Sobre Clerisvaldo Chagas

Romancista, historiador, poeta, cronista. Escritor Símbolo do Sertão Alagoano.


TRÊS POVOADOS SANTANENSES

21 Maio 2018


Povoado São Felix (Foto: Divulgação)

Os povoados são a ponte entre o campo e a sede municipal. São eles que suprem as primeiras necessidades ruralistas. Muitos evoluem, principalmente por acontecimentos extraordinários, reivindicam e, às vezes conseguem a emancipação política. Tornam-se municípios, progridem ou caem no marasmo.

Outros crescem, mas as leis não permitem a separação política. Ainda tem os que surgem, crescem e morrem. Viram povoados fantasmas, motivados, por exemplos, por catástrofes naturais, esgotamento da riqueza do lugar, construção de hidroelétrica e assim sucessivamente, como dizia o saudoso professor Aloísio Ernande Brandão.

Interessante é o destino de cada povoado, mesmo vizinhos, trilham rumos diferentes, como acontece com as pessoas na individualidade..

No município de Santana do Ipanema, o povoado Areias Brancas (E Não Areia Branca) foi amplamente favorecido pela antiga estrada de rodagem. Posteriormente a BR-316 foi asfaltada, fazendo com que o povoado desenvolvesse e ficasse cortado ao meio por essa rodovia federal. Não poderia ser de outra maneira e, hoje, Areias Brancas não para de angariar mais casas comerciais e prestação de serviços, chegando a eleger vereadores. Tem, sem dúvida alguma, um futuro promissor.

São Félix, antes povoado Quixabeira Amargosa, é núcleo rural da área serrana do município. Cresceu, mas não como deveria, pois fica fora do principal eixo viário da região. Poderia surpreender dentro de pouco tempo se recebesse asfalto Santana – Águas Belas, São Félix – Areias Brancas (por dentro).

Pedra d’Água dos Alexandres (terceiro povoado) continua isolado, principalmente nos tempos de inverno, cujas estradas só as enfrentam quem tem negócio. O acesso asfáltico à BR-316 poderia dar um novo alento ao povoado de menor estrutura onde também seriam favorecidos inúmeros sítios como Mocambo, Morcego, Laje dos Frade e outros, indiretamente.

Vamos à luta, gente, “a união faz a força”.

Clerisvaldo B. Chagas, 21 de maio de 2018

Crônica 1.905 – Escritor Símbolo de Santana do Ipanema

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