Estado investe em UPAs e amplia serviço de urgência e emergência

06 dez 2014 - 10:00


Unidades construídas em Marechal Deodoro, Viçosa, Penedo e Palmeira dos Índios já atenderam mais de 193 mil usuários; foram investidos R$ 12,3 milhões.

Fotos: Carla Cleto e Olival Santos

Fotos: Carla Cleto e Olival Santos

O Governo do Estado investiu numa estrutura simplificada de atendimento ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS): a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Responsável por solucionar 97% dos casos na própria unidade, as quatro UPAs construídas em Alagoas contaram com R$ 12,3 milhões em recursos do Tesouro Estadual e mais de 193 mil pacientes já foram beneficiados pelos serviços prestados em Marechal Deodoro, Viçosa, Penedo e Palmeira dos Índios.

Para atender a demanda de urgência e emergência de maneira organizada, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) investiu na construção das UPAs e também nos equipamentos adequados para o atendimento. Somado a isso, o Estado é ainda responsável pelo repasse financeiro para a manutenção das unidades, que totaliza R$ 6,6 milhões ao ano.

De acordo com a superintendente estadual de Atenção à Saúde, Aparecida Auto, a construção das UPAs é realizada com recursos da União e do Estado, este que adquire os equipamentos e repassa para o município – responsável pela gestão da unidade. Quanto ao custeio para manutenção, o Estado e o município investem 25% cada e o governo federal repassa 50%.

“As UPAs são unidades intermediárias entre a atenção básica e a emergência, funcionando como um filtro na resolução das urgências e impedindo a sobrecarga nos hospitais, a exemplo do HGE [Hospital Geral do Estado]”, explicou Aparecida Auto, enfatizando o papel fundamental das UPAs em desafogar os hospitais das macrorregiões de Maceió e Arapiraca.

Serviço de qualidade

Quem elogia a qualidade do serviço são os próprios pacientes, que chegam a ficar surpresos com a infraestrutura do local. “Essa é a quarta vez que venho aqui. É ótimo contar com um serviço bom e perto de casa”, conta Maria Petrúcia Carvalho. Ela levou a bisneta Raquel Alves, que estava com febre, para atendimento na UPA Irmã Dulce, em Marechal Deodoro.

A UPA de Marechal Deodoro é de Porte I e conta com dois médicos de plantão (pediatra e clínico geral), laboratório de exames, leitos de observação, sala de urgência, posto de enfermagem e farmácia. Para o pediatra Adriano Belo, que há 13 anos atua no município, a UPA é uma peça fundamental para a saúde. “Houve um grande avanço na saúde após a instalação da UPA, pois esta população não contava com raio X e eletrocardiograma, por exemplo”, afirmou.

Porte das unidades

A classificação das UPAs é feita de acordo com a população da região a ser coberta, a capacidade instalada – área física, número de leitos disponíveis, recursos humanos – e a capacidade diária de realizar atendimentos médicos.

Além da UPA de Marechal Deodoro, também é de Porte I a unidade de Viçosa, a primeira a ser construída no estado, prestando assistência à região do Vale do Paraíba. Já com até 12 leitos de observação e capacidade de atender até 300 pacientes por dia, as UPAs de Penedo e Palmeira dos Índios são de Porte II.

As UPAs funcionam 24 horas, sete dias por semana e podem resolver grande parte das urgências e emergências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame. Com isso, ajudam a diminuir as filas nos prontos-socorros dos hospitais.

A UPA oferece ainda estrutura simplificada, com raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação. Quando o paciente chega às unidades, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Eles analisam se é necessário encaminhar o paciente a um hospital ou mantê-lo em observação por 24 horas.

Por Danielle Cândido e Suana Nobre / Agência Alagoas

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