Os produtores de leite atendidos pelas ações do Programa Alagoas Mais Leite, coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), convivem melhor com o período de estiagem. Foi o que concluíram técnicos que participaram de uma missão internacional da cadeia produtiva do leite no Estado.
Formada por gestores da Seagri, da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecdi), da Embrapa, do Instituto Ambiental Brasil Sustentável (Iabs), do Sebrae/AL e do projeto Balde Cheio, a missão visitou produtores familiares, laticínios e grandes produtores no Agreste, na Bacia Leiteira e no Sertão.
De acordo com o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Hibernon Cavalcante, os produtores que participam do Alagoas Mais Leite produzem forragens para os animais com palma e sorgo. “A reserva alimentar é fundamental durante os períodos de estiagem. Nós comprovamos que quem se organiza consegue produzir leite e garantir sua renda, mesmo na adversidade”, comentou.
“Associativismo, eficiência de mão de obra e mecanização, mesmo que pequena, também são fatores essenciais para o fortalecimento da produção”, emendou Cavalcante.
Segundo o gestor do Alagoas Mais Leite, Renato Carvalho, um dos melhores exemplos de convivência com o período de estiagem é o agricultor Marcelo Pereira de Albuquerque, da zona rural de Craíbas, que também faz parte do Balde Cheio. Ele possui nove vacas em lactação e alimento suficiente para alimentá-las. “Ele continua produzindo leite e sentiu menos os impactos da seca”, disse Renato Carvalho.
Outros itens avaliados pelos técnicos que participaram da missão e que contribuem para a melhoria da atividade são os insumos, a gestão da propriedade, a administração da mão de obra, o melhoramento genético dos animais e a qualidade dos produtos, como leite, queijos e outros derivados.
Por Ascom Seagri