Pandemia mostra importância de buscar equilíbrio das emoções, aponta psicólogo De acordo com o profissional de saúde, o ser humano negligencia o cuidado emocional, colocando-o em segundo ou terceiro plano.

08 jun 2021 - 11:37


Psicólogo Gustavo Barbosa integra equipe da Clínica Unidente (Foto: Assessoria)

“O isolamento social fez a gente perceber que, todas as restrições e seus efeitos afetam nossas emoções. Nosso jeito de se comportar, de sentir, de agir… tudo se modificou. E é decorrente disso, que várias doenças mentais, entre as mais comuns a ansiedade e depressão, aumentaram”.

A fala acima é do psicólogo Gustavo Barbosa, um dos integrantes da equipe da Clínica Unidente, local que tem atendido diversas pessoas que buscam pelo equilíbrio da saúde mental. Ele reforça que problemas dessa natureza sempre existiram, mas as pessoas nunca deram a devida importância.

“A pandemia trouxe um boom de casos, daí as pessoas passaram a perceber que a saúde mental interfere diretamente no nosso convívio. Pessoas que tiveram, ou não, contato com o vírus, estão sendo afetadas por questões psicológicas. Essas aparições estão fortemente ligadas ao despreparo emocional dessas pessoas”, reforça.

De acordo com o profissional de saúde, o ser humano negligencia o cuidado emocional, colocando-o em segundo ou terceiro plano, daí, quando se vê numa situação de conflito, não sabe agir ou lidar com o excesso de sentimentos. 

“O que percebemos na pandemia é um elevado número de buscas por atendimento psicológico, entretanto, as pessoas em sua maioria querem um mero modelo médico. Elas acreditam que a saúde mental pode ser resolvida apenas com uma receita, uma medicação”, frisa Gustavo.

O psicólogo explica: “É preciso entender que a saúde mental é parte de um equilíbrio. A saúde do corpo é um contexto, dividida em física, emocional, espiritual, familiar, financeira, dentre outras. Se um desses está em desequilíbrio, todos os outros serão afetados”. 

Para tentar minimizar ou resolver os danos causados pelo descontrole emocional, Gustavo diz que os pacientes precisam se conscientizar mais sobre o que estão sentindo, aceitar suas emoções e ter consciência que todo especialista tem sua importância, assim como um medicamento.

“A medicação vem para controlar algumas situações que nosso organismo por si só não está conseguindo conter, porém chega um momento que ela atinge num limite de eficácia, daí você precisa andar com as próprias pernas. Nosso organismo fica dependente e chega a um ponto de acreditar que sem aquilo, você não consegue. É nesse momento em que o profissional que lida com a saúde mental entra e ajuda essa pessoa a se encontrar”.

Gustavo Barbosa também faz questão de lembrar dos sinais que o corpo dá, quando se percebe desequilibrado. “Há pessoas que mesmo sabendo dos seus problemas, negam a realidade. Essa desorganização por muitas vezes se manifesta através do corpo, como uma mancha que aparece aleatoriamente. Ali é uma expressão do corpo e uma somatização de um sentimento que você não conseguiu expressar”.

Por fim, o profissional assegura que a psicologia não é somente indicada em momentos de dor, mas também quando existem conflitos, quando há uma questão de autoconhecimento, em processos de tomadas de decisão, além dos casos de adoecimento, que são os mais comuns.

Por Assessoria / Clínica Unidente

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