Sobre Amanda Araújo

Amanda Araújo Mendes é proprietária e enfermeira do consultório de enfermagem CuraDerme situado em Santana do Ipanema (Alagoas). Formada em enfermagem pela Faculdade Cesmac do Sertão, também bacharela em administração pública pela Ufal. Possui especializações na área de gestão em saúde pública e urgência, emergência e terapia intensiva. Já atuou como enfermeira no Hospital Regional de Santana do Ipanema e atenção básica do mesmo município. Fez parte do corpo docente dos cursos da escola técnica de saúde Valeria Hora e atualmente é docente do Divino Cursos.


DIU: conheça um dos métodos contraceptivos mais utilizados pelas mulheres

18 setembro 2019


Ilustração de um DIU já aplicado (Foto: Reprodução)

O DIU é o segundo método contraceptivo mais usado entre as mulheres, ficando abaixo apenas da laqueadura (método definitivo), porém, fica em primeiro lugar na categoria dos métodos reversíveis, sendo mais utilizado do que os contraceptivos orais, as famosas “pílulas”.

O DIU é um método contraceptivo inserido no útero da mulher após avaliação, e exclusão de possível gravidez, o mesmo é uma haste com formato semelhante ao T. Atualmente, temos duas opções: o DIU de cobre, (não hormonal), e o DIU de Mirena, (hormonal). Ambos são eficazes e efetivos com relação a impedir a gestação.

Seus mecanismos de ação são semelhantes, o DIU de cobre, à medida que vai liberando seus íons torna o útero um local hostil para os espermatozoides, atua como um espermicida o que impede que o espermatozoide fecunde o óvulo, o mesmo pode ficar até 10 anos sendo uma ótima opção para as mulheres que desejam contracepção reversível, de alta eficácia, longa duração, livre de hormônios, e é disponibilizado pelo SUS.

Já o DIU de Mirena, libera no útero um hormônio chamado levonorgestrel, aumentando a espessura do muco cervical, assim, dificultando o trajeto do espermatozoide até o encontro com o óvulo, e está indicado permanecer por no máximo 5 anos.

Ambos dispositivos têm efeitos colaterais semelhantes e que duram geralmente nos primeiros meses de adaptação, são contra indicados em caso de suspeita de gravidez. O DIU de Mirena tem um maior custo em relação ao de cobre, que é, e deve ser disponibilizado pelo SUS como método, e parte do programa de planejamento familiar. 

Mas surge a dúvida, se é eficaz por que existem algumas mulheres que engravidam usando esse método? Vamos desmistificar isso. Primeiro: nenhum método contraceptivo é 100% seguro. Segundo: o DIU deve ser inserido por profissional habilitado e capacitado, podendo ser médico ou enfermeiro após toda avaliação clínica, após sua inserção é aconselhável que dentro dos primeiros meses seja feita avaliação para confirmação do posicionamento do mesmo dentro do útero, além de seguir todas as recomendações passadas pelo profissional de saúde, que o introduziu.

Hoje, o DIU de cobre, tem um percentual de falha em média de 0,4% (4 mulheres a cada 1000) que utilizam, e o DIU de Mirena, 0,2% (2 mulheres a cada 1000 ) que utilizam. Portanto, fica claro que o percentual de ineficácia dos dois tipos é baixíssimo, o que transforma hoje, o DIU, um dos métodos mais seguros e mais utilizados, lembrando que o dispositivo impede apenas a gravidez e não o risco de IST (infecções sexualmente transmissíveis), sendo aconselhado a associação com preservativo.

Veja abaixo um vídeo que mostra a simulação de aplicação de um DIU.

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