MP de Alagoas participa da operação de combate a pirâmide financeira no MT

10 ago 2021 - 18:00


A organização criminosa atuava, camufladamente, como marketing multinível e prestação de serviços de marketing financeiro. (Foto: Assessoria)

Combater o crime organizado, desmantelar suposto esquema fraudulento apresentado como pirâmide financeira define a Operação “Easy Money” desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Mato Grosso, que teve a parceria do Gaeco do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL),na manhã desta terça-feira (10).

Ao todo foram cumpridos dois mandados de prisão e mais trêss de busca e apreensão em Maceió e outros 17 no Mato Grosso e outros estados, onde se concentrava a liderança da organização criminosa que atuava, camufladamente, como marketing multinível e prestação de serviços de marketing financeiro.

Na capital alagoana, a operação foi coordenada pelo chefe do Gaeco, promotor de Justiça, Antônio Luiz dos Santos Filho, e pela promotora de Justiça, Martha Bueno, que contam com o apoio operacional do do Núcleo de Gestão da Informação (NGI) e da Polícia Militar e suas guarnições do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran).

As investigações que deram suporte ao Gaeco do MT para deflagrar esta operação, apontam que os envolvidos no esquema utilizavam a empresa King Investimentos, logo depois chamada de King-Bentley e King Prime que atraia adeptos para investimentos e apostas num processo piramidal. As ações criminosas do grupo já teria rendido milhões de reais ludibriando com falsas ofertas pessoas e todo Brasil.

A operação recebe o nome “Easy Money” , que significa dinheiro fácil, e é, segundo o Gaeco do Mato Grosso, fruto de investigação realizada no âmbito do Procedimento de Investigação Criminal (PIC) nº 01/2019, e além de Alagoas teve apoio operacional dos Gaecos do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo .

“O Gaeco, em todo o Brasil, assim sendo o nosso em Alagoas, trabalha com muita responsabilidade e com um leque imenso de áreas para atuar, uma delas, como todos sabem, é o crime organizado direcionado nas mais diversas formas. Vale relembrar que muitas ações similares já foram desencadeadas e, neste momento, atuamos irmanados com o Gaeco do Mato Grosso cumprindo os mandados a nós incumbidos . As prisões foram feitas com nossa equipe do NGI e mais uma vez contando com o suporte do Batalhão de Trânsito da polícia militar”, declara o chefe do Gaeco, promotor de Justiça, Antônio Luiz.

“Estamos nas ruas cumprindo o nosso papel e dando uma resposta ao crime organizado. O nosso Ministério Público, por meio do Gaeco, terá sempre prazer em atuar conjuntamente com colegas de outros estados no combate às ações criminosas e zelando pela legalidade, protegendo o cidadão de bem. A operação aqui foi um sucesso, cumprimos nosso papel junto com a polícia militar levando à prisão pessoas envolvidas com uma prática abominável e que fez muitas vítimas em todo o país”, detalha a promotora Martha Bueno.

Lavagem de dinheiro

Pelos levantamentos, a Orcrim utilizava os lucros de suas ações ilícitas para lavagem de dinheiro, afetando diretamente a economia popular. Em Maceió, um agente da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) e a esposa foram presos e houve cumprimento de mandados de busca e apreeensão na residência e em duas empresas dos mesmos.

Material aprendido

Na residência, do casal, no bairro da Serraria, a polícia apreendeu notebooks, tablet, documentos, aparelhos celulares, equipamento de comunicação, pen-drives, cadernos com anotações e uma caminhonete S10, de cor branca. No escritório, localizado no Empresarial Humberto Lobo, na Serraria foram apreendidas todas as CPUs. Segundo o preso, cinco pessoas prestavam serviço à sua empresa. Após as oitivas no Gaeco, o casal foi levado por policiais penais para o sistema prisional onde ficará à disposição da Justiça.

Por Assessoria

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