Silva e Vitor Belfort, que se desentenderam várias vezes durante o programa.

– Vai ter rivalidade com certeza, mas sadia. Do meu lado vai ser assim, do dele também não vai ter aquela coisa de xingar, não tem um porquê. Não vai ser como Wanderlei x Vitor. Eles não se dão, não se falam e já tiveram uma luta antes – em 1998, com vitória por nocaute do carioca -, quando havia a rivalidade entre Chute Boxe (de Wand) e Brazilian Top Team (BTT, de Belfort) – disse.

A primeira luta entre Werdum e Minotauro é tratada por muitos como um duelo equilibrado no chão, com vantagem do baiano na parte em pé, exatamente o que o levou a ficar com a vitória por pontos. Com bom humor, Werdum discorda dessa tese do equilíbrio e diz que evoluiu bastante:

– Equilibrada não, tomei um pau (risos). No boxe fiquei com um beiço que Deus me livre! Mas foi uma luta excelente, os japoneses ficaram loucos. Com certeza a grande diferença vai ser na minha parte em pé. Amadureci muito desde aquela época. Tenho uma estrutura muito boa aqui nos EUA, wrestling, jiu-jítsu, o Rafael Cordeiro liderando nossa equipe, o (Renato) Babalu, Wanderlei, (Mark) Muñoz, (Jake) Ellenberger… Depois desses sete anos sinto que sou muito mais profissional, naquela época era muito oba-oba. Eu morava com o Mirko (Cro Cop), e o treino era voltado para ele. Ele não me ensinou nada, me contratou para eu ensinar jiu-jítsu para ele. Ele não tinha tempo para me ensinar a luta em pé, falava que iria me ensinar quando parasse de lutar. Imagina se eu tivesse esperado (risos)… Achei que tinha de sair para fazer minha carreira. Fiz certo – declarou, em referência ao fato de o croata ainda estar em atividade no mundo das lutas.

Os técnicos já revelaram ao GLOBOESPORTE.COM quem serão seus técnicos auxiliares para o TUF Brasil 2. Werdum convocou Wanderlei Silva (MMA), Rafael Cordeiro (muay thai), Rubens Cobrinha (jiu-jítsu), Kenny Johnson (wrestling) e o irmão Felipe Werdum (capoeira). Já Minotauro chamou o irmão gêmeo, Rogério Minotouro (MMA), além de Everaldo Penco (jiu-jítsu), Eric Albarracin (wrestling), Sheymon Moraes (muay thai) e Vitor Miranda (kickboxing).

 Por Globoesporte

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