Por uma economia pautada na ideia do decrescimento

Prof-Marcus OliveiraEnquanto a lógica do sistema econômico herdada dos ensinamentos da economia clássica estiver centrada na ideia do crescimento, a economia continuará cometendo o seu mais grave erro ao considerar os recursos naturais como algo infinito, ignorando os limites da biosfera no que tange à sua capacidade de prover recursos e absorver dejetos.

Romper com essa lógica dominante e buscar estabelecer uma economia pautada na ideia do decrescimento parece ser, a contento, a saída mais plausível para assegurar-se uma perspectiva de vida saudável num futuro próximo.

Fora isso, a economia deve “conversar” com a ecologia. A temática ecológica precisa, necessariamente, estar na agenda econômica de tal forma que não pode haver separação de diálogos e ações entre essas ciências.

Nesse pormenor, o tema mais relevante talvez seja discutir os limites do crescimento e a possibilidade de crescer sem agredir o meio ambiente; portanto, de prosperar economicamente sem fazer a economia se expandir. Até mesmo porque esse produtivismo/consumismo exagerados apresenta sérias consequências: esgotamento dos recursos energéticos (petróleo, gás, urânio, carvão) e degradação ambiental (efeito estufa, aquecimento global, perda da biodiversidade e poluição constante).

A busca pela preservação da qualidade de vida dos seres humanos passa obrigatoriamente pela adoção de um modelo econômico regido pela biosfera, incorporando a ideia central de fazer (produzir) menos com menos e, claro, consumir menos. O resultado disso? Menos produção econômica é sinônimo de menos poluição. Menos estrago ambiental é sinônimo de mais vida e ambiente saudáveis.

Torna-se cada vez mais insuportável manter um modelo econômico agressivo em termos de exploração de recursos naturais, dilapidador do meio ambiente, em troca de uma gama variada de produtos disponibilizados no mercado de consumo.

A dimensão-chave para isso talvez seja trocar quantidade por qualidade, mudando o discurso da busca de crescimento pelo desenvolvimento, à medida que o primeiro conceito representa expansão física da economia, ao passo que o segundo se refere à melhoria da qualidade de vida das pessoas. Em economia, o mais importante não são as mercadorias, mas sim as pessoas.

Para isso, a economia tradicional deve aceitar a premissa que o sistema econômico é parte – e não o todo – de um sistema maior, a biosfera. Sem sistema ecológico, não há economia. Não é mais possível continuar fazendo a economia crescer à custa da pilhagem do capital natural, diminuindo avassaladoramente o patrimônio natural. A insistência nesse modelo fará com que a própria economia diminua, num futuro próximo, à medida que a biosfera vai sendo completamente “enxugada” pela “máquina de produzir” da economia.

É certo que não há recursos em quantidades infinitas para o atendimento dos desejos de consumo ilimitados e expansivos. Atender esse consumo cada vez mais exigente de bens materiais é sacrificar substancialmente as bases da natureza. O exemplo do automóvel ainda é paradigmático. Se a sociedade chinesa, por exemplo, desejar ter o mesmo número de automóveis que tem a sociedade norte-americana, acabaríamos com o planeta em poucos dias. Apenas como único exemplo, para cada litro de gasolina queimado são necessários cinco metros quadrados de floresta durante um ano para absorver o CO2. Não há a menor condição física para isso.

O ponto mais relevante para a reversão desse modelo dilapidador da natureza, cuja “Pegada Ecológica” comprova que já ultrapassamos em 40% a capacidade deste planeta em nos prover recursos e absorver resíduos, está em estabelecer uma economia que leve prioritariamente em conta à sustentabilidade da Terra. E, para isso, o melhor a fazer é buscar o decrescimento da economia.

Nas palavras de Eric Assadourian, um dos diretores do WorldWatch Institute, dos EUA, quatro princípios devem ser seguidos para a consolidação da ideia do decrescimento, são eles: 1) Transformar a indústria do consumo, tornando a ideia da vida sustentável tão natural quanto à ideia de consumir; 2) Redistribuir os impostos, cobrando mais de indústrias que poluem, da publicidade (que fortalece o consumismo) e de quem ganha além do necessário para a sobrevivência básica; 3) Reduzir as jornadas de trabalho, dando às pessoas mais tempo, redistribuindo riquezas e gerando mais empregos; 4) Fortalecer a chamada “economia da plenitude”, em que as pessoas plantam mais para prover sua própria alimentação, cuidar de sua família e aprender novas habilidades.

É de fundamental importância mudar o paradigma dominante da economia tradicional que insiste no crescimento econômico como sinônimo de indicador supremo de prosperidade individual. Riqueza não está ligada à produção de mais bens e serviços pelos sistemas econômicos, assim como bem-estar não é sinônimo de acesso (consumo) às mercadorias.

A riqueza mais proeminente de uma nação é a preservação da saúde dos serviços ecossistêmicos; o bem-estar mais interessante que uma pessoa pode almejar é viver com plena qualidade. Dilapidar o patrimônio natural em nome da busca de modelos econômicos que priorizam o consumo supérfluo, tipo das economias ocidentais, é subestimar sensivelmente a qualidade de vida.

(*) Economista. Especialista em Política Internacional – Universidade de São Paulo- (USP) prof.marcuseduardo@bol.com.br

Você toparia ser paneleiro em Portugal?

Procurei, sem lograr êxito, um web sítio, site, blog que me fornecesse as diversas denominações, criadas pela literatura popular, pro termo homossexual masculino. Tudo por conta de mais uma mensagem de E-mail, recebida do meu amigo João do Mato, que me inspirou a escrever este texto. Pois então: vamos à origem de alguns significados.

“A palavra “baitola” surgiu no Ceará, nas primeiras décadas do século 20. Por volta de 1913, chegou ao Nordeste do Brasil a Companhia Ferroviária inglesa “Great Western”. E com ela um inglês chamado Francis Reginald Hull, (pronuncia-se ráu), Mr. Hull que era homossexual assumido, fora designado superintendente daquela rede ferroviária. Para referir-se a bitola, que no meio ferroviário, significa a distância entre dois trilhos, ele pronunciava em inglês: Baitola. Os trabalhadores que não gostavam do modo como o chefe os tratavam, ao vê-lo aproximar-se diziam: “Lá vem o Baitola!” A partir daí passou-se a associar a palavra baitola a homossexual masculino.” (Fonte: Mensagem do amigo João do Mato)

“De onde vem o termo Viado? “Meu caro amigo, é um velho (*termo) pejorativo relacionado aos homossexuais que ainda perdura-se nos dias atuais. Tendo-se em vista que o conhecimento em educação sexual da década de 70, era limitado a um grupo seleto de pessoas, que de certa forma, desconheciam os termos hetero, homo e bi. Mas atenhamo-nos a pergunta: a mesma surge advinda da palavra “transviado”. Estaria relacionada à juventude transviada (época de John Travolta, vespas, roupas de couro, cigarro apagado na boca, embaladas por músicas dos anos 60 – Biquini amarelinho de bolinhas). Daí aqueles que obtinham tendência para gay, ou eram homo foram considerados TRANSVIADO” (*sofrendo posteriormente uma abreviação para: viado) – “Yahoo.com.br “Querubim” *Intervenções do cronista.

Por que chamam os homossexuais de viado ou sapatão? A relação das expressões populares “veado” (ou “viado” como se costuma falar) “Sapatão”. Segundo o etmologista Reinaldo Pimenta no livro “Casa da Mãe Joana”, o termo surgiu na década de 1970. Naquela época, as mulheres com opção sexual alternativa tinham predileção por usar um tipo de calçado mais caracteristicamente masculino. Já o termo “veado” é uma associação ao perfil do animal – magro, esguio e lépido. Conta um “causo” carioca que nos anos vinte, um comissário foi incumbido de prender os homossexuais que circulavam pelas imediações da Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro. Ele fracassou, e para explicar a falha, disse que quando seus homens se aproximavam, os delicados alvos fugiam correndo como veados.” (Fonte: monteolimpo.blospot.com)

Zé Lezin (personagem do humorista Nairon Barreto) num de seus trabalhos conta que um matuto foi perguntar ao padre:

-Seu “páde”! Tem “páde” fresco?

-Tem! Tu e teu pai: É um par de fresco!

P.S.: A propósito meu caro! “Paneleiro” em Portugal, é viado.

Fabio Campos 23.04.2013 No fabiosoarescampos.blogspot.com Breve, Conto inédito: “O Pacto MMX d.C.”

O amigo, o favor e a onça

Inverno em EnschedeColegas de todas as dívidas

Nas últimas vezes que tenho falado com vocês, disse que tenho estado muito ocupado com muitas coisas para resolver, mas o certo é que minha vida está mais para um mar de tulipas do que um mar de problemas. De fato, nos últimos meses tenho trabalhado bastante, mas também tenho dividido minhas atenções com atividades que demandam tempo, atenção e energia, mas permitem alcançar grandes conquistas que compensam todo o esforço despendido.

Todos sabem que família é um pólo permanente de atenções e, como este simples caeté não é exceção à regra, eis que durante o segundo semestre do ano passado me vi no meio de uma maratona digna da grande olimpíada da vida. Primeiro foi minha filha mais nova, Juliana, que se inscreveu num programa do Governo Federal, “Ciência sem fronteiras”, que objetiva o envio de estudantes brasileiros para realizar cursos em universidades de vários países do mundo. Mesmo louvando a iniciativa do governo, enfrentamos um corre-corre danado para providenciar a documentação e cumprir todas as etapas do programa seletivo, tarefa dificultada pela falta de informações, mas, saber que minha filha foi aceita em três universidades holandesas, fez com que tudo tivesse valido a pena.

Enquanto a filha mais nova lutava por um curso de graduação no exterior, a mais velha, Janaína, por sua vez, estava na reta final do seu curso e, ao mesmo tempo, já batalhava por uma vaga num curso de mestrado. O certo é que nos dois primeiros meses do ano tivemos que realizar várias viagens à capital pernambucana, para garantir o embarque de Juliana no tempo devido, assistir a apresentação da monografia de Janaína e embarcá-la lá pras bandas das Minas Gerais para a realização do seu mestrado. A energia necessária para que tudo desse certo foi realmente grande e foi de fato cansativo, mas o gosto da vitória e a sensação de dever cumprido, só posso descrever como indescritível.

Não sei se isso acontece com vocês, mas todas as vezes que me deparo com situações importantes da minha vida, boas ou ruins, sempre me vem à lembrança acontecimentos passados que, de alguma maneira, tem associação com os fatos presentes. Foi revirando o baú da memória, refletindo sobre tudo que conseguimos e todos os fatores e pessoas que contribuíram para a nossa vitória, que me lembrei de um sábio ensinamento recebido de um velho amigo, João Murdido.

João Murdido vocês se lembram, já contei uma história dele aqui nas minhas Saudações. João é um dos caras mais atrapalhados que conheci na vida, mas é, sem dúvida nenhuma, uma boa pessoa e por isso sempre fiz questão de trazê-lo no rol dos meus amigos, mas como todo relacionamento humano tem sempre altos e baixos, houve um tempo em tive que ter muita paciência para que uma velha amizade não tivesse um fim. Certa feita, eu não sei exatamente porque, João Murdido cismou de me pedir dinheiro emprestado. Talvez ele achasse que eu tivesse dinheiro sobrando e eu, tentando administrar a amizade, procurava, na medida do possível, sempre atendê-lo. Quando o pedido era de quantias pequenas o “empréstimo” era concedido na base do “adeus”, já quando se tratava de quantias um pouco maiores, João me deixava um cheque como garantia e, mais ou menos no dia combinado, comparecia com o dinheiro devido e resgatava a dívida. Não poderia jamais dizer que ele um dia me deu calote, isso nunca, mas o que acontece é que, a simples “troca de um cheque” significava um empréstimo sem juros, num tempo em que a taxa de inflação não tinha nada de insignificante.

As trocas dos cheques repetiram-se algumas vezes e eu confesso que já estava me sentindo incomodado, porque para prestar aquele favor, eu muitas vezes tinha que apertar o meu orçamento, mas, um belo dia, João finalmente se superou. Ele, atrapalhado como sempre, parece que andou chegando tarde em casa e sua mulher, como não poderia deixar de ser, ficou braba que só uma onça. Não me perguntem o que se passou entre eles, eu que tive oportunidade nunca perguntei, quanto mais vocês? O certo é que João Murdido chegou aperreado e queria a todo custo “fazer uma média” com a patroa e, para atingir seu intento, o sujeito já tinha a receita exata, iria presenteá-la com um disco de Roberto Carlos. Se fosse nos tempos de hoje, com as facilidades de emissão de cópias de arquivos digitais não haveria problema algum, o que acontece é que ainda vivíamos a era do disco de vinil e, para que sua mulher pudesse ouvir em casa a voz do “Rei Roberto” a conta iria ficar bem salgada, mas o melhor estava por vir, João não queria um empréstimo e sim que eu pagasse a conta da sua malandragem. O sujeito aprontou uma das dele e ainda trouxe a conta para eu pagar. A surpresa foi tão grande que me desconcertou e eu fiquei sem saber como sair da enrascada. No final, terminamos chegando a um acordo, ele compraria o disco em três ou quatro prestações e eu daria o dinheiro equivalente a cada uma delas no seu respectivo vencimento. Sendo assim, o dispêndio financeiro foi aliviado, mas, em compensação, passei a ter a garantia de uma visita de João pelos próximos meses.

A experiência do disco me deixou cabreiro e eu cheguei a conclusão que teria que dar um fim às investidas desse meu amigo… Ou seria melhor dizer: “amigo da onça”? O tempo passou e um belo dia João Murdido me procurou, puxou uma conversa e eu, atento às suas intenções, ouvia tranquilamente com minha resposta pronta. Em determinado ponto da conversa, veio um novo pedido e desta vez a resposta saiu na ponta-da-língua.

– João, a coisa anda meio apertada, dessa vez não dá.

João tentou insistir, mas, após algumas investidas, compreendeu que eu não arredaria o pé, então percebeu que seria melhor sair diplomaticamente. Agradeceu-me bastante, reconheceu como favores os “empréstimos” obtidos e, malandro como sempre foi, fechou a conversa com uma frase quase que profética.

– Meu amigo, sei que tenho uma dívida com você, mas não estou falando de dinheiro, porque o dinheiro um dia a gente paga, mas um favor não se paga nunca.

Isso aconteceu há muitos anos, João saiu e eu voltei às minhas atividades, mas eu nunca esqueci suas palavras.

Caros colegas, é tão bom contar para todos as boas graças alcançadas, mas, ao mesmo tempo em que sinto um saudável orgulho de pai, não consigo tirar da minha mente o tempo em que minhas meninas, ainda usando fraldas, foram a primeira vez à escola. Lembro-me dos seus professores e professoras e agradeço a todos que dividiram com elas os seus conhecimentos. Não consigo deixar de me lembrar da participação que tiveram seus avós, tios e tias, parentes, amigos mais velhos e até mesmo de amiguinhos da mesma idade que, muitas vezes, mesmo de forma indireta, contribuíram com nossa conquista. Lembro-me que enfrentamos dificuldades, mas não posso deixar de me lembrar das diversas portas, janelas e braços que se abriram para nos apoiar. Lembro que quando Janaína foi aprovada no vestibular da UFPE, contei com o inestimável apoio de minha irmã e cunhado que abriram sua casa para recebê-la, dando-lhe um apoio que à época eu não poderia proporcionar e reconheço que sem eles essa vitória teria que ser, no mínimo, adiada. Hoje, olhando para o passado, reconhecendo que essa vitória não é só minha, percebo o quanto tenho de débito com todos aqueles que contribuíram com essa longa caminhada e, sinceramente, me sinto endividado, porque o apoio que recebi, não conseguirei pagar nunca.

Meus amigos, enquanto minha filha mais velha toma um banho de chuva nas ladeiras de Belo Horizonte e minha filha caçula curte o interminável inverno holandês, despeço-me mais uma vez desejando uma boa semana para todos e esperando que, se porventura algum de vocês um dia venha a contrair uma dívida, que não seja financeira, mas daquelas que possam te deixar o gostoso sentimento da gratidão.

Saúde, sabedoria e paz.

Virgílio Agra

As edições anteriores das Saudações Caetés estão no blog saudacoescaetes.blogspot.com

Trabalho Infantil: A escravidão do nosso século

Prof-Marcus OliveiraMarcus Eduardo de Oliveira (*)

Um sistema econômico que faz uso de trabalho infantil desumanizando as relações econômicas em troca do lucro rápido só pode ser classificado como tacanho. Esse modelo econômico não tem limites e se reproduz soberbamente em várias partes do mundo. Lojas de tapetes na Índia, no Nepal e no Paquistão usam quase um milhão de crianças na linha de produção. São vários os casos de crianças que atingiram a cegueira devido ao longo tempo em que passaram costurando.

Casas de prostituição tailandesas, indianas e birmanesas usam meninas de 11 anos de idade numa submissão sexual inadimissível. De igual maneira, em várias cidades das regiões Norte e Nordeste do Brasil, “programas sexuais” com adolescentes menores de 15 anos de idade são “vendidos” antecipadamente a estrangeiros pela internet.

No Oriente Médio, nas famosas corridas de camelo, os jóqueis são meninos entre 12 e 15 anos “comprados” por comerciantes e tratados com brutalidade, da mesma forma como também são tratados os camelos.

No Camboja, a indústria de tijolos e telhas faz uso de meninos descalços e sem nenhuma proteção básica para o transporte desse produto; por isso, muitas crianças aparecem com braços, pernas e dedos cortados pelo manuseio de pesados tijolos.

A poderosa fabricante de calçados esportivos Nike, enquanto enche os cofres (somente no primeiro trimestre de 2013 seu lucro foi de US$ 662 milhões) e torra fortunas em publicidade, continua usando trabalho infantil em Banten, na Indonésia. Nessa localidade, entre os anos de 2009 a 2011, a Nike deixou de pagar mais de 590 mil horas extras a 4500 funcionários.

No estado de Tamil Nadu (sul da Índia) quase 400 mil meninos e meninas trabalham manualmente produzindo cigarros da marca “Beddies” vendidos exclusivamente a elevado preço no mercado local. O “salário” dessas crianças não ultrapassa US$ 30 centavos/hora.

Os brinquedos distribuídos junto aos lanches das famosas redes alimentícias Mc Donald´s, Bobs e Burger King, em mais de 140 países, são feitos também por crianças menores de 15 anos em galpões sem nenhuma ventilação localizados em Taiwan. Muitas dessas crianças apresentam queimaduras nas mãos e nos braços em decorrência do uso de componentes químicos.

Na China, a maior exportadora de brinquedos do mundo, estimativas indicam que 70 milhões de crianças e adolescentes trabalham nas quase seis mil fábricas situadas na maior parte na província de Guangdong (sudeste do país).

Também a Mattel, a fabricante das bonecas “Barbie”, recebe denúncias apontando uso de mão-de-obra infantil nessas fábricas chinesas, cujo trabalho é remunerado a US$13 centavos/hora, numa jornada de trabalho de 14 horas/dia.

Esses fatos evidenciam e mostram a face da escravidão do nosso século: uso de trabalho infantil gerando riqueza para alguns grupos corporativos.

Em 2007, o lucro da Mattel atingiu US$ 379,6 milhões. Em 2008, somente a rede Mc Donald´s anunciou um lucro recorde de US$ 4,3 bilhões, valor esse que saltou para US$ 5,5 bilhões em 2011.

No Brasil, apesar da lei estabelecer a idade mínima de 16 anos para o ingresso no mercado de trabalho, segundo o IBGE são mais de cinco milhões de crianças e jovens entre 7 e 15 anos que trabalham em geral na agricultura.

De acordo com dados elaborados em 2008 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Programa Internacional de Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC), existem no mundo cerca de 350 milhões de crianças entre 5 e 16 anos envolvidas em alguma atividade produtiva.

Entre elas, cerca de 250 milhões são submetidas a condições consideradas de exploração, o que equivale a uma criança em cada seis no mundo. Destas, 170 milhões trabalham em condições perigosas e 76 milhões têm idade inferior a 10 anos. A maior parte deste “exército de mini-trabalhadores” vive na Ásia (127 milhões) e na África e Oriente Médio (61 milhões). Na América Latina e Caribe são 17,4 milhões. Os países industrializados e o leste europeu abrigam pelo menos cinco milhões de crianças trabalhando. Diante disso tudo resta indagar: até quando ocorrerá essa insanidade econômica, social e moral?

(*) Economista. Especialista em Política Internacional – Universidade de Havana

prof.marcuseduardo@bol.com.br

Lista de concursados: você pode estar nessa!

A Prefeitura Municipal de Santana do Ipanema realizou no último domingo, 07 de abril, o maior concurso público de sua história. Falou-se em 15 mil inscritos, para menos de dez por cento disso em vagas ofertadas. Isso significa dizer, ou se vai para um concurso desse preparado, ou faz-se apenas para adquirir experiência.

Mas ninguém, claro, vai passar a vida inteira fazendo concursos apenas pra adquirir experiências. Aqueles que se inscrevem almejam ocupar uma das vagas. Já colocamos noutras crônicas alguns procedimentos básicos de um bom candidato em concurso público. Não seremos repetitivos, até porque o concurso já passou. Na véspera do dito concurso, uma vizinha minha perguntou-me:

-Professor, é verdade que o concurso foi anulado?

-Até onde eu sei, não. Na verdade, minha cara! Essa é a primeira etapa!

De fato, o disse-me-disse, a fofoca “rola” solta em véspera de concurso. Alguns dos concorrentes se encarregam de espalhar, nas esquinas, ou nas redes sociais, via internet, que o concurso foi anulado, justo com a intenção de que parte da concorrência desista. Os concursos públicos, de hoje em dia, são vencidos, não apenas durante a aplicação da prova. É que agora, para você pensar em figurar no topo duma lista de concursado, deve levar em consideração alguns pontos básicos: O “Antes” e o “Depois” da prova:

O “Antes”: Estudar, estudar e estudar;

O “Depois”: Prova de títulos: o maior número de cursos, capacitações, certificados e diplomas na área que se pretende ocupar; Experiência comprovada (exercício pleno da função) na área; idade, quantidade filhos, estado civil.

Todos esses, e outros itens, em muitos casos serão levados em consideração, na hora de decidir as vagas e mesmo em caso de empate na classificação por pontos.Sou concorrente de concursos à muito tempo. Sou do tempo dos Testes Psicotécnicos e da Prova de Datilografia. Eram etapas eliminatórias. Hoje o bicho papão dos candidatos, em especial nos concursos vestibulares, é a redação! Ou seja, escrever, dissertar a partir de um tema, para alguns, é algo terrível! Para estes, literalmente, faltam palavras para se expressar. Isso é esvaziamento linguístico.

Com o advento da internet, o aumento das populações e a necessidade de diversificar os relacionamentos sociais, novas modalidades de prova surgiram: Domínio das Tecnologias (computação) e Nível de Q.E. (Quociente Emocional) que avalia a que nível anda nossa capacidade de convívio social. Tem até uma piada sobre isso:

-Agora é Q.E. é? Pois antes o que interessava era o Q.I. “Quem Indica!”

A preparação para um concurso pode ser uma coisa prazerosa ou dolorida. Depende do ponto de vista de quem vê. Nós aprendemos pelo amor ou pela dor. Quer ver se não é?

Um diretor de escola cansado de ver as alunas mancharem o espelho do banheiro feminino com “beijos” de batom, reclamou na sala de aula, nenhum efeito surtiu. Então ele levou a turma até os banheiros e chamou a serviçal encarregada da “limpeza”.

-Por favor! Mostre as essas meninas que dá muito trabalho limpar esses espelhos…

A serviçal meteu o pano dentro do vaso sanitário, e removeu com ele as machas de batom.

Resultado: Deste dia em diante não mais tiveram problemas de manchas de batom no espelho.

Fabio Campos 17.04.2013 No blog fabiosoarescampos.blogspot.com Conto inédito: Paranóia Caleidoscópica”

A terra não suporta excessos

MarcusEduardoSão quase 800 grupos corporativos mundiais que dominam a cena da intermediação financeira e se regozijam com a “economia da acumulação e da devastação”, pouco se importando com os custos ambientais gerados pela excessiva produção da qual fomentam. Para esses grupos, os passivos ambientais (poluição do ar, da água e a diminuição da cobertura vegetal do planeta, entre outros) não passam de meras externalidades, ou seja, não são contabilizados.

Com isso, a economia cresce defeituosamente, poluindo mais e ceifando vidas pelo caminho. De acordo com o relatório Desafio Global, elaborado pela ONU, em 2010, mais de 3 milhões de pessoas morrem ao ano em razão da poluição causada, por exemplo, pelo dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos (HC).

De um lado, a “turma do capital” se empaturra cada mais vez na tarefa em ganhar dinheiro; do outro, o meio ambiente sofre as consequencias.

Enquanto a forma de produção industrial não for mudada, respeitando os ciclos normais da natureza, longe ficaremos do verdadeiro Estado do bem-estar social, e cada vez mais veremos um crescimento econômico “falso” enraizado na premissa em satisfazer o consumo material dilapidando o capital natural.

Na China, expressão maior desse “crescimento dilapidador da natureza”, um terço dos rios e 75% dos lagos do país estão contaminados. Das vinte cidades mundiais mais poluidas, 16 delas são chinesas. Mais de 60% das mortes relacionadas à poluição ocorrem na Ásia, especialmente devido à explosão do crescimento econômico e compra de automóveis na região. Na Europa, só resta 0,1% das florestas do planeta, ante 7% existentes num passado não muito distante.

Já que a economia tradicional age de forma irresponsável e pouco compromissada para com a questão ambiental, cabe à economia ecológica a tarefa de alertar sobre os riscos advindos de uma produção econômica excessiva. É imprescindível, portanto, combater excessos e entender que o progresso humano não pode, em hipótese alguma, ser confundido com crescimento material, muito menos esperar que o crescimento físico da economia consiga satisfazer a todos. A Terra não suporta excessos. Gandhi, a esse respeito, assim profetizou: “A Terra possui recursos suficientes para prover às necessidades de todos, menos dos gananciosos”.

Nessa mesma linha de argumentação, Leonardo Boff diz que “(…) precisamos produzir para atender as necessidades humanas. Mas produzir respeitando os ritmos da natureza, os limites de cada ecossistema e optar por uma forma de consumo solidário, responsável, uma verdadeira simplicidade voluntária. Isso seria o desenvolvimento sustentável e humano. Caso contrário, não sobram recursos para as gerações de nossos filhos e netos. Não somos os únicos que usam a biosfera. Também os animais, as florestas e todos os seres vivos. Sem eles nós não sobreviveríamos”.

Essa crise ecológica ora vivenciada decorre do crasso erro “patrocinado” por um sistema econômico que defende um crescimento ilimitado num mundo limitado, como se a biosfera fosse um enorme báu inesgotável.

Se almejamos obter uma vida mais tranquila em um mundo mais desenvolvido e equilibrado do ponto de vista ambiental, urge pôr um ponto final nesse modelo econômico que somente faz diminuir o capital natural, agredindo os serviços ecossistêmicos. O primeiro passo para isso é criar e difundir uma consciência ecológica.

Essa consciência ecológica passa, obrigatoriamente, por eliminar aquilo que Fritjof Capra chama de “analfabetismo ecológico”.

Esse tipo de consciência se consegue disseminando informações. Para tanto, é preciso desenvolver uma política nacional de educação ambiental. Em outras palavras, é necessário criar a ecoalfabetização que seja capaz de sensibilizar a sociedade para a crucial importância que representa o sistema ecológico em nossas vidas.

Urge difundir a noção básica de que o crescimento econômico precisa ter limites e, antes disso, deve-se buscar um tipo de atividade econômica realçada nos valores da justiça social aliada à proteção do meio ambiente. Fora disso, é a vida que corre riscos.

Definitivamente, o homem não pode se esquivar dessa consciência. É imperioso não perder de vista que a natureza é a provedora maior das necessidades humanas, e, portanto, precisa ser tratada com parcimônia.

Infelizmente, parece que muitos ainda não se deram conta de que somos parte da natureza e que essa não é composta apenas pelos seres humanos. Todos os seres são interdependentes e formam a comunidade de vida.

Pela continuidade da vida, com padrões equilibrados e uma economia justa social e ambientalmente que esteja centrada no paradigma da preservação, conservação e sustentação do meio ambiente, espera-se que a ecoalfabetização aconteça, afinal de contas, a Terra não suporta excessos.

Economista e professor. Mestre pela USP em Estudos da América Latina. prof.marcuseduardo@bol.com.br

Seu cuca ou os leleke’s?

“Uma guerra judicial está sendo travada para decidir quem tem o direito de usar a marca Os Leleke’s e a música que se tornou um viral na web, Passinho do Volante. A queda de braço é entre a Furacão 2000 Produções Artísticas e a Lek Produções.

Somente a Lek Produções é quem pode usar o nome do grupo e se apresentar com a música em shows e programas de TV. A decisão em segunda instância, assinada pela juíza Rosa Maria Cirigliano Maneschy, proíbe a empresa de Rômulo Costa de fazer show com o funkeiros e fixa uma multa de 100 mil reais por descumprimento.

Os réus (Furacão 2000) não podem fazer uso do nome MC Federado e Leleke’s nem cantar a música que os lançou no mercado, Passinho do Volante por ser autoria e obra de terceiro”, explica a juíza. A punição pode começar neste final de semana, quando está previsto para ir ao ar na TV Globo apresentações da formação do Furacão 2000 nos programas TV Xuxa e Esquenta.”(Fonte: veja.abril.com.br)

No meu tempo (assim dizia os mais velhos) música tinha letra. Agora onomatopéias viram sucesso e estouram (antes nas hit parades) agora na internet. Quando surgiram no final da década de setenta, início dos anos oitenta, o estilo brega e por conseqüência, as músicas com letras com duplo sentido, foram muito criticadas pelos entendidos no assunto. Confesso que entre uma “Seu cuca é eu” do Trio Parada Dura, e Há! Le Lek, lek, lek, lek! Sinceramente prefiro “Seu cuca é eu”

“Fui convidado pra ir numa festa

Em um salão lá no inteiro

O sanfoneiro era o seu cuca

Pra tocar no baile do trabalhador

A meia noite o salão lotado

E o seu cuca não apareceu

Aquela gente foi me cercando

Todo mundo achando que seu cuca é eu

Chamei o segurança, ninguém atendeu

Todo mundo achando que seu é eu

Onde esta seu cuca, onde se escondeu

Achem esse homem

Que essa gente pensa que eu cuca é eu.”

Por falar em Seu Cuca, meu amigo Jorge Santana “Jorge Cara de Ralo”, contou-nos esta semana, em plena via pública, a mim e a Malta Neto, um fato ocorrido com o saudoso Cuca, vigia do Banco do Brasil e Benga. Essas duas figuras impolutas, frequentavam individualmente, um cabaré existente no início da rua de Zé Quirino, na década de oitenta. Certa ocasião Benga se encontrava sentado a uma das mesas do bordel, na companhia de algumas “mariposas” inclusive uma delas, mantinha um relacionamento estável com Cuca. Nisso chega Cuca que dá boa noite a todos, e fica “num pé e noutro”, pra dentro e pra fora. Foi ao banheiro, e na volta, deu um jeito de enfiar um bilhete no bolso de Benga, que de imediato leu, dizia:

-“Caro amigo Benga. Não fique com essa mulher ela está doente.”

Benga malandro velho riu. E procurando o autor do bilhete, respondeu:

-Ah! Cuca agora não tem jeito! Já fiquei com ela antes de ontem, ontem e hoje!

Fabio Campos 13.04.2013 Conto inédito em breve no fabiosoarescampos.blogspot.com

Alguém tem um cigarro aí?…

Meus amigos reais acabaram tornando-se virtuais. Antes assim, do que nunca terem sido amigos de verdade. Isso porque a internet tem transformado o mundo real, em mundo irreal, ou mundo surreal. Roberval Nóia, João TNA, João do Mato, professor Marcelo Fausto, estes santanenses natos, alguns residindo aqui em Santana mesmo, outros nos mais longínquos rincões, mantém nosso e-mail abastecido de mensagens das mais inusitadas possíveis.

Enquanto vamos embrenhando-nos pelas veredas espinhosas e sinuosas da internet. Encontrando nas esquinas da vida com notícias que vão remodelando a cara do mundo. Estilista masculino chegando ao Brasil com o “namorado”; a cantora Daniela Mercury assumindo um relacionamento lésbico; Uma cantora beijando outra na boca depois do show.

Na contramão desse tema aparece o deputado Feliciano (PSC-SP) vejam matéria do blog do Ismael.com.br: “O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, divulgou um vídeo, nesta segunda-feira (18), em que faz pesados ataques a ativistas do movimento gay.

O presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais),Toni Reis, e o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) são os alvos preferenciais no vídeo de quase nove minutos.

O material “promocional” de Feliciano também utiliza imagens de um quiproquó, ocorrido em 14 de janeiro deste ano, em Curitiba, quando gays e militantes fascistas da TFT (Tradição, Família e Propriedade) se enfretaram nas ruas da capital paranaense (…) Pastor da igreja Assembleia de Deus, o deputado Feliciano causou polêmica em 2011, quando publicou declarações polêmicas em seu Twitter sobre africanos e homossexuais.

Roberval Nóia, obrigado pela a mensagem hilária sobre o “Dirran” vejam o resumo:

“(baseado em fatos verídicos)

Há alguns anos, quando o Clube Atlético Potengi ainda jogava no Machadão contra o Potyguar de Currais Novos, na 2ª divisão do Campeonato do Rio Grande do Norte, um jogador atleticano se destacava fazendo dribles desconcertantes, lançamentos perfeitos e fazendo gol. O narrador da Rádio Poti não cansava de gritar: -Vai Dirran! Vai Dirran!

Vendo aquele sucesso todo do jogador atleticano, um jovem repórter da Rádio Poti foi fazer uma entrevista com o craque na beira do gramado e foi logo perguntando:

“Diran, você tem parentes na França? Esse seu nome é de descendência francesa?”

O jogador, olhando espantado para o repórter, respondeu:

“Não sinhô, meu apelido é Cú de Rã porque eu sou baixim, mas como num pode falar na rádio… então, eles abreveia !”

Sobre o tema boiolístico também temos uma piada:

“Um gay foi viajar de avião com seu bofe e no meio da viagem, revelou pro gajo que tinha um sonho, transar com seu “Love” em pleno vôo.

Foi tentado a desistir pois os demais passageiros descobririam. Ao que ele retrucou:

-Que nada! Tá todo mundo dormindo. Quer ver?

E pediu:

-Alguém tem um cigarro aí?…

Silêncio total. Então acabaram transando.

A aeromoça andando pelo corredor encontrou um velhinho tremendo de frio.

-Meu senhor porque não pediu um lençol!

-Que nada! Um rapaz ali pediu um cigarro e foi “enrrabado”!

Só o decrescimento poderá evitar uma crise ecológica planetária, diz economista

03/04/2013 – Folha Oeste

Prof Marcus OliveiraSão Paulo – Na avaliação do economista Marcus Eduardo de Oliveira, professor da UNIFIEO e da Faculdade de Ciências da FITO, ambas em São Paulo, enquanto não houver uma mudança radical do modelo econômico freando o crescimento nos países mais avançados, estaremos cada vez mais próximos de uma séria crise ecológica, cujo resultado será catastrófico.

Falando ontem (02) à Folha Oeste, Marcus de Oliveira destacou que a ideia em torno do decrescimento precisa ser absorvida, em primeiro lugar, pela comunidade de economistas que foram educados pela teoria neoclássica que ainda recomenda o crescimento econômico como santo remédio para todos os males sociais. “Para esses economistas tradicionais, escapa-lhes a percepção que a economia está dentro de um sistema que se alimenta de uma fonte de energia e, por isso, a esgota.” É de fundamental importância que todos entendam, diz Oliveira, que a exploração do subsolo da terra tem limites, que a biosfera é limitada e não pode mais ser agredida da forma como vem sendo. Para tanto, é necessário propagar a noção capaz de redefinir o processo econômico integrando variáveis ecológicas e repensar a busca pelo crescimento a qualquer preço.

Oliveira acredita que “a noção do decrescimento econômico”, ou seja, frear o ímpeto de crescimento das economias mais avançadas somente “ganhará mais adeptos quando a maioria das pessoas perceber que a vida – e somente a vida – está acima de qualquer posicionamento da economia financeira, da economia que prioriza o valor e a quantidade, e não o conteúdo e a qualidade. E que para viver bem, com qualidade, com pleno desenvolvimento, não é preciso colocar mais produtos e mercadorias nas prateleiras dos supermercados, visto que isso é muito agressivo ao meio ambiente. Mais produtos significa menos ambiente à medida que aumenta a poluição; portanto, na prática, é sinônimo de menos vida”. Penso que o decrescimento poderá evitar a crise ecológica, disse Oliveira.

“No meu entendimento, o crescimento da economia só é recomendável em sociedades em que as pessoas estejam vivendo num nível abaixo das suas necessidades básicas. Nesses lugares, contudo, o crescimento é bem-vindo até certo ponto, ultrapassado o ponto ótimo tem-se problemas, pois todo e qualquer crescimento tem limites e é simplesmente impossível crescer infinitamente num planeta finito, cujos recursos são limitados”, explicou.

O economista criticou enfaticamente a macroeconomia tradicional que trata o sistema econômico como um processo circular isolado, ignorando o fato que para se produzir algo é necessário extrair matérias-primas e energia do meio ambiente, transformar em mercadoria e depois devolver ao ambiente os dejetos.

Fonte: – Folha Oeste

(Entrevista à Ricardo Almeida)

Salve primeiro de abril! O dia do homem!

Andam dizendo por aí, em especial num certo site de relacionamento, que anda “bombando” nos meios sociais, que o primeiro de abril devia ser instituído o “Dia do Homem”. Isso pra combinar com o “Dia da Mentira”. Tudo pelas conveniências. Outro comentou, nada disso, se tem um dia que devia ser considerado o “Dia do Homem” este dia seria, primeiro de novembro “Dia de todos os Santos”

Agora, que gostamos de feriados isso é verdade. Afinal isso vem de muito longe, desde a miscigenação, temos sangue indígena correndo nas veias. Índio gosta mesmo é de passear na floresta, caçar é seu esporte, apreciar a natureza, tomar banho e fazer amor. Trabalho é coisa de burguês, trabalho é invenção do cão, ninguém nunca ouviu dizer que alguém tenha ficado rico, apenas trabalhando!

A cultura, e o folclore já consagrou, através de ditos populares, bem interessantes, nos para-lamas de caminhões: “Quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro”;“Moro na estrada e passeio em casa”; “Se morrer for descanso prefiro viver cansado”. O princípio Marxista advindo do capitalismo procurou incutir na mente do homem civilizado: “Tempo é ouro”; “O trabalho dignifica o homem”. Ora meu caro, na Grécia antiga só quem trabalhava eram os escravos, a peble, a ralé! A nobreza vivia no bem bom, “Sem dar um prego numa barra de sabão!”!

Uma gramática da Língua Portuguesa (2ª Edição 2003- De Emília Amaral, e outros autores) traz na página 593, um texto bastante interessante sobre argumentos que circulam nos meios sociais, que trazem mentiras deslavadas, traduzidas não em verdades, mas em sofismas. Queremos compartilhar com vocês:

“VOCÊ ACHA QUE TRABALHA DEMAIS?

O Ano tem……………………………..365 dias;

Menos 8h de sono por dia………….122 dias;

Sobram……………243 dias;

Menos 8h de descanso diário………122 dias;

Sobram………..121 dias;

Menos: Domingos……………………….52 dias;

Sobram………….69 dias;

Menos 1/2 dia por sábado…………….26 dias;

Sobram………………43 dias;

Menos: Feriados………………………….13 dias;

Sobram…………..30 dias;

Menos: Férias………………………………20 dias;

Sobram………………10 dias;

Menos: Tempo gasto no cafezinho

Lavatório, papinho e……………………..10 dias

Sobram…………..000 dias;

Encontrei “O tempo” de Luís Fernando Veríssimo “ Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana pelo potássio.. E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir o diabetes. Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo. Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.Um copo de cerveja, para… não lembro bem para o que, mas faz bem.O benefício adicional é que, se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.(…)(Fonte: BoasPiadas.blogspot.com)”

Até o almanaque SADOL, traz charadas inclusive sobre o tempo, que se nada de engraçado trazem pelo menos distraem:

“ Sabe o que o assassino faz quando está preso? Mata o tempo!”

Fabio Campos 02.04.2013 Visite nosso blog fabiosoarescampos.blogspot.com Conto inédito Breve!