Homens acima de 70 anos são maioria dos pacientes internados no HEA com Covid-19 Hospital recebeu 469 pacientes infectados pelo novo coronavírus entre abril e julho

25 ago 2020 - 18:30


Para atender pacientes de Covid-19, Governo do Estado abriu 77 leitos exclusivos para tratamento da doença (Foto: Davi Salsa / Agência Alagoas)

Levantamento feito pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, revela que os homens com idade entre 70 e 79 anos representam a maioria dos pacientes internados com a Covid-19 na maior unidade pública de saúde do interior de Alagoas.

Os dados coletados mostram que entre os meses de abril e julho deste ano, o hospital recebeu 469 pacientes infectados pelo vírus. Desse total, foram atendidos 277 homens e 192 mulheres. Os indivíduos do sexo masculino representam 59% dos pacientes, enquanto as mulheres são 41% das pessoas que receberam atendimento no Hospital de Emergência do Agreste.

As estatísticas também revelam que 253 homens de cor parda foram internados, o que significa o percentual de 54% do total dos pacientes. As pessoas de cor branca aparecem em segundo lugar, enquanto os indivíduos de cor preta representam a minoria dos infectados pela doença.

Faixa etária – A pesquisa realizada aponta que 25,6% das pessoas em tratamento da doença têm idade entre 70 e 79 anos. Em segundo lugar, com 21% do total de internamentos, estão os pacientes na faixa etária entre 60 e 69 anos.

Vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, recebeu investimentos do Governo de Alagoas e passou por uma reestruturação física, com a implantação de 77 leitos exclusivos para o atendimento a pacientes com Covid-19.

Atualmente, a unidade de saúde dispõe de 27 leitos de UTI e 50 leitos clínicos para tratamento da doença. Desse total, 43 leitos estão sendo utilizados, o que representa uma taxa de ocupação da ordem de 56%.

A coordenadora do Serviço de Vigilância Epidemiológica do HE do Agreste, assistente social Ana Lúcia Lima, avalia os resultados do levantamento. “Os dados mostram que a doença evolui de forma muito rápida e, dessa forma, as pessoas devem procurar as Unidades Básicas de Saúde assim que apresentarem sintomas, para que sejam medicadas e monitoradas, evitando o agravamento e a necessidade de internação”, reforça.

Ainda de acordo com Ana Lúcia, a atenção deve ser redobrada com os idosos, considerado grupo de risco e que se constitui, segundo ela, no maior percentual de internação e de óbitos.

Por Davi Salsa / Agência Alagoas

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