O órgão de fiscalização considerou inúmeros aspectos, entre eles a necessidade de não parar ou prejudicar a assistência à saúde da população.
O Conselho Municipal de Saúde da cidade de Santana do Ipanema, após reunião realizada nesta quinta-feira (9), emitiu uma resolução na qual solicita do Poder Executivo a adoção de várias medidas em relação à gestão do Hospital Regional Coldolfo Rodrigues de Melo.
Entre as principais delas, os conselheiros exigem que a gestão municipal inicie o processo licitatório no prazo de 30 dias, isso alem de renovar, por hora, o contrato com o atual mantenedor da unidade, o Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (IPAS).
O órgão de fiscalização considerou inúmeros aspectos, entre eles a necessidade de não parar ou prejudicar a assistência à saúde da população, bem como de haver processo legal para contratação, nos termos das leis em vigor.
O motivo
A manifestação do Conselho de Saúde não vem por acaso. Isso porque, nesta semana o prefeito e outros representantes políticos da cidade se manifestaram na imprensa para falar de uma nova empresa que já teria sido escolhida para gerir o Hospital Regional de Santana.
Em entrevista ao programa Liberdade de Expressão, da rádio Milênio FM, o prefeito Mário Silva adiantou que a partir de agosto uma nova empresa estará no hospital. O gestor também teria dito que o MP estaria a par dessa situação.
Durante a conversa, Silva abordou a situação dos funcionários da unidade, que segundo ele, seriam amparados pela nova gestão. “Os funcionários não precisam se preocupar, a empresa vai aproveitar essa mão de obra”, asseverou o prefeito.
A história é outra
Em entrevista na mesma emissora, mas no dia seguinte, o ex-vice-prefeito de Santana, Edson Magalhães também abordou o assunto, mas acabou expondo dados um pouco mais detalhados e diferente do prefeito.
O advogado disse que havia conversado com o gestor e que esse lhe confessou o nome da nova entidade. “O prefeito de Santana disse que fez uma carta convite para a organização social nomeada como ISAAC. Essa é instituição cotada”, revelou o político.
Apesar da confissão, diferente do que foi confirmado por Mário Silva, Magalhães afirmou que também entrou em contato com o promotor, mas que ele não sabia dessa carta convite à nova empresa. “O promotor desconhecia a instituição”, disse Edson.
Por Lucas Malta / Da Redação