Ortopedista do HE do Agreste alerta sobre peso de mochilas escolares Hospital participa de campanha com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia

15 fev 2019 - 10:00


Hospital participa de campanha com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Foto: Pixabay/Pexels)

No retorno às aulas, quando crianças e adolescentes voltam a carregar os livros didáticos, cadernos, lápis, estojos e até brinquedos para a escola, é preciso ficar atento à escolha correta das mochilas que serão utilizadas por eles durante o ano letivo.

Por conta disso, o Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, aderiu à campanha da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Regional de Alagoas, para orientar as pessoas acerca do uso correto desse tipo de acessório.

A recomendação é de que a mochila tenha até 10% do peso de uma criança, informa o médico-ortopedista Raimundo de Araújo Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia em Alagoas. “Se o peso não for bem distribuído, ele pode provocar postura incorreta e problemas na coluna vertebral da criança, repercutindo na vida adulta”, alerta Raimundo de Araújo.

O especialista adianta que o peso deve ser bem distribuído entre os dois ombros. O médico do HE do Agreste orienta os pais a optarem por mochilas com alças largas, de no mínimo quatro centímetros, e orientar a criança para nunca carregar a mochila por uma única alça. “O correto é ajustar as alças para que a mochila fique bem encostada ao corpo, com a base cinco centímetros acima da linha da cintura”, salienta.

Em relação às mochilas com rodinhas, Raimundo de Araújo diz que esse acessório também pode provocar lesões. O ortopedista recomenda que a alça que a criança puxa deve estar no nível da cintura e o braço estendido. “Esse tipo de procedimento deve ser alternado a cada 15 minutos, com a troca de braços, para evitar o peso em apenas um dos lados do corpo”, explica.

O médico do Hospital de Emergência do Agreste aconselha os pais ou responsáveis a verificar sempre a postura dos filhos no uso das mochilas. “O sobrepeso no acessório e o uso incorreto podem gerar problemas não só nos ombros, mas nos quadris, joelhos e tornozelos das crianças e adolescentes”, complementa o ortopedista.

Por Davi Salsa / Agência Alagoas

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