Família multiparental: advogada tem 2 pais e 2 mães no registro de nascimento Maria Cristina Guerra requereu à Justiça que em sua certidão de nascimento constassem os nomes dos pais adotivos e também dos pais biológicos.

01 set 2021 - 07:57


Advogada e família em Delmiro Gouveia (Foto: Arquivo Familiar)

A advogada Maria Cristina Guerra perdeu a mãe quando tinha quatro anos. O pai faleceu pouco tempo depois. Aos 12 anos, ela foi adotada por uma família que saiu de São Paulo para morar em Delmiro Gouveia, Alagoas.

Como não queria perder o vínculo com a família biológica, requereu à Justiça que em sua certidão de nascimento constassem os nomes dos novos pais e também dos pais biológicos. A decisão foi favorável à advogada, que contou essa história de multiparentalidade à TV Tribunal. “Foi uma realização para mim”, disse.

A decisão, proferida em 2015, foi do juiz Anderson Passos. “Tínhamos uma pessoa que conviveu com os pais biológicos. Ela teve efetivamente duas famílias, dois pais e duas mães, em sua história de vida”.

Segundo o magistrado, o registro civil deve refletir a realidade. “A gente sabe que, às vezes, a pessoa tem em sua história de vida mais de uma mãe ou mais de um pai. Se a realidade nos demonstra isso, por que o Direito vai ser impeditivo do reflexo dessa realidade?”, questiona Anderson Passos.

Conheça a história da advogada e saiba mais sobre multiparentalidade no vídeo abaixo da TV Tribunal.

Por Assessoria / TJ-AL

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