Estudantes começam a plantar dez mil mudas da Caatinga no Canal do Sertão

23 Maio 2013 - 19:09


Seinfra, IMA e Semarh orientaram meninos e meninas sobre plantação de Juazeiros, Craibeiras, Aroeiras e outras espécies nativas

Sertão

O Governo de Alagoas deu início nesta quinta-feira (23) ao plantio das 10 mil primeiras mudas de árvores nativas da Caatinga que vão recompor a vegetação nas margens do Canal do Sertão. Cerca de 130 estudantes de escolas públicas dos municípios de Delmiro Gouveia e Água Branca participaram ativamente da ação, que teve o pontapé inicial em Água Branca.

Empolgados por conhecer de perto a maior obra hídrica do Estado, os estudantes plantaram as primeiras 500 mudas na margem do quilômetro 59 do canal, acompanhados de técnicos do Instituto de Meio Ambiente (IMA) e das Secretarias de Estado da Infraestrutura (Seinfra) e do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). O Ministério Público Estadual também acompanhou a ação.

Entre as espécies plantadas, estavam Juazeiros, Barrigudas, Craibeiras, Angicos, Umburanas de Cheiro, Braúnas, Aroeiras, Espinheiros e Quixabeiras. O secretário adjunto de Projetos Especiais e Irrigação da Seinfra, Alzir Lima, explicou que o projeto ambiental marca o início da revegetação de áreas impactadas pela obra hídrica no Sertão e destacou a importância da educação ambiental.

“Neste primeiro momento, realizamos o plantio de 500 mudas que vão restaurar uma área significativa nas margens do canal. Isso é um passo muito importante para a preservação do meio ambiente, mas o principal e grande desafio é implantar uma educação ambiental, conscientizar a todos, sobretudo os estudantes, sobre a importância de preservar a Caatinga”, afirmou.

O pequeno Júlio Feitosa, de 11 anos, estudante da Escola de Educação Básica Alice Oliveira Santos, localizada em Água Branca, não escondia a felicidade de participar da ação ambiental.

“Por vários dias estudamos bastante o Canal do Sertão e sua importância para todos nós, sertanejos, e também a necessidade de preservar o meio ambiente. Fizemos vários trabalhos em sala, orientados por nossos professores”, disse Júlio Feitosa. “Agora, viemos realizar a atividade prática e para mim foi muito boa. Entendi que foi necessário retirar um pouco das árvores para construir a obra e agora que ela está pronta vamos fazer de tudo para restaurar a natureza”, completou o estudante.

O diretor-presidente do IMA, Adriano Augusto, ressaltou que as ações de compensação aos danos ambientais serão realizados no transcorrer da obra. “O Canal do Sertão é, sem dúvida, uma obra muito importante para os alagoanos e hoje está dando uma importante demonstração de respeito ao meio ambiente. É um exemplo a ser seguido. Estamos fazendo a reposição da vegetação nativa ainda no transcorrer da obra. Estimamos que até o final da obra serão mais de 1,5 mil hectares restaurados”, destacou.

A promotora de Justiça Lavínia Fragosa parabenizou o Governo do Estado por conseguir integrar os órgãos ambientais e a comunidade. “Vejo esta ação de forma muito positiva. O mais importante de tudo é essa interação entre o Governo, os órgãos ambientais e a comunidade escolar, com o envolvimento dos estudantes nessa ação, que é, sobretudo, educativa”, avaliou a promotora.

Agência Alagoas

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