O próximo clássico entre CRB e ASA promete muito suspense. Nenhum dos treinadores quis dar pistas sobre a escalação. O duelo estratégico por um lugar ao sol no Grupo A da Série C moveu os passos de Ademir Fonseca e Francisco Diá nos últimos dias, e a trama só vai ser desvendada nesta segunda-feira, a partir das 21h30, no Estádio Rei Pelé. Preparem as pipocas.
O treinador do Galo foi o primeiro a fechar os treinos. Avisou que em semana de clássico qualquer detalhe pode ajudar o rival a vencer o confronto. Mas nem os melhores roteiristas conseguem esconder todos os segredos de um filme antes do fim. Assim, foi possível perceber pelas declarações de jogadores e do próprio Ademir que a principal mudança vai ser no setor ofensivo, com a saída de Diego Clementino e a entrada de Clebinho, uma espécie de vingador mascarado.
O armador leva até jeito para ser o protagonista do clássico. Desde sua saída da equipe, após sofrer uma fratura no nariz, o CRB não mais venceu na competição nacional. Vieram um empate em casa e uma derrota fora e a queda da segunda para a quinta colocação, com 12 pontos. Está na hora de agir.
O ASA precisa mudar o cenário da série. Cinco jogos sem vencer, mudança de treinador, idas e vindas de jogadores e indefinições na diretoria. Parece que as falas no elenco para a disputa do nacional foram mal ensaiadas. Tentando mudar o rumo dessa história, os dirigentes contrataram na última terça-feira o técnico Francisco Diá, que até pouco tempo estava no Oeste.
Ele não prometeu espetáculo, mas ao menos um bom filme de ação, capaz de prender o torcedor na cadeira, evitar o rebaixamento e, quem sabe, colocar o time no G-4. O treinador também tem o compromisso de não deixar nenhum personagem atravessar a fala ou a jogada do outro, buscando equilíbrio e harmonia no elenco. Em seu trabalho, garante, a determinação vai merecer os aplausos, não as performances individuais.
Para colocar as palavras em prática, ele tende a definir uma formação com três zagueiros, precavida, evitando assim maiores sustos na torcida. No meio-campo, os volantes Cal, Lucas e Michel têm a missão de impedir a progressão do adversário. Na frente, o homem capaz de resolver a trama é Wanderson, o veloz e destemido atacante alvinegro.
O árbitro Flávio Feijó de Omena comanda o clássico, sendo auxiliado por Thalis Augusto Monteiro e Rondinelle dos Santos Tavares.
Por Globoesporte