A terra não suporta excessos

MarcusEduardoSão quase 800 grupos corporativos mundiais que dominam a cena da intermediação financeira e se regozijam com a “economia da acumulação e da devastação”, pouco se importando com os custos ambientais gerados pela excessiva produção da qual fomentam. Para esses grupos, os passivos ambientais (poluição do ar, da água e a diminuição da cobertura vegetal do planeta, entre outros) não passam de meras externalidades, ou seja, não são contabilizados.

Com isso, a economia cresce defeituosamente, poluindo mais e ceifando vidas pelo caminho. De acordo com o relatório Desafio Global, elaborado pela ONU, em 2010, mais de 3 milhões de pessoas morrem ao ano em razão da poluição causada, por exemplo, pelo dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos (HC).

De um lado, a “turma do capital” se empaturra cada mais vez na tarefa em ganhar dinheiro; do outro, o meio ambiente sofre as consequencias.

Enquanto a forma de produção industrial não for mudada, respeitando os ciclos normais da natureza, longe ficaremos do verdadeiro Estado do bem-estar social, e cada vez mais veremos um crescimento econômico “falso” enraizado na premissa em satisfazer o consumo material dilapidando o capital natural.

Na China, expressão maior desse “crescimento dilapidador da natureza”, um terço dos rios e 75% dos lagos do país estão contaminados. Das vinte cidades mundiais mais poluidas, 16 delas são chinesas. Mais de 60% das mortes relacionadas à poluição ocorrem na Ásia, especialmente devido à explosão do crescimento econômico e compra de automóveis na região. Na Europa, só resta 0,1% das florestas do planeta, ante 7% existentes num passado não muito distante.

Já que a economia tradicional age de forma irresponsável e pouco compromissada para com a questão ambiental, cabe à economia ecológica a tarefa de alertar sobre os riscos advindos de uma produção econômica excessiva. É imprescindível, portanto, combater excessos e entender que o progresso humano não pode, em hipótese alguma, ser confundido com crescimento material, muito menos esperar que o crescimento físico da economia consiga satisfazer a todos. A Terra não suporta excessos. Gandhi, a esse respeito, assim profetizou: “A Terra possui recursos suficientes para prover às necessidades de todos, menos dos gananciosos”.

Nessa mesma linha de argumentação, Leonardo Boff diz que “(…) precisamos produzir para atender as necessidades humanas. Mas produzir respeitando os ritmos da natureza, os limites de cada ecossistema e optar por uma forma de consumo solidário, responsável, uma verdadeira simplicidade voluntária. Isso seria o desenvolvimento sustentável e humano. Caso contrário, não sobram recursos para as gerações de nossos filhos e netos. Não somos os únicos que usam a biosfera. Também os animais, as florestas e todos os seres vivos. Sem eles nós não sobreviveríamos”.

Essa crise ecológica ora vivenciada decorre do crasso erro “patrocinado” por um sistema econômico que defende um crescimento ilimitado num mundo limitado, como se a biosfera fosse um enorme báu inesgotável.

Se almejamos obter uma vida mais tranquila em um mundo mais desenvolvido e equilibrado do ponto de vista ambiental, urge pôr um ponto final nesse modelo econômico que somente faz diminuir o capital natural, agredindo os serviços ecossistêmicos. O primeiro passo para isso é criar e difundir uma consciência ecológica.

Essa consciência ecológica passa, obrigatoriamente, por eliminar aquilo que Fritjof Capra chama de “analfabetismo ecológico”.

Esse tipo de consciência se consegue disseminando informações. Para tanto, é preciso desenvolver uma política nacional de educação ambiental. Em outras palavras, é necessário criar a ecoalfabetização que seja capaz de sensibilizar a sociedade para a crucial importância que representa o sistema ecológico em nossas vidas.

Urge difundir a noção básica de que o crescimento econômico precisa ter limites e, antes disso, deve-se buscar um tipo de atividade econômica realçada nos valores da justiça social aliada à proteção do meio ambiente. Fora disso, é a vida que corre riscos.

Definitivamente, o homem não pode se esquivar dessa consciência. É imperioso não perder de vista que a natureza é a provedora maior das necessidades humanas, e, portanto, precisa ser tratada com parcimônia.

Infelizmente, parece que muitos ainda não se deram conta de que somos parte da natureza e que essa não é composta apenas pelos seres humanos. Todos os seres são interdependentes e formam a comunidade de vida.

Pela continuidade da vida, com padrões equilibrados e uma economia justa social e ambientalmente que esteja centrada no paradigma da preservação, conservação e sustentação do meio ambiente, espera-se que a ecoalfabetização aconteça, afinal de contas, a Terra não suporta excessos.

Economista e professor. Mestre pela USP em Estudos da América Latina. prof.marcuseduardo@bol.com.br

Seu cuca ou os leleke’s?

“Uma guerra judicial está sendo travada para decidir quem tem o direito de usar a marca Os Leleke’s e a música que se tornou um viral na web, Passinho do Volante. A queda de braço é entre a Furacão 2000 Produções Artísticas e a Lek Produções.

Somente a Lek Produções é quem pode usar o nome do grupo e se apresentar com a música em shows e programas de TV. A decisão em segunda instância, assinada pela juíza Rosa Maria Cirigliano Maneschy, proíbe a empresa de Rômulo Costa de fazer show com o funkeiros e fixa uma multa de 100 mil reais por descumprimento.

Os réus (Furacão 2000) não podem fazer uso do nome MC Federado e Leleke’s nem cantar a música que os lançou no mercado, Passinho do Volante por ser autoria e obra de terceiro”, explica a juíza. A punição pode começar neste final de semana, quando está previsto para ir ao ar na TV Globo apresentações da formação do Furacão 2000 nos programas TV Xuxa e Esquenta.”(Fonte: veja.abril.com.br)

No meu tempo (assim dizia os mais velhos) música tinha letra. Agora onomatopéias viram sucesso e estouram (antes nas hit parades) agora na internet. Quando surgiram no final da década de setenta, início dos anos oitenta, o estilo brega e por conseqüência, as músicas com letras com duplo sentido, foram muito criticadas pelos entendidos no assunto. Confesso que entre uma “Seu cuca é eu” do Trio Parada Dura, e Há! Le Lek, lek, lek, lek! Sinceramente prefiro “Seu cuca é eu”

“Fui convidado pra ir numa festa

Em um salão lá no inteiro

O sanfoneiro era o seu cuca

Pra tocar no baile do trabalhador

A meia noite o salão lotado

E o seu cuca não apareceu

Aquela gente foi me cercando

Todo mundo achando que seu cuca é eu

Chamei o segurança, ninguém atendeu

Todo mundo achando que seu é eu

Onde esta seu cuca, onde se escondeu

Achem esse homem

Que essa gente pensa que eu cuca é eu.”

Por falar em Seu Cuca, meu amigo Jorge Santana “Jorge Cara de Ralo”, contou-nos esta semana, em plena via pública, a mim e a Malta Neto, um fato ocorrido com o saudoso Cuca, vigia do Banco do Brasil e Benga. Essas duas figuras impolutas, frequentavam individualmente, um cabaré existente no início da rua de Zé Quirino, na década de oitenta. Certa ocasião Benga se encontrava sentado a uma das mesas do bordel, na companhia de algumas “mariposas” inclusive uma delas, mantinha um relacionamento estável com Cuca. Nisso chega Cuca que dá boa noite a todos, e fica “num pé e noutro”, pra dentro e pra fora. Foi ao banheiro, e na volta, deu um jeito de enfiar um bilhete no bolso de Benga, que de imediato leu, dizia:

-“Caro amigo Benga. Não fique com essa mulher ela está doente.”

Benga malandro velho riu. E procurando o autor do bilhete, respondeu:

-Ah! Cuca agora não tem jeito! Já fiquei com ela antes de ontem, ontem e hoje!

Fabio Campos 13.04.2013 Conto inédito em breve no fabiosoarescampos.blogspot.com

Alguém tem um cigarro aí?…

Meus amigos reais acabaram tornando-se virtuais. Antes assim, do que nunca terem sido amigos de verdade. Isso porque a internet tem transformado o mundo real, em mundo irreal, ou mundo surreal. Roberval Nóia, João TNA, João do Mato, professor Marcelo Fausto, estes santanenses natos, alguns residindo aqui em Santana mesmo, outros nos mais longínquos rincões, mantém nosso e-mail abastecido de mensagens das mais inusitadas possíveis.

Enquanto vamos embrenhando-nos pelas veredas espinhosas e sinuosas da internet. Encontrando nas esquinas da vida com notícias que vão remodelando a cara do mundo. Estilista masculino chegando ao Brasil com o “namorado”; a cantora Daniela Mercury assumindo um relacionamento lésbico; Uma cantora beijando outra na boca depois do show.

Na contramão desse tema aparece o deputado Feliciano (PSC-SP) vejam matéria do blog do Ismael.com.br: “O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, divulgou um vídeo, nesta segunda-feira (18), em que faz pesados ataques a ativistas do movimento gay.

O presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais),Toni Reis, e o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) são os alvos preferenciais no vídeo de quase nove minutos.

O material “promocional” de Feliciano também utiliza imagens de um quiproquó, ocorrido em 14 de janeiro deste ano, em Curitiba, quando gays e militantes fascistas da TFT (Tradição, Família e Propriedade) se enfretaram nas ruas da capital paranaense (…) Pastor da igreja Assembleia de Deus, o deputado Feliciano causou polêmica em 2011, quando publicou declarações polêmicas em seu Twitter sobre africanos e homossexuais.

Roberval Nóia, obrigado pela a mensagem hilária sobre o “Dirran” vejam o resumo:

“(baseado em fatos verídicos)

Há alguns anos, quando o Clube Atlético Potengi ainda jogava no Machadão contra o Potyguar de Currais Novos, na 2ª divisão do Campeonato do Rio Grande do Norte, um jogador atleticano se destacava fazendo dribles desconcertantes, lançamentos perfeitos e fazendo gol. O narrador da Rádio Poti não cansava de gritar: -Vai Dirran! Vai Dirran!

Vendo aquele sucesso todo do jogador atleticano, um jovem repórter da Rádio Poti foi fazer uma entrevista com o craque na beira do gramado e foi logo perguntando:

“Diran, você tem parentes na França? Esse seu nome é de descendência francesa?”

O jogador, olhando espantado para o repórter, respondeu:

“Não sinhô, meu apelido é Cú de Rã porque eu sou baixim, mas como num pode falar na rádio… então, eles abreveia !”

Sobre o tema boiolístico também temos uma piada:

“Um gay foi viajar de avião com seu bofe e no meio da viagem, revelou pro gajo que tinha um sonho, transar com seu “Love” em pleno vôo.

Foi tentado a desistir pois os demais passageiros descobririam. Ao que ele retrucou:

-Que nada! Tá todo mundo dormindo. Quer ver?

E pediu:

-Alguém tem um cigarro aí?…

Silêncio total. Então acabaram transando.

A aeromoça andando pelo corredor encontrou um velhinho tremendo de frio.

-Meu senhor porque não pediu um lençol!

-Que nada! Um rapaz ali pediu um cigarro e foi “enrrabado”!

Só o decrescimento poderá evitar uma crise ecológica planetária, diz economista

03/04/2013 – Folha Oeste

Prof Marcus OliveiraSão Paulo – Na avaliação do economista Marcus Eduardo de Oliveira, professor da UNIFIEO e da Faculdade de Ciências da FITO, ambas em São Paulo, enquanto não houver uma mudança radical do modelo econômico freando o crescimento nos países mais avançados, estaremos cada vez mais próximos de uma séria crise ecológica, cujo resultado será catastrófico.

Falando ontem (02) à Folha Oeste, Marcus de Oliveira destacou que a ideia em torno do decrescimento precisa ser absorvida, em primeiro lugar, pela comunidade de economistas que foram educados pela teoria neoclássica que ainda recomenda o crescimento econômico como santo remédio para todos os males sociais. “Para esses economistas tradicionais, escapa-lhes a percepção que a economia está dentro de um sistema que se alimenta de uma fonte de energia e, por isso, a esgota.” É de fundamental importância que todos entendam, diz Oliveira, que a exploração do subsolo da terra tem limites, que a biosfera é limitada e não pode mais ser agredida da forma como vem sendo. Para tanto, é necessário propagar a noção capaz de redefinir o processo econômico integrando variáveis ecológicas e repensar a busca pelo crescimento a qualquer preço.

Oliveira acredita que “a noção do decrescimento econômico”, ou seja, frear o ímpeto de crescimento das economias mais avançadas somente “ganhará mais adeptos quando a maioria das pessoas perceber que a vida – e somente a vida – está acima de qualquer posicionamento da economia financeira, da economia que prioriza o valor e a quantidade, e não o conteúdo e a qualidade. E que para viver bem, com qualidade, com pleno desenvolvimento, não é preciso colocar mais produtos e mercadorias nas prateleiras dos supermercados, visto que isso é muito agressivo ao meio ambiente. Mais produtos significa menos ambiente à medida que aumenta a poluição; portanto, na prática, é sinônimo de menos vida”. Penso que o decrescimento poderá evitar a crise ecológica, disse Oliveira.

“No meu entendimento, o crescimento da economia só é recomendável em sociedades em que as pessoas estejam vivendo num nível abaixo das suas necessidades básicas. Nesses lugares, contudo, o crescimento é bem-vindo até certo ponto, ultrapassado o ponto ótimo tem-se problemas, pois todo e qualquer crescimento tem limites e é simplesmente impossível crescer infinitamente num planeta finito, cujos recursos são limitados”, explicou.

O economista criticou enfaticamente a macroeconomia tradicional que trata o sistema econômico como um processo circular isolado, ignorando o fato que para se produzir algo é necessário extrair matérias-primas e energia do meio ambiente, transformar em mercadoria e depois devolver ao ambiente os dejetos.

Fonte: – Folha Oeste

(Entrevista à Ricardo Almeida)

Salve primeiro de abril! O dia do homem!

Andam dizendo por aí, em especial num certo site de relacionamento, que anda “bombando” nos meios sociais, que o primeiro de abril devia ser instituído o “Dia do Homem”. Isso pra combinar com o “Dia da Mentira”. Tudo pelas conveniências. Outro comentou, nada disso, se tem um dia que devia ser considerado o “Dia do Homem” este dia seria, primeiro de novembro “Dia de todos os Santos”

Agora, que gostamos de feriados isso é verdade. Afinal isso vem de muito longe, desde a miscigenação, temos sangue indígena correndo nas veias. Índio gosta mesmo é de passear na floresta, caçar é seu esporte, apreciar a natureza, tomar banho e fazer amor. Trabalho é coisa de burguês, trabalho é invenção do cão, ninguém nunca ouviu dizer que alguém tenha ficado rico, apenas trabalhando!

A cultura, e o folclore já consagrou, através de ditos populares, bem interessantes, nos para-lamas de caminhões: “Quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro”;“Moro na estrada e passeio em casa”; “Se morrer for descanso prefiro viver cansado”. O princípio Marxista advindo do capitalismo procurou incutir na mente do homem civilizado: “Tempo é ouro”; “O trabalho dignifica o homem”. Ora meu caro, na Grécia antiga só quem trabalhava eram os escravos, a peble, a ralé! A nobreza vivia no bem bom, “Sem dar um prego numa barra de sabão!”!

Uma gramática da Língua Portuguesa (2ª Edição 2003- De Emília Amaral, e outros autores) traz na página 593, um texto bastante interessante sobre argumentos que circulam nos meios sociais, que trazem mentiras deslavadas, traduzidas não em verdades, mas em sofismas. Queremos compartilhar com vocês:

“VOCÊ ACHA QUE TRABALHA DEMAIS?

O Ano tem……………………………..365 dias;

Menos 8h de sono por dia………….122 dias;

Sobram……………243 dias;

Menos 8h de descanso diário………122 dias;

Sobram………..121 dias;

Menos: Domingos……………………….52 dias;

Sobram………….69 dias;

Menos 1/2 dia por sábado…………….26 dias;

Sobram………………43 dias;

Menos: Feriados………………………….13 dias;

Sobram…………..30 dias;

Menos: Férias………………………………20 dias;

Sobram………………10 dias;

Menos: Tempo gasto no cafezinho

Lavatório, papinho e……………………..10 dias

Sobram…………..000 dias;

Encontrei “O tempo” de Luís Fernando Veríssimo “ Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana pelo potássio.. E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir o diabetes. Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo. Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.Um copo de cerveja, para… não lembro bem para o que, mas faz bem.O benefício adicional é que, se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.(…)(Fonte: BoasPiadas.blogspot.com)”

Até o almanaque SADOL, traz charadas inclusive sobre o tempo, que se nada de engraçado trazem pelo menos distraem:

“ Sabe o que o assassino faz quando está preso? Mata o tempo!”

Fabio Campos 02.04.2013 Visite nosso blog fabiosoarescampos.blogspot.com Conto inédito Breve!

Enfermeira Petrúcia Matos a nova Secretária Mun de Saúde de Santana do Ipanema

Foto: Reprodução Facebook

Petrúcia Matos Enfermeira petencente ao quadro efetivo do Município de Santana do Ipanema, é paraibana, trabalha desde 2005, na saúde do município, ela é Enfermeira Sanitarista, também presta seus serviços no Hospital Clodolfo Rodrigues de Melo, e atualmente trabalhava no Posto de Saúde da Família (PSF),  localizado no bairro São Pedro.

A nova secretária foi convidada pelo o Prefeito José Mário da Silva, para assumir a pasta da Saúde de Santana do Ipanema, por ser uma pessoa muito eficiênte, e que sempre se dedicou a frente dos setores que trabalhava, e por ser uma pessoa muito querida na região.

No pronuciamento do Prefeito na posse da nova secretária disse: “Estou arrumando uma confusão com o PSF do bairro São Pedro, pois ela é uma pessoa competente e a comunidade não quer que a mesma saia de lá”, com o tom descontraído.

O prefeito ressaltou a importância em ter secretários técnicos na sua administração, e que a população Santanense só tem a ganhar com eles.

Os excluídos da economia mundial

marcusfoto54Até dezembro do corrente ano conheceremos o primeiro indicador de bem-estar e felicidade no Brasil. O Well Being Brazil (WBB), como será chamado o Índice de Bem-Estar Brasil, vai medir o nível de satisfação do brasileiro. Em suma, dez temas serão analisados: clima e atividades ao ar livre, transporte e mobilidade, família, redes de relacionamento, profissão e dinheiro, educação, governo, saúde, segurança e consumo.

Tal proposta está relacionada, na prática, à ideia em torno da Economia do Bem-Estar Social que se assenta numa visão de equilíbrio e equidade, evitando-se assim as distorções socioeconômicas. Em outras palavras, é aquela situação em que o sistema econômico envereda-se pelos caminhos de uma justa distribuição dos ganhos, tornando menos desigual, mais humana, justa e mais inclusiva à participação das pessoas dentro do conjunto da economia.

Dito de outra forma, para estar econômica e socialmente bem deve se atingir aquele estágio em que a economia cresça sem agredir os serviços ecossistêmicos, fazendo da questão social sua mais elementar prioridade. Para tanto, é imprescindível colocar as pessoas em primeiro lugar visando assegurar de forma satisfatória o atendimento pleno das necessidades dos menos privilegiados, uma vez que a economia precisa estar à serviço das pessoas, e não o contrário.

No entanto, resta saber: quem são esses menos privilegiados? São milhões de seres humanos que se encontram “excluídos da economia mundial”, para usarmos a expressão de Amartya Sen.

Colocar a economia para atender esse contingente de excluídos só faz sentido se o sistema econômico apresentar como característica precípua um modelo de organização econômica que esteja pautado na cooperação, capaz de somar e incluir.

Enquanto a teoria do bem-estar não apresenta essa faceta, lamentavelmente aumenta-se de forma assustadora o contingente de excluídos da economia mundial. Vejamos alguns números em relação a isso: 870 milhões (12,5% da população mundial) passam fome; 783 milhões (11% da população mundial) de pessoas não têm acesso à água potável; apenas 63% dos habitantes do planeta têm acesso a saneamento básico; 1,1 bilhão de pessoas ao redor do mundo ainda fazem suas necessidades fisiológicas ao ar livre – a grande maioria (949 milhões) vive em zonas rurais.

Mais de 28 milhões das cerca de 80 milhões de crianças encontram-se atualmente longe da sala de aula vivendo em 12 nações da África e da Ásia. Nesse pormenor, só a Nigéria tem 10,5 milhões de crianças sem estudar.

Em 2011, 13% do total de jovens, ou cerca de 75 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos, estava sem trabalho.

Ainda no que toca aos aspectos relacionados à saúde, todos os anos 4 milhões de pessoas morrem vítimas de malária, AIDS e tuberculose. Fora da África, apenas a malária afeta 34 milhões de pessoas, levando mais de 40 mil delas ao óbito a cada ano. No mundo, todos os dias, 7,5 mil pessoas são infectadas pelo vírus HIV e 5,5 mil morrem em consequência dessa doença.

Em relação às crianças, 19 delas com menos de cinco anos de idade morrem a cada 5 minutos de pneumonia; são 5 milhões de crianças que a cada ano não completam cinco anos de vida. Quinhentas mil mães morrem a cada ano na hora do parto devido à assistência médica insuficiente.

Diante desse quadro terrível de degradação das condições de vida humana, é possível encontrar na atividade econômica todas as possibilidades para reverter essa situação. Que a economia do bem-estar social possa alcançar e resgatar esses excluídos da economia mundial o quanto antes. A vida agradece.

(*) Economista, com mestrado pela USP.

Professor de economia da FAC-FITO e do UNIFIEO (São Paulo).

prof.marcuseduardo@bol.com.br

Jesus e a faca peixeira

AQUI NO SERTÃO, JESUS! SÓ VAI NA PEIXEIRA!

Por mais de uma ocasião em minha vida, fiz o papel de Pilatos, algumas vezes encenação, noutras, literalmente. Quando Secretário Municipal de Agricultura, em Senador Rui Palmeira – AL (1998-2004), formamos, junto a comunidade católica, e a juventude, um grupo que encenava a “Paixão de Cristo”. Em plena sexta-feira Santa íamos pelas principais artérias da cidade. Francisco Soares fazia a locução, e o saudoso Adeilson Dantas, filmava e produzia. A peça culminava com o ato da Crucificação, na periferia. E eu lá, no papel daquele que lavara as mãos diante do tribunal, a qual submeteu Jesus Cristo a julgamento.

Está no evangelho de S. Lucas cap. 18,45;19,42:

“Pilatos saiu outra vez e disse-lhes: -Eis que vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele nenhum motivo de acusação.

Apareceu então Jesus, trazendo a coroa de espinho e o manto de púrpura.(…) Quando os pontífices e os guardas o viram, gritaram:

-Crucifica-o! Crucifica-o!

Falou-lhes Pilatos:

-Tomai-o vós e crucificai-o, pois não acho nele culpa alguma.”

Mas, e aí, Pilatos cometeu contra Cristo, crime doloso ou culposo? “No crime doloso a pessoa efetua o ato com intenção de causar algum dano a outro indivíduo(…) dolo significa má fé, ação praticada com a intenção de violar o direito alheio. Já o crime culposo, o agente do ato não teve a intenção de praticar o mal, o crime, mas mesmo assim obteve o resultado. A pena para um crime culposo é bem menor do que a de um crime doloso(…) (Fonte: Guiasdicasgratis.com).

Passamos a contar uma história (verídica) de uma encenação da Paixão de Cristo, ocorrida em plena sexta-feira Santa, num circo, na periferia de Arapiraca.(Fonte: João do Mato via E-mail)

“O elenco foi escolhido dentre os moradores locais. No papel principal, de Jesus Cristo, colocaram o cara mais “gato” do pedaço. Houveram vários ensaios, e às vésperas do evento, o dono do circo descobriu que “Jesus” estava de caso com sua mulher. Furioso, o corno deu-se conta que não podia fazer escândalo, pois corria o risco de perder todo o trabalho de montar a peça. Pensou, pensou…E teve uma ideia.

No dia da encenação anunciou que iria participar, no papel de um dos centuriões que açoitavam Jesus. Mesmo diante dos protestos do elenco, não se intimidou, e argumentou que nem precisara ensaiar, afinal o centurião que ia fazer, não falava nada! E eis que chegou o dia: Jesus carregando a cruz. O centurião começou a dar-lhe chicotadas, só que de verdade! Jesus reclamou, em voz baixa. O centurião contra argumentou:

-É pra dar mais veracidade a cena!

E toma chicotada. Lept! Lept! O chicote comendo solto no lombo do infeliz. Até que “Jesus” que já reclamara bastante, enfureceu-se de vez. Largou a cruz no chão! Puxou uma faca peixeira e partiu pra cima do centurião:

-Vem desgraçado! Vem que eu vou te ensinar a não bater num homem indefeso!

Resultado: O centurião correndo, “Jesus” correndo atrás com uma peixeira, e a platéia em delírio, gritava:

-Fura ele “Jesus” aqui é Alagoas não é Jerusalém!”

Fabio Campos 30.03.2013 No Blog fabiosoarescampos.blogspot.com o Conto: “PÁSCOA!”

Um menino da camoxinga

DESENHOO menino da Camoxinga, ainda mora no meu imaginário. Morar mesmo morava na Camoxinga. A casa ficava além da ponte e do riacho que dividia Santana do Ipanema ao meio. Na ladeira do Cemitério Santa Sofia. Num tempo, tão lá atrás, que nem havia calçamento de paralelepípedo, ladrilhando as ruas, afastadas. E tão pouco era o número de casas, que de cá do Monumento, dava pra ver o alto. E apontando dizia: -A casa que eu moro é aquela, amarela! Tá vendo? Nossos olhos iam pra lá. Um aceno de cabeça pra confirmar. Apenas confirmar, pois era muito provável que nem estivéssemos enxergando a tal casa amarela. E tendo certeza da dúvida, ele fazia questão de descrever como era: -Tem uma área na frente, um portão de ferro, muitas plantas! Com um pouco mais de atenção, talvez desse pra ver, sua mãe, cultivando uma nesga de húmus, que chamava de jardim. E haveria de debulhar um rosário de imprecações, se a bola traquina, dos meninos, fosse esbarrar nas suas plantinhas queridas, velhas amigas com que conversava toda manhã.

Às vezes fico pensando se tenha existido de verdade, o menino da Camoxinga. Se não teria sido apenas fruto da imaginação. Mas era tudo tão real. Porque meninos são seres de mente muito fértil, capazes de inventar histórias, inverossímeis, inimagináveis. E menino, era o que a gente nunca devia deixar de ser. Mesmo que o tempo se encarregasse de naufragar, lá bem dentro do corpo aumentado, a frívola, a mágica energia dos verdes anos.

Luiz André era um menino diferente. Jamais entenderei porque, seria necessário gastar quatro decanos de calendários, separando-nos tempo e espaço, pra chegar a tal constatação. Diferentes uns dos outros todos somos. Mas não seria dessa diferença, a que me refiro. Luiz André era um menino azul. Não que trouxesse o anil na tez. Azul cobalto era sua alma, e isso brotava no oceano dos seus olhos. Transparecia no piano do seu sorriso marinho. E mesmo o azul do céu, a brisa vespertina, vinha intrometer-se em seu cabelo liso em desalinho. E de tanto vê-lo trajado no brim da farda do Grupo Escolar Padre Francisco Correia, ficou assim, um menino Azul Cecília Meireles. E numa daquelas magníficas tardes, depois que a gente saía da escola, esteve a contar-me mais uma de suas inúmeras histórias fantásticas, que tanto me fascinavam.

Sentados a um dos bancos da praça, remexendo no que restara dos nossos lanches do recreio. A sua lancheira azul, em alto relevo trazia o desenho do capitão América. A minha, o Homem de Ferro. Observando outros meninos fazendo estripulias nos brinquedos do parque da praça, calmamente disse: -A minha casa é mal-assombrada. Estávamos no final de outubro daquele ano, e remendou: -Por esses dias fica ainda mais mal-assombrada! –Como assim? Quis saber. Com a proximidade do dia de finados, o Cemitério Santa Sofia ficava muito movimentado, o povo ia limpar e ornamentar as catacumbas. As almas dos defuntos, que não tinham ido pro céu, ou pra lugar algum, surtavam. Incomodadas com a presença de tanta gente barulhenta acabavam por vagar pelas redondezas. Iam perturbar a vizinhança. Derrubavam panelas na cozinha, quebravam pratos na pia. À noite acendiam as luzes dos quartos. Abriam torneiras da pia do tanquinho, do chuveiro. Ligavam ventiladores e o liquidificador. Espalhavam discos pelo chão, punha a vitrola pra tocar. O gato coitado, eles conseguem ver esses espíritos desencarnados, era o primeiro a desaparecer naqueles dias, pois não o deixava em paz. Também o cachorro lá no quintal, latia freneticamente e uivava de modo sombrio. Era como se chorando dissesse: –Socorram-me! Eles estão me perturbando! O próprio André presenciara, numa das vezes que fora acalmar o cão, de lá do breu do quintal, atiraram-lhe uma manga verde, sem que houvesse possibilidade alguma dum ser vivente ter feito aquilo. E os galhos da mangueira balançaram violentamente, ainda que não houvesse o menor resquício de ventania, na noite quente abafada.

Teve uma vez que estava dormindo, e acordou com alguém lhe chamando, pelo nome. Era voz de um menino. Procurou embaixo da cama, não estava. Revistou os cantos, nada. Abriu o guarda-roupas, encontrou. Um menino bem afeiçoado, bonito. De cócoras todo molhado, a roupa colada ao corpo, tremia de frio. Os cabelos castanhos, lisos, molhados, escorridos na testa. Os olhos grandes, de longos cílios, pareciam ainda maiores, arregalados. Disse que tinha medo. Medo de um homem muito mal que queria lhe fazer algo muito ruim. Disposto a ouvi-lo, sentou-se ao seu lado. Ouviu dele que o homem mal era seu tio, que havia perdido os pais, num acidente de carro. Por isso foi morar no sítio, com o irmão de seu pai, mas a esposa não gostava dele, lhe batia chamava-o de afeminado. Um dia o tio, que era alcoólatra, encontrou-o a buscar água no açude, arrastou-o pro mato, e abusou sexualmente dele. Pra ter certeza que não contaria a sua esposa, afogou-o. Também pra parecer que tinha sido ele mesmo que se afogara. André e Augusto ficaram amigos, e combinaram uma vez por ano se encontrarem. Dia de finados, seria o dia.

Muitas outras histórias seriam compartilhadas, bem como, muitos outros momentos bons. Nos banhos do rio Ipanema. Tantas foram as vezes que foram juntos a uma tropa de meninos, na maior algazarra, rumos pra além da Maniçoba. A um lugar chamado “Escondidinho”. Chegavam ao início da manhã. Escalavam rochedos pra se atirar perigosamente no turbilhão das águas bravias. Desafiando todas as leis do universo, o mundo era daqueles meninos. E se o gasto energético ocasionava a fome, saiam à cata dos frutos dos umbuzeiros, tubérculos, frutos e mesmo folhas. Ao aproximar-se a hora de deixar o “velho” amigo ficavam todos nus. Estendiam os calções para enxugar ao sol. E pareciam um bando de índios. E ficavam excitados e masturbavam-se por puro prazer, sem mesmo recorrer à visão de uma vulva feminina. Uma versão da Terra dos Meninos Pelados, nua, crua, sem poesia, longe de Quebrangulo, distante do sonho de Graciliano Ramos.

André convidava-me a fazer determinadas estripulias que sozinho jamais teria coragem de fazer. Roubar uvas no pomar de Doutor Clodolfo, desfrutar os mamões do terreno baldio do Grupo Escolar. Tirar tamarindo, escalando o muro do quintal de Dona Marina Marques. Surrupiar amendoim, um pouco de fubá e farinha de mandioca, dos mangaieiros, no meio da feira. Tomar banho no proibido, açude de Seu João Augustinho, ou na piscina da chácara de Doutor Aderval Tenório. Tentar entrar no circo por baixo da lona, sem pagar. Acompanhar o palhaço no meio da rua, anunciando o espetáculo, pra ganhar um ingresso. Tentar entrar no cine Alvorada, num dia de filme impróprio para menores. Um dia compramos uma garrafa de vinho de jurubeba, meio quilo de salame e alguns pães. E fomos pescar pitu no riacho do bode. Cheguei tarde e levei uma sova de meu pai por isso. Acabei aprendendo a usar o menino da Camoxinga como subterfúgio, atribuindo a ele, as coisas erradas que fazia e eram descobertas. Dizia: -Foi o menino da Camoxinga! Um menino que simplesmente nunca passaria de fruto do meu fértil imaginário.

A especulação financeira e a fome mundial

MEO PIB mundial em 2013 deve atingir o montante de 74,1 trilhões de dólares correntes. Com 1,1 bilhão de habitantes, a participação das economias mais ricas no “bolo” da produção de bens e serviços deve ser de 49,2%, com uma renda per capita de mais de 41 mil dólares em termos de paridade do poder de compra (ppp, na sigla em inglês).

Do outro lado do planeta, a renda per capita para os demais 6 bilhões de habitantes atingirá 7,4 mil dólares (ppp).

Assim, o “bolo” da economia mundial vai crescendo e cada vez mais as distorções em termos de acesso ao que foi produzido vão se acentuando. Enquanto o “lado rico” do planeta continua recebendo polpudas ajudas financeiras, ao “lado pobre” sobram quirelas.

Em abril de 2009, numa reunião em Londres, os países integrantes do G-20 (as 20 economias mais avançadas) prometeram aos países vulneráveis a importância de 1,100 trilhão de dólares. Passados quatro anos, somente 5% desse valor “desembarcou” nos cofres das economias mais carentes, ao passo que, no mesmo período, US$ 18 trilhões foram injetados nas veias das instituições financeiras dos países mais avançados.

Depois do pacote de ajuda à Grécia, Portugal e Irlanda, agora é a Espanha que pede socorro. Os países da zona do euro já se movimentam para esparramar na economia espanhola até 100 bilhões de euros (cerca de R$ 251,1 bilhões) na tentativa de recapitalizar o setor bancário. De onde virá o dinheiro? Do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e do Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE).

Não obstante a isso, a financeirização internacional movimenta em termos especulativos 3,5 trilhões de dólares por dia, montante 40 vezes superior ao valor monetário das transações de bens e serviços mundiais. Depois que eclodiu a crise financeira internacional em 2008, os especuladores retiraram recursos de ativos de alto risco apostando na valorização das commodities puxando assim os preços dos alimentos para cima, o que resultou maior dificuldade de acesso à comida, sobretudo nas áreas mais afetadas pela fome.

Por esse caminho, de um lado, se empanturram de dólares os cofres da agiotagem internacional, enquanto do outro ronca de fome 1 bilhão de estômagos vazios. Desse 1 bilhão de pessoas (jovens, idosos, pobres e miseráveis) que passam fome, 180 milhões (quase um Brasil inteiro) são crianças (menores de 10 anos de idade). Destas, 11 milhões são sepultadas todos os anos.

Enquanto se discute meios para proporcionar ajuda monetária aos incompetentes banqueiros internacionais, o mundo contabiliza 25 milhões de óbitos em decorrência da Aids.

Enquanto os dentes afiados dos especuladores agem livres, leves e soltos nas praças financeiras em busca das maiores taxas de juros e da valorização de commodities, corpos de inocentes vão tombando ao chão pela falta de acesso à água potável e pela crônica desnutrição – a cada 3 segundos uma pessoa morre de fome no mundo. Só na Somália, as Nações Unidas estimam que 3,9 milhões de pessoas estejam passando fome, o que equivale à 40% da população (dados de 2011).

No entanto, bastaria menos de 0,5% do PIB mundial para acabar de uma vez por todas com essa sandice chamada fome e desnutrição. Já que há um Fundo de Estabilidade Financeira, por que não é criado um Fundo de Amparo à Fome e a Desnutrição? Já que há um Mecanismo de Estabilidade para salvaguardar bancos, por que ainda ninguém pensou em criar um Mecanismo de Moralidade para decretar o fim da pobreza e da miséria no mundo?

(*) Economista, especialista em Política Internacional e mestre pela USP.

Professor de economia na UNIFIEO e na FAC-FITO (São Paulo)

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