MP faz operação para prender ex-prefeito de Mata Grande e mais 11 pessoas

11 abr 2018 - 10:10


Operação do MP teve mandado de prisão em Santana do Ipanema (Foto: Assessoria MP-AL)

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), antigo Gecoc, formado por promotores do Ministério Público de Alagoas (MP-AL), desencadeou nesta terça-feira (11) a Operação Ànomos.

A ação tenta cumprir mandados de prisão contra acusados de um esquema de corrupção na cidade de Mata Grande. Entretanto, vários mandados têm como alvos pessoas nos municípios de Maceió, Paulo Jacinto e Santana do Ipanema.

Promotores e policiais foram às ruas para cumprir mandados de prisões preventivas e temporárias em desfavor do ex-prefeito de Mata Grande José Jacob Gomes Brandão e de mais 11 pessoas.

A investigação do MP-AL aponta que os alvos desviaram cerca de R$ 12 milhões dos cofres daquela Prefeitura por meio de quatro empresas fantasmas que, supostamente, prestavam serviço de locação de veículos.

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Prefeitura e na Câmara de Vereadores de Mata Grande. Dez pessoas foram presas, entre elas um advogado. Jacob Brandão continua como foragido.

O esquema

O levantamento do MP-AL aponta que as empresas de fachada celebravam contratos fictícios com a prefeitura como se estivessem locando veículos ao Executivo. O serviço não acontecia e o bando apenas desviava recursos públicos.

Segundo os promotores, somente em dois anos o esquema causou um prejuízo equivalente a R$ 6 milhões, isso só referente apenas a fraude com apenas uma das empresas.

As investigações comprovaram que as empresas concorriam nas licitações, venciam e, depois, supostamente, sublocavam toda a frota exigida pela prefeitura a pessoas físicas, geralmente parentes e correligionários do prefeito.

Nos contratos, ficava um percentual de 40% para o pagamento de quem sublocava os veículos e os outros 60% eram divididos entre o prefeito, o dono da empresa e possíveis atravessadores.

O MP afirma que, em parceria com uma das empresas o prefeito Jacob Brandão lucrava entre R$ 40 e R$ 70 mil por mês. Em duas contas bancárias disponibilizadas por laranjas, um deles que trabalha como barbeiro os valores movimentados em um ano chegaram a R$ 11 milhões.

Ánomos

A operação recebeu o nome de Ánomos palavra de origem grega, que significa um estado sem lei ou regras, cujos gestores não estão submetidos a limites legais ou morais.

Da Assessoria MP-AL com edição da Redação

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