Sete países já aplicam a CoronaVac em crianças acima de três anos

Ascom / Butantan

05 mar 2022 - 05:00


Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

China, Chile, Colômbia, Tailândia, Camboja, Equador e o território autônomo de Hong Kong são alguns dos países que já administram a CoronaVac, vacina do Butantan e da farmacêutica Sinovac contra a Covid-19, em crianças de três anos ou mais. No Brasil, nenhum imunizante foi autorizado até o momento nessa faixa etária. Em 21/1, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso da CoronaVac para crianças e adolescentes de seis a 17 anos, e o Butantan pretende pedir a ampliação da faixa etária para incluir meninos e meninas de três a cinco anos nas próximas semanas.

A China foi a primeira nação a aprovar o uso da CoronaVac para crianças de três a 17 anos, ainda em junho de 2021, quando começou a campanha de imunização com adolescentes de 12 anos ou mais. A vacinação na faixa etária dos três aos 11 anos deslanchou em outubro. Até o momento, mais de 200 milhões de doses da CoronaVac já foram aplicadas em crianças e adolescentes chineses. O acompanhamento dos efeitos adversos da vacina com mais de 120 milhões de crianças acima de três anos tem mostrado que a CoronaVac é segura e eficaz para esse público, com efeitos adversos raros e leves.

Em setembro de 2021, o Chile começou a vacinar suas mais de 1,5 milhão de crianças de seis a 11 anos. Em novembro, passou a administrar a CoronaVac para crianças de três a cinco anos. Das 730 mil crianças chilenas nesta faixa etária, até o final de fevereiro 61,8% haviam tomado a primeira dose e 40,45% as duas doses da CoronaVac.

A Colômbia, que começou a vacinar suas crianças com a CoronaVac em novembro de 2021, até o início de fevereiro deste ano havia imunizado 4,2 milhões de crianças de três a 11 anos, sendo que 2,3 milhões já haviam tomado a segunda dose. “A meta é vacinar aproximadamente 7,1 milhões de crianças com essa idade”, disse o ministro da Saúde colombiano, Fernando Ruiz, no lançamento da campanha de imunização infantil.

Já em janeiro de 2021, a Tailândia autorizou o uso da CoronaVac em crianças e adolescentes de três a 17 anos. Em fevereiro, Camboja, Equador e Hong Kong começaram a aplicar a vacina do Butantan e da Sinovac nas crianças a partir dos três anos de idade. Nestes três países, os maiores de cinco anos foram autorizados a receber a CoronaVac no final do ano passado.

Mais recentemente, outros três países, Malásia, República Dominicana e Paraguai, aprovaram a administração da CoronaVac para imunizar suas crianças maiores de cinco anos.

Em comunicado divulgado no início de março, o diretor-geral do Ministério da Saúde da Malásia, Noor Hisham Abdullah, anunciou a aprovação do uso da CoronaVac para crianças entre cinco e 11 anos. O governo malaio espera vacinar 3,6 milhões de crianças nesta faixa etária. “A CoronaVac já havia sido aprovada anteriormente para uso em crianças e adolescentes com 12 anos ou mais”, lembrou o ministro.

Em fevereiro, a dose pediátrica da CoronaVac já havia sido aprovada pelas autoridades sanitárias da República Dominicana. O país pretende imunizar 1,3 milhão de crianças entre cinco e 11 anos. “Percebemos que não havia problema e começamos a vacinar as crianças com a CoronaVac, porque já existe bastante informação sobre esta vacina em todo o mundo e ela é bem tolerada nas crianças, pois trata-se de um vírus inativado”, afirmou o ministro da Saúde Daniel Rivera.

Antes disso, no final de janeiro, o Paraguai passou a utilizar a CoronaVac para imunizar mais de 1 milhão de crianças entre cinco e 11 anos. Segundo o Diário La Nación, até 25 de fevereiro, 201 mil crianças já haviam sido vacinadas. “Não há desculpa para não se vacinar. A vacina salva vidas”, afirmou o ministro da Saúde, Júlio Borba, durante o lançamento da campanha de imunização infantil.

Comentários