Governo do Estado vai elaborar modelo de abate regular de animais

11 ago 2015 - 09:00


Adequado à realidade de Alagoas, programa será criado de acordo com ações bem sucedidas em outros estados.

Foto: Divulgação / Agência Alagoas

Foto: Divulgação / Agência Alagoas

Os avanços da Bahia no abate regular de animais, atendendo a legislação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foram apresentados a representam o setor agropecuário e prefeitos alagoanos durante reunião de trabalho realizada nesta segunda-feira (10), na sede da Federação da Agricultura.

Com base nas informações repassadas no encontro, promovido pelo Governo de Alagoas por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura e da Adeal, juntamente com a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e Ministério Público Estadual, será apresentado no prazo de 60 dias um programa criado de acordo com a realidade de Alagoas.

“Com base nesta troca de experiências com a Bahia e anteriormente com o Rio Grande do Norte será elaborado um modelo de abate específico para Alagoas adequado à realidade do nosso Estado e que irá garantir segurança alimentar à população. Este projeto será amplamente debatido com as instituições”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Vasconcelos.

De acordo com o presidente da AMA, Marcelo Beltrão, a iniciativa do Governo do Estado busca resolver um problema antigo em Alagoas. “É um compromisso e a esperança de sanar um impasse que existe há várias décadas. Com isso, estamos formando um mutirão com todas as instituições unidas em defesa de um único objetivo”, declarou.

Segundo o presidente da Adeal, Marcelo Lima, o seminário foi o pontapé inicial para se resolver a questão do abate ilegal de animais em Alagoas. “Nosso propósito é resolver de uma vez por todas este problema. Estamos colhendo experiências de outros Estados para que possamos encontrar soluções viáveis”, afirmou.

O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Sérgio Jucá, destacou a importância do seminário para debater a problemática dos matadouros alagoanos. “Buscamos soluções. O Ministério Público é a defesa da sociedade, tendo o ideal de servir ao povo. Não queremos conflitos e sim encontrar soluções com empreendimentos ajustados à legislação. Para isso, estamos dando as mãos”, informou.

Seminário

Desde que implantou o programa de regionalização e de modernização do abate de animais, o número de matadouros frigoríficos na Bahia passou de nove estabelecimentos, em 2002, para as atuais 36 unidades, sendo 26 com certificação estadual e dez com a federal.

“O abate regular é uma ação estratégica do nosso Estado. Iniciamos os trabalhos fazendo um levantamento da realidade dos municípios. Em seguida, buscamos localidades capazes de funcionar como polos regionais capazes de atender as exigências da legislação, além de termos executado um trabalho consistente de educação sanitária junto à população”, afirmou Willadesmon Silva, diretor técnico da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária da Bahia (Adab).

As ações executadas pelo governo baiano, que mudaram a realidade do abate de animais no Estado, contam com o apoio do Ministério Público local. “Temos que ser pragmáticos nas ações e precisamos estar unidos, trabalhando de forma constante”, ressaltou o promotor de Justiça do Estado da Bahia, Roberto Gomes, destacando também a importância das ações estruturantes realizadas em feiras livres e mercados municipais.

Atualmente, Alagoas conta com apenas dois matadouros frigoríficos oficiais supervisionados com a chancela do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 17 unidades existentes no interior do Estado, atendidas apenas pelo Serviço de Inspeção Municipal.

Por Dorgival Junior / Agência Alagoas

Comentários