Profissionais da Saúde são capacitados para tratar fumantes

07 nov 2012 - 15:38


Foto: Olival Santos

Para sensibilizar uma sociedade que conspira para o fumo devido aos hábitos de consumo, à necessidade do prazer imediato e a uma conduta antissaudável, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) iniciou, nesta quarta-feira (7), a Capacitação de Abordagem Intensiva de Tratamento ao Fumante.

O objetivo do curso, que acontece até sexta-feira (9), no Conselho Regional de Farmácia , em Maceió, é formar multiplicadores para atuarem na cessação do tabagismo.

Na abertura do evento, a diretora estadual de Promoção da Saúde, Eliana Padilha, enfatizou a importância de os profissionais compartilharem as informações nos municípios, com o intuito de reduzir os números alarmantes de doenças crônicas não transmissíveis, responsáveis pela morte de fumantes em todo o país. “Na última década, o país reduziu em 20% esse índice, em razão de um trabalho intenso da Atenção Básica e do Núcleo de Assistência ao Tabagismo”, relatou.

De acordo com a coordenadora estadual de Controle de Tabagismo, Vetrúcia Teixeira, tratar o fumante é um ato de envolvimento e compromisso, realizado em conjunto, com atividades sociais, comunitárias e políticas de saúde voltadas para o tratamento do tabagismo. “Família, trabalho e as relações que envolvem o fumante influenciam no processo de tratamento do tabagismo, que está relacionado à dependência química, física e psicológica do cigarro”, disse.

A dependência psicológica, muitas vezes omitida ao se falar do tratamento do tabagismo, é uma doença adquirida. Segundo o psiquiatra Everaldo Moreira, a nicotina é a substância responsável pela dependência química, que leva a dependência psicológica. “Para falar de tabagismo é preciso ter noção de dependência química e também entender que é uma doença do cérebro, assim como cardiovascular, respiratória e gastrointestinal, dentre outras”, explicou.

Experiências – Vetrúcia Teixeira informou ainda que a Sesau funciona como um laboratório de conhecimento sobre o Controle de Tabagismo, fruto da experiência de tratamento com os servidores da secretaria. “As atividades que desenvolvemos nos dão suporte para ajudar de maneira mais apropriada os fumantes, a começar por atos simples de acolhimento”, disse a coordenadora.

Entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos e pedagogos que participam do curso, a neonatologista Ana Maria mencionou que a capacitação é uma oportunidade de aprender como proceder com as mães fumantes. “A partir do Método Canguru, modelo de assistência perinatal, passamos a garantir os cuidados não apenas ao bebê, mas também às mães. Com o curso, aprenderemos a como agir durante esse período em que a mãe está na maternidade e encaminhar acerca dos procedimentos futuros”, esclareceu.

As estudantes do curso de Enfermagem da Estácio Fal, Jesseliane Alves e Maria Dilma, são responsáveis pelo primeiro projeto de extensão da faculdade, que abordou a temática do tabagismo. Durante seis meses, as futuras enfermeiras realizaram atividades educativas na Escola Estadual Professora Ana Coelho Palmeira, voltadas para a comunidade escolar e familiares.

“Com a intervenção da política de saúde, conseguimos obter êxito nas ações, pois eles não tinham conhecimento das consequências do cigarro”, disse Jesseliane Alves.

Fonte: Ascom / Saúde

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