PF faz operação em Alagoas contra fraudes no auxílio emergencial O meio fraudulento empregado consistia na ativação indevida do aplicativo CAIXA TEM com o cadastramento e validação imprópria de inúmeros CPFs

Ascom / PF Alagoas

10 Maio 2022 - 09:15


Agentes cumpriram mandados de busca (Foto: Ascom / PF-AL)

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (10), a operação APATE, com o cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Maceió, com vistas a desarticular associação criminosa que fraudava auxílio emergencial.

Ao todo, 40 policiais federais participam da operação APATE, para o devido cumprimento de 09 (nove) mandados em Alagoas e 01 (um) em Pernambuco.

A investigação iniciou ano passado (2021), quando alguns donos de lotéricas identificaram que determinados funcionários estariam sendo cooptados pela associação criminosa, informando tal fato à Polícia Federal.

O meio fraudulento empregado consistia na ativação indevida do aplicativo CAIXA TEM, realizada pelos empregados cooptados, com o cadastramento e validação imprópria de inúmeros CPFs, o que ensejou vários pagamentos fraudulentos de auxílios emergenciais, em prejuízo ao Erário Público Federal.

Ademais, observou-se os domicílios daqueles que tiveram os CPFs indevidamente ativados são totalmente diversos e muito distantes do local do cadastro e ativação do CAIXA TEM (Maceió/AL).

Outrossim, merece destacar que alguns indiciados possuem uma considerável quantidade de contas bancárias; trata-se de uma característica comum nas condutas de diversos fraudadores investigados no Banco Nacional de Fraude ao Auxílio Emergencial, que se utilizam desse artificio para otimizar e facilitar a movimentação de dinheiro oriundo de fraudes.

A investigação conseguiu identificar os envolvidos na trama criminosa, o que ensejou a expedição dos mandados de busca e apreensão pela 1ª Vara Federal de Maceió.

Os indiciados ficarão à disposição da Justiça Federal para responder pelos crimes de estelionato majorado (art. 171, §3o, do CP) e associação criminosa (art. 288 do CP), que somados podem chegar a 8 anos reclusão.

Na mitologia grega, Apate era um espírito que personificava o engano, o dolo e a fraude. Foi, junto com o seu correspondente masculino Dolos (o espírito das ardilosidades), um dos espíritos que saíram da caixa de Pandora.

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