Quando Gabriel Xavier nasceu, em 2007, a realidade do cenário audiovisual alagoano era bastante diferente do momento atual. Naquele ano, dois importantes títulos da cinematografia local eram lançados: Calabar, de Hermano Figueiredo, e 1912 – O Quebra de Xangô, de Siloé Amorim, ambos provenientes do programa federal DocTV. Ainda sem qualquer política estadual ou municipal de fomento ao setor, a produção era em sua maioria voltada ao documentário e ao filme experimental, realizações possíveis diante de baixo ou nenhum orçamento.
Outro exemplo da safra de 2007 é Bem Me Quero, videodança dirigida por Glauber Xavier e protagonizada por Valéria Nunes, pai e mãe de Gabriel. Naquela época, seria difícil imaginar que 12 anos depois o cinema feito em Alagoas viveria um desenvolvimento técnico e artístico reconhecido nacionalmente e mostrado fora do país. Uma das provas desse destaque é o curta-metragem Trincheira, de Paulo Silver, filme que já acumula 12 prêmios em festivais pelo Brasil, dois deles destinados à atuação do protagonista mirim.
Nele, Gabriel interpreta um garoto que, num aterro de lixo, observa o imponente muro de um condomínio de luxo. Ele usa sua imaginação para construir um mundo fantástico com os materiais que encontra pelo caminho. Ousado para os parâmetros locais, o universo mágico do filme foi criado pela equipe de direção de arte e pós-produção, com a ajuda de efeitos especiais e centenas de quilos de material reciclável.
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