PRF santanense morto em serviço é homenageado em Brasília

01 ago 2019 - 01:56


Família do policial santanense recebeu placa do ministro e diretor da PRF (Fotos: Cortesia)

O patrulheiro rodoviário santanense Luiz de Gonzaga Pereira Santos, morto em serviço em 10 de maio de 2015, foi um dos 15 servidores lembrados nesta quarta-feira (31) durante a inauguração de um memorial da Polícia Rodoviária Federal em Brasília.

A honraria aos servidores que tombaram no cumprimento do seu dever aconteceu durante a cerimônia de homenagem e também comemoração do aniversário da instituição, que completou 91 anos. 

O evento foi dividido em dois momentos. A cerimônia de abertura aconteceu no auditório do centro de convenções da PRF, onde os familiares dos prf’s falecidos receberam placas alusivas ao evento das mãos do ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro e do diretor-geral da PRF, Adriano Furtado.

Na sequência, todos os participantes dirigiram-se à área externa, onde foi construído o Memorial. Neste momento houve o descerramento da placa do Memorial pelo ministro e diretor-geral. Foi lá também que os familiares viram, pela primeira vez, os nomes dos heróis mortos fixados nas pedras de granito.

Adriano Furtado destacou a importância do evento para a memória da instituição e falou ainda sobre o dever de exaltar todos aqueles colegas que doaram o seu mais precioso bem; a própria vida, para defender alguém que, sequer conhecia; o cidadão.

Patrulheiro Luiz de Gonzaga foi morto em 2015 (Foto: Reprodução)

“Hoje, estamos vivendo dois momentos muito marcantes para a nossa instituição: a inauguração do memorial da PRF e, ao mesmo tempo, comemorando os 91 anos do órgão. Este memorial que, embora remeta aos momentos mais tristes, mais dolorosos da Polícia Rodoviária Federal, não poderia deixar de ser construído”, pontuou.

Já o ministro Sérgio Moro usou seu tempo de fala para parabenizar a PRF pelos seus 91 anos de existência, assim como, para exaltar o sacrifício dos policiais mortos, os quais foram tratados por ele de heróis.

“A PRF é peça estratégica, e seu papel transcende o patrulhamento das rodovias”, falou o ministro. Moro disse ainda: “Nenhum ato ou qualquer cerimônia para homenagear estes heróis mortos no cumprimento do dever irão curar a dor da perda; Isto é fato irreparável. Mas os valores estão imortalizados nos próprios nomes dos heróis”, finalizou.

VEJA ABAIXO UMA HOMENAGEM DA PRF AOS HERÓIS

Relembre o crime

O agente da PRF, Luiz de Gonzaga tinha 63 anos de idade e 35 de serviço quando foi assassinado com três tiros durante o atendimento de um acidente de trânsito, na BR 423. O acusado, Jeová Rodrigues foi preso pela própria PRF após fugir do local da ocorrência.

Morador da cidade de Ouro Branco, Jeová Rodrigues de Lima, de 63 anos, foi condenado a 20 anos de prisão pela morte do PRF. O julgamento aconteceu no dia 23 de agosto de 2016, em Santana do Ipanema.

Após quase 10 horas de júri, o réu foi sentenciado por homicídio triplamente qualificado, pelo motivo fútil, por meio insidioso e mediante recurso que dificulta a defesa. Jeová foi condenado em todos os quesitos pelo Júri.

Carreira do patrulheiro

Luiz de Gonzaga ingressou na PRF em 26 de setembro de 1979. O agente sempre trabalhou no estado de Alagoas. No ano de 1988, ainda no extinto Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER), foi chefe do setor de transportes de pessoas e bens, onde também, anos depois, assumiu a chefia do setor de roubos e furtos de veículos e bens.

Já na década de 90, ele esteve a frente do núcleo de policiamento e fiscalização da delegacia de Palmeira dos Índios, no sertão de Alagoas. E foi no sertão alagoano, na atividade fim, que passou a maior parte dos seus 35 anos de exercício dentro da Polícia Rodoviária Federal. Naquela região, também, deu o seu último plantão.

Da Redação com Assessoria PRF

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