Ensino remoto impõe novas políticas de conectividade para milhões alunos

09 jul 2020 - 12:00


Devido a pandemia, ensino remoto virou regra e precisa ser melhor estruturado (Foto: Divulgação)

O novo Coronavírus impôs uma necessidade de transformação imediata na maneira como as políticas públicas de educação no país estavam sendo estruturadas nos últimos anos. Com os esforços voltados à melhoria da conectividade para dentro da escola, a pandemia trouxe à tona o desafio de se pensar o acesso à educação também para dentro de casa em escala. O ensino remoto, até então implementado de forma paralela e complementar ao ensino presencial, passou a ser o principal meio de aprendizado para todos os estudantes.

Por mais que muitos especialistas ressaltem o aumento da desigualdade do acesso à educação que a pandemia aprofundou, dados da pesquisa TIC Educação 2019 divulgada nos últimos dias mostram uma perspectiva diferente: o aumento do uso das tecnologias na rede pública de ensino já era uma tendência mesmo antes da crise do novo Coronavírus. O estudo mostra que, mesmo que ainda não na velocidade e amplitude esperadas, a internet já vinha gradativamente ganhando espaço nas comunidades escolares nos segmentos público e privado.

Cerca de entre cada três professores em escolas urbanas recebeu trabalhos pela internet, o que corresponde a 35% dos entrevistados na pesquisa. Quase a metade, 48%, tirou dúvidas pela rede e 51% disponibilizaram conteúdos aos alunos através da internet. Mais de um terço dos professores consultados recebeu trabalhos pela internet, 44% tirou dúvidas e 48% disponibilizou conteúdo nas redes. Já entre os alunos das redes pública e privada, o uso da internet é mais ou menos semelhante, sendo que 65% dos alunos de escolas públicas e 66% de escolas particulares usaram a internet para fazer trabalhos escolares à distância.

Mesmo assim, pegas de surpresa, escolas públicas receberam poucas orientações na adaptação do ensino presencial ao ensino remoto. Ainda que haja avanços, é preciso reconhecer que não só o acesso precisa ser foco dos governos, mas também o formato do aprendizado oferecido aos alunos. Não se trata apenas de gravar vídeos ou criar apresentações, mas moldar todo o conteúdo para diferentes mídias.

Alguns governos estão se empenhando com esse enfoque para realizar parcerias com ferramentas e soluções digitais para garantir não só uma maior adesão e imersão do aluno no ambiente virtual, mas também para oferecer um conteúdo que dialogue com o novo contexto. Um exemplo disso é a parceria firmada entre Mangahigh e o governo de São Paulo. Ao todo, mais de 3 milhões e meio de alunos dos Ensinos Fundamental e Médio estão sendo beneficiados com o acesso à plataforma durante os anos letivos 2020-2021. Como atividades alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a plataforma Mangahigh disponibiliza recursos digitais adaptativos e gameficados nos formatos de quizzes e games que dialogam com o aluno do Século XXI através de elementos visuais e sonoros que promovem a compreensão de conceitos matemáticos abstratos em um ambiente engajador, lúdico e multissensorial.

Também por meio da utilização de inteligência artificial, a plataforma personaliza a experiência de aprendizagem da matemática e do raciocínio lógico para cada estudante de acordo com as suas necessidades. Os professores podem acompanhar em tempo real os resultados de testes, simulados e até mesmo o entendimento do conteúdo através de ferramentas de análise diagnóstica que dão ao professor os insumos necessários para intervenções pedagógicas personalizadas e de acordo com as necessidades individuais de cada aluno.

Embora a vida pós-pandemia continue incerta, governos terão de lidar com novos pontos de desigualdade revelados durante a quarentena. A tendência, de acordo com a pesquisa, é a de que a internet e o ambiente digital ganharão ainda mais relevância no cenário educacional, uma vez que o ensino presencial não acontecerá da mesma forma como antes.

Sobre a Mangahigh

No Brasil desde 2012, a plataforma educacional britânica é pioneira na criação de conteúdos didáticos de matemática e raciocínio lógico por meio de games para crianças e adolescentes. Hoje, a instituição oferece conteúdos alinhados aos currículos nacionais de países da América do Norte, América do Sul, Ásia, Europa e Oceania.

A marca alia a pedagogia e o aprendizado personalizado com o lúdico, promovendo um maior engajamento dos estudantes e o aprendizado significativo. Os estudantes que utilizam a plataforma aprendem a matemática de acordo com as competências exigidas pela BNCC – Base Nacional Comum Curricular.

Por Assessoria

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