Justiça promove audiências em processo que apura morte de “Júnior da Ceal” Homicídio do servidor público ocorreu em 2012, entretanto, somente em 2018 o MP ofertou denúncia e apontou os acusados.

11 fev 2020 - 22:50


Júnior da Ceal (Foto: Alagoas na Net)

A 3ª Vara Criminal de Justiça de Santana do Ipanema realiza nesta quarta-feira (12) uma série de audiências, oriundas da ação penal que apura a morte do servidor público Nilson Queiroz de Melo Júnior, mais conhecido como “Júnior da Ceal”.

O processo, movido pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL), está em segredo de justiça, contudo, o site Alagoas na Net conseguiu obter algumas informações acerca do caso.

A promotora Viviane Karla, atual titular da Comarca, deverá ouvir todas as testemunhas arroladas e será feito o interrogatório dos réus. O objetivo é a produção de provas para o caso.

Denúncia

Apesar do crime ter ocorrido em 21 de abril de 2012, somente em 23 de junho de 2018 a Promotoria de Justiça ofertou a denúncia contra quatro pessoas pelo crime contra Júnior. Dois policiais militares e dois empresários são acusados.

De acordo com a denúncia do MP, o crime tem motivações passionais, no qual a vítima teria se envolvido com uma mulher que também se relacionava com um dos réus, tido como autor intelectual.

No dia do crime, o MP sustenta que um dos pm’s dirigia o carro que perseguiu Júnior da Ceal, e o outro teria sido o autor dos disparos que tirou a vida do santanense.

Os indícios apontados pelo órgão ministerial são fruto do longo inquérito da Polícia Civil. As investigações colheram depoimentos de parentes da vítima e descobriram até uma reunião entre os réus, dias antes do crime.

Defesa

Nos autos do processo, há também as chamadas respostas à acusação, apresentadas pelas defesas dos réus. Nela, alguns dos advogados alegaram que a denúncia do MP seria infundada.

A defesa de um dos deles refuta a denúncia e diz que não há provas indiciárias que comprovem seus argumentos. Em outro momento, outro advogado alega que peça acusatória é baseada em ilações e ouvir dizer, chegando a chamar o inquérito, que deu fruto a ação do MP, de “MEDONHO”. 

Próximos passos

Caso a Justiça consiga concluir todas as audiências programadas, a próxima fase da ação serão as alegações finais por parte do MP e da defesa. Quando forem feitas, o processo fica concluso para sentença, daí o juiz poderá decidir se fará a pronúncia ou não dos réus para Júri Popular.

Levando em consideração a alta resolutividade que tem a 3ª Vara de Santana do Ipanema, já condecorada inclusive com méritos por sua eficiência em processos, essa ação poderá ter um fim bem próximo ainda este ano.

Relembre o crime

Ocorrido por volta das 11h30 de um feriado de Tiradentes, Junior da Ceal, foi executado por homens que estariam em um veículo VW Golf, de cor prata. No momento do crime o funcionário púbico chegava em sua chácara, quando foi abordado pelos criminosos.

O executor do santanense saiu do carro e chamou por ele, enquanto o outro comparsa estava dirigindo o veículo. Ao se virar, Junior recebeu vários tiros à queima roupa, sem chance de reação.

Por Lucas Malta / Da Redação

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