MP-AL prende ex-secretário municipal suspeito de fraude no Sertão Órgão ministerial não divulgou nome do alvo do mandado, nem município onde ele atuou.

13 out 2020 - 08:57


MP-AL deflagrou operação nesta terça (Foto: Divulgação / MP-AL)

O Ministério Público de Alagoas, através do Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), prendeu, na manhã desta terça-feira (13), um ex-secretário municipal que atuou em uma Prefeitura do Sertão.

O MP-AL não divulgou o nome do alvo da justiça, nem do município onde ele atuou. A Assessoria do órgão restringiu-se a dizer que, além do mandado de prisão, cumpriu buscas e apreensões para coleta de elementos relacionados às investigações na área da saúde. Dois contratos que somam cerca de R$ 250 mil são alvos da apuração.

As investigações do MP tiveram apoio da 4ª Promotoria de Santana do Ipanema (que atua nesta cidade e Olivença) e disseram ter descoberto que o ex-secretário participou de fraudes cometidas por empresários do ramo de medicamentos, os quais teriam fornecido notas fiscais para uma determinada prefeitura sertaneja, sem o devido repasse dos remédios supostamente adquiridos.

O município investigado, por sua vez, pagou grandes quantias para essas empresas responsáveis, sendo que parte dos valores foram destinados a agentes públicos, configurando o crime de corrupção.

Durante o cumprimento dos mandados, as diligências resultaram na apreensão, dentre outras coisas, de dispositivos eletrônicos e documentos. Tudo isso será levado para a sede do Gaeco para fins de análise por parte dos promotores de Justiça.

Embolia

O nome da operação, Embolia, remete à obstrução de vasos pelo deslocamento de um trombo (coagulação de sangue) até o local da obstrução. No caso da investigação, os agentes envolvidos geraram uma obstrução dos recursos públicos que, em vez de serem destinados à saúde, acabaram por culminar com o enriquecimento pessoal dos investigados.

A operação Embolia é um desdobramento da operação Sepse, anteriormente deflagrada pelo Gaeco. Após o estudo de tudo o que foi apreendido, das provas produzidas e da oitiva dos envolvidos, o Gaeco irá remeter o procedimento criminal ao Poder Judiciário.

Da Redação com Assessoria MP-AL

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