IBGE começa levantamento da infraestrutura urbana, 1ª etapa do Censo 2022 Nessa primeira fase, o agente do IBGE vai a campo para traçar um panorama da infraestrutura urbana.

20 jun 2022 - 19:21


Foto: Divulgação / IBGE

O IBGE iniciou nesta segunda-feira (20) a Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, que integra as operações de preparação do Censo 2022. Este é o primeiro momento em que um agente censitário percorre cada um dos mais de 3,5 mil setores urbanos existentes nos 102 municípios de Alagoas. São mais de 300 servidores envolvidos nessa etapa, com término previsto para 12 de julho. 

O “Entorno” é uma pesquisa de observação, não envolvendo, portanto, as visitas de porta em porta para realizar entrevistas nos domicílios. Nessa primeira fase, o agente do IBGE vai a campo para traçar um panorama da infraestrutura urbana, ou seja, se a via que está percorrendo está pavimentada ou não, se tem iluminação pública, arborização, calçada ou rampa para cadeirante, se há bueiro/boca de lobo, entre outros elementos. Além disso, avalia também as recentes atualizações do mapa do setor, fazendo a identificação de avenidas e ruas.

“Esses dados de mobilidade urbana, meio ambiente, circulação, acessibilidade e equipamentos públicos vão formar uma rica base de dados. Assim, os gestores públicos terão mais subsídios e estarão mais preparados para analisar e propor melhorias na infraestrutura urbana das nossas 102 cidades”, explicou Luciano Motta, coordenador operacional do Censo em Alagoas.

A Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios surgiu da unificação do “Levantamento de Informações Territoriais” (LIT) e da “Pesquisa do Entorno dos Domicílios”, que foi aplicada de forma inédita no Censo 2010. Para 2022, o questionário apresenta três novos quesitos: a existência ou não de ponto de ônibus/van na via, se há sinalização para bicicletas e, em existindo calçada, se esta possui algum obstáculo.

“Não é só o setor público que vai se beneficiar. Imagina o que é para o empresário ter detalhes para investir com mais propriedade, ou seja, ter a certeza de que a localidade potencial do seu empreendimento tem drenagem eficiente, mobilidade urbana e vegetação”, contou Motta.

Todo o percurso realizado pelos agentes censitários durante o entorno será, pela primeira vez, georreferenciado. Assim, será possível analisar o trajeto percorrido, orientar o eventual retorno em campo e ter acesso aos relatórios de andamento da coleta.

Aglomerados subnormais têm metodologia diferente

Para as áreas de Aglomerados Subnormais classificadas “com adensamento”, que possuem poucas ou nenhuma face, haverá uma operação diferenciada para a aplicação da pesquisa de modo a garantir a cobertura nacional. Essa abordagem diferente será aplicada na hipótese de vias do tipo becos, trilhas ou escadarias, com pouco ou nenhum espaçamento entre as casas e acessibilidade restrita. Nesses casos, o agente do IBGE coletará um questionário a cada 15 acessos de edificações visíveis contadas ao longo do percurso. Essas edificações são aquelas que possuem características domiciliares e/ou comerciais e podem ser identificadas pela porta de entrada ou escadaria voltada para a via de acesso percorrida. Para essa estimativa, serão contabilizadas em ambos os lados. 

ODS de Cidades Sustentáveis

A Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios também está inserida no contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo 11 do plano de ação global propõe metas para tornar as cidades e comunidades sustentáveis, englobando aspectos de habitação segura, acesso a transporte e aos serviços básicos a toda a população, entre outras.

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