A informação divulgada ontem (4) pelo Sindicato dos Fiscais de Renda de Alagoas (Sindfisco) de que o Governo do Estado teria beneficiado o setor sucroalcooleiro com a renúncia de impostos foi repercutida na sessão ordinária desta quarta-feira, 5, na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE).
O petista Judson Cabral disse que irá requerer a presença do secretário de Estado da Fazenda, Maurício Toledo, e de representantes do Sindfisco para prestarem esclarecimentos na Casa.
Em seu pronunciamento, Cabral classificou a suposta renúncia de impostos como uma incoerência do governo. “Alagoas é um estado pobre, tem necessidade de quase tudo. Não é possível que uma renúncia fiscal afete ainda mais a realidade do povo”, frisou o parlamentar.
O líder do governo na Casa, deputado Edival Gaia (PSDB) disse que o secretário da Fazenda já se colocou à disposição para prestar esclarecimentos na ALE e garantiu que o Estado apenas alterou os cálculos sobre os impostos, mas, não concedeu isenção.
Além do líder do governo, os deputados Olavo Calheiros (PMDB), Ronaldo Medeiros (PT) e Jeferson Morais (DEM) também apartearam o pronunciamento de Cabral e cobraram o esclarecimento dos fatos.
Em entrevista coletiva à imprensa ocorrida nesta terça-feira, representantes do Sindfisco denunciaram, entre outras coisas, que decretos do Governo estadual estariam favorecendo o setor sucroalcooleiro e reduzindo a arrecadação do ICMS. Ainda de acordo com o Sindfisco, a perda de arrecadação seria em torno de cinco milhões por ano.
Alagoas24horas