Lampião e Rifle de Ouro

14 nov 2013 - 11:06

silvinoDizia o poeta popular:

“Portanto se o leitor gosta

De história de cangaceiro

Que bebia o sangue humano

No Nordeste brasileiro

É essa do assassino

Bandido Antônio Silvino

Desastrado bandoleiro.”

“No dia 2 de novembro de 1875, nascia em Afogados da Ingazeira, sertão pernambucano, Manoel Batista de Morais, mais conhecido como Antônio Silvino. Foi o cangaceiro mais notório antes de Lampião. Entrou no cangaço ainda jovem, junto com o irmão, para vingar a morte do pai, Batistão do Pajeú, bandoleiro. Fez parte do bando de seu tio Silvino Aires, de quem herdou o comando do grupo. O bando – formado por cangaceiros como Cavalo do Cão, Relâmpago, Nevoeiro, Bacurau, Cobra Verde, Azulão, Cocada, Gato Brabo, Rio Preto, Pilão Deitado e Cossaco – espalhou o terror pelo sertão de Pernambuco e da Paraíba.”

“Antônio Silvino foi

O mestre de Lampião

Mas um guerrilhou primeiro

Outro noutra ocasião

No tempo de Antônio Silvino

Lampião era menino

Prestando toda atenção.”

“Depois de assumir a chefia, passou a vestir farda de coronel e a exigir ser chamado de capitão Antônio Silvino.

Entre as muitas ações lideradas por ele está o ataque às obras da empresa Great Westem, responsável pela implantação do sistema ferroviário na Paraíba. O bando arrancava trilhos, prendia funcionários e até sequestrava os engenheiros. Antônio Silvino foi preso em 24 de novembro de 1914 e solto em 1937 por bom comportamento, por meio de um indulto concedido pelo presidente Getúlio Vargas. Pai de oito filhos, ele morreu aos 69 anos. Também chamado de ‘Rifle de Ouro’, suas aventuras foram eternizadas na literatura de cordel”

.* Texto, Revista História da Biblioteca Nacional, novembro de 2012, pag.88.

Estrofes de Cordel (?).

Clerisvaldo B. Chagas, 14 de novembro de 2013.

Crônica Nº 1086

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