Restaurantes por quilo não resistem ao impacto da pandemia Abrasel aponta que 80 mil estabelecimentos deixaram de existir no país por conta da crise econômica causada pela pandemia.

08 jun 2021 - 05:00


Foto: Lucas Pêgo Oliveira Pereira Luquinhas / Pixabay

O setor de bares e restaurantes é um dos mais atingidos pela pandemia causada pela Covid-19 no Brasil. Estabelecimentos pensados para atender aqueles que almoçam fora e buscam uma refeição rápida, especialmente em regiões com grande concentração de escritórios, estão deixando de existir devido às medidas de restrição e às altas taxas ao trabalho remoto.

Muitos dos chamados restaurantes “por quilo” ou self-service, que contavam com um movimento altíssimo antes da crise, atualmente contam com menos de 10% do movimento pré-pandemia. Estabelecimentos antes lotados em dias de semana agora apresentam placas de venda em suas fachadas.

De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o Brasil tinha cerca de 200 mil restaurantes desse tipo espalhados por todo território nacional. A estimativa atual é de que este número tenha caído para 120 mil, o que representa o desaparecimento de 80 mil negócios.

A associação ainda estima que só no estado de São Paulo, 50 mil estabelecimentos fecharam as portas definitivamente durante a pandemia, sendo 12 mil apenas na capital paulista.

“O setor de bares e restaurantes é um dos que mais conta com pequenos empreendedores no país e, destes, a maioria está endividada. Muitos estabelecimentos são pequenos negócios e até mesmo negócios familiares, o que dificulta a renegociação de dívidas e a quitação de pendências fiscais”, comenta Thomas Carlsen, COO e co-fundador da mywork, startup especializada em controle de ponto online e gestão de departamento pessoal para pequenas e médias empresas. 

A Abrasel aponta também que cerca de 335 mil bares e restaurantes já encerraram as atividades definitivamente no país, considerando todos os segmentos.

“O fechamento de portas não representa apenas um encolhimento na economia, mas também a extinção de milhões de postos de trabalho, o que só aumenta as taxas de desemprego no país”, avalia o executivo, “A sobrevivência de restaurantes por quilo e de tantos outros empreendimentos do setor depende diretamente da aceleração da vacinação”.

Por Beatriz Candido Di Paolo / Assessoria

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