Presos como suspeitos na morte de Boiadeiro negam envolvimento no crime

21 nov 2018 - 06:30


Vereador Sandro Pinto e seu sobrinho concederam entrevista à imprensa (Foto: TNH1)

Preso e liberado recentemente, apontado como suspeito de participação no assassinato do vereador por Batalha, Neguinho Boiadeiro, em novembro de 2017, o também parlamentar do município, Alex Sandro Rocha Pinto, convocou uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (20), para prestar esclarecimentos sobre o caso. Ao lado do sobrinho, Raphael Rocha Pinto, também detido e liberado pela morte de Boiadeiro, ele negou envolvimento com o crime.

“Quero dizer da minha indignação de estar passando por isso. A minha pessoa e a minha família sofrendo com essa acusação, que com certeza é um equívoco. Sou vereador há cinco mandatos e tinha um grande respeito pela família Boiadeiro, inclusive pelo Neguinho. Dias antes da morte dele, ele estava em minha casa, a gente bebeu, brincou, ele cantou e foi o último a sair da minha casa. Por isso, não há motivação nenhuma para fazer isso com meu colega vereador. Peço as autoridades do Estado que investiguem mais esse crime. Eu venho batendo na tecla que esse caso deve ser investigado pela Polícia Federal”, disse o vereador recém-empossado após a prisão.

Ele também informou que no dia do crime assistiu à sessão da Câmara Municipal e deixou o local para almoçar em casa, junto com o também investigado pelo caso, Kléber Dias Alves. De lá, Rocha Pinto afirmou que soube do assassinato.

“No inquérito teve uma pessoa que falou que eu liguei para o Neguinho Boiadeiro nesse dia. Só que eu não liguei. Puxei o extrato da minha conta telefônica, está nos autos, meu advogado fez um pedido pela quebra de sigilo telefônico do próprio Neguinho Boiadeiro, para provar que não liguei para ele”, destacou.

“Eu fiquei 30 dias preso, com a alegação de que eu estava atrapalhando as investigações da polícia. Tanto que sem provas, passaram os 30 dias [da prisão temporária] e fui solto. Noventa dias depois, a prisão preventiva foi pedida para mim, só que sem provas novas. Um equívoco da polícia”, continuou.

Sobre o medo de sofrer algum tipo de atentado, o vereador confirmou que está preocupado e reforçou que deve se prevenir.

“Já foi pedido ao Conselho de Segurança do Estado. Na cidade, eu tenho ido só para as sessões da Câmara, mas vou com segurança, três ou quatro policiais, porque eu não sei quem fez isso e podem querer usar a gente como bode expiatório e fazer como queima de arquivo. Então temos que prevenir”, finalizou.

Já Raphael Rocha Pinto também rechaçou envolvimento com o crime. “Nunca tive problema com ninguém. Sou amigo do filho do Neguinho e jamais eu participaria de um negócio desse. No dia do crime, eu estava almoçando quando fui informado pela minha esposa. Quero que seja esclarecido, quem deve que pague”, disse.

O TNH1 tentou contato com a assessoria  de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP), mas as ligações não foram atendidas.

Por TNH1

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