29 Maio

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PONI

Fruta de palmaColegas de todos os cortejos fúnebres

No meu tempo de menino, lá em Santana do Ipanema, as crianças eram criadas tendo obrigações a cumprir. Lá em casa minhas irmãs ajudavam minha mãe nas tarefas domésticas e a mim, que era o único filho homem, além de forrar minha cama, cabia a tarefa de fazer mandados, atividade que envolvia a ação de levar recados, fazer pequenas compras nas mercearias da cidade, levar encomendas nas casas dos parentes e toda sorte de trabalho que envolvesse o salutar hábito de subir e descer as ladeiras de Santana. No cumprimento das minhas atribuições diárias, muitas vezes tinha que ir ao comércio e esta frequência me permitiu conhecer vários personagens do centro da cidade. Eram comerciantes, comerciários, bancários, motoristas, carregadores, serralheiros, pessoas que frequentavam a loja de meu pai e me dispensavam atenção, tiravam uma brincadeira, faziam um afago, essas coisas que toda criança gosta. No entanto, havia um personagem com o qual eu jamais troquei uma só palavra e sequer passei perto dele, mas que lembro muito bem, seu nome era Poni.

Lá pelo final do século XIX e começo do século XX, instalou-se na cidade um comerciante do ramo dos tecidos, o Coronel Manoel Rodrigues da Rocha. Coronel sem armas nem capangas era o homem de referência do lugar, tanto pelo seu sucesso financeiro quanto pelo seu comportamento exemplar. Sua esposa era conhecida como Sinhá Rodrigues. Após a morte do marido, deu a mais perfeita continuidade aos negócios da família e pelo seu caráter e credibilidade merece ser considerada como uma das matriarcas da cidade. Próximo à casa do Coronel, bem em frente à igreja matriz, veio morar uma sobrinha sua chamada Hermínia. O laço de parentesco poderia nos levar a pensar que ela estivesse fadada a uma vida despreocupada e com muitas facilidades, mas não foi o que aconteceu. Dona Hermínia Rocha casou-se com Seu Antides Feitosa tendo com ele quatro filhos. Os três primeiros: Agissé, Berenice (Bebé) e Poni eram completamente loucos. A chegada da quarta filha, Labibe, dotada de sanidade, não foi suficiente para garantir a estabilidade daquela desventurada família. Seu Antides, que já tinha saído de casa uma vez, novamente foi embora deixando para Dona Hermínia o ônus de manter a casa e criar os filhos sozinha.

Naquele tempo, como parte da formação para se tornarem esposas, as mulheres aprendiam artes manuais como bordados, rendas, flores, quitutes etc. Abandonada pelo marido e precisando sustentar os filhos, Dona Hermínia, prendada como era, passou a dedicar-se ao artesanato com especialidade em artigos para funerais. Apesar da cidade ser pequena, naquele tempo a mortalidade era alta, principalmente de criancinhas, anjinhos como eram chamados, de modo que nunca lhe faltava encomendas. Ela fazia flores artificiais, coroas de flores, mortalhas e grinaldas. A grinalda era um símbolo de pureza e por isso eram usadas tanto nos casamentos como também nos enterros de anjinhos e de virgens. Assim, garantiu seu sustento e dos seus filhos, de modo que sua filha caçula, Labibe, casou-se e foi morar no Rio de Janeiro, antiga capital federal, mas os outros três nunca puderam dispensar os cuidados maternos.

A influência que o trio Agissé, Bebé e Poni teve na vida da pequena cidade foi tal que em 1944, um neto do Coronel Manoel Rodrigues, Breno Acioly, filho do Dr. Acioly, o primeiro juiz de direito da cidade, escreveu o livro “João Urso”. Escrito sob a inspiração nos primos loucos, o livro recebeu os prêmios Graça Aranha e Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras e seu autor passou a ser conhecido pela crítica literária como “o contista da loucura”, título adquirido considerando-se toda sua obra. Novamente, em 1963 o trio voltou às páginas da literatura com a publicação do livro de crônicas “Fruta de palma”, de Oscar Silva outro escritor santanense que, abraçando a carreira de coletor federal, mudou-se para Toledo lá pras bandas do Paraná, cidade onde morou até o dia da sua morte em 1991. Eu não tive oportunidade de conhecer Breno nem Oscar, mas lembro-me que várias vezes vi Poni andando na rua, vestido num pijama daqueles que são de calça e camisa de manga comprida. Apesar de viver no mundo paralelo da loucura, Poni era um indivíduo pacífico, mas na minha visão de criança seu aspecto me dava medo e por isso eu me contentava em olha-lo, apenas de longe.

Agissé, Poni e Bebé, nas suas loucuras não apenas inspiraram escritores como Breno Acioly e Oscar Silva, mas também deixaram gravadas na memória popular muitas histórias em que eles mesmos foram os protagonistas. Contam os mais velhos que, quando Dona Hermínia ainda era viva, Agissé, o mais velho dos irmãos, morreu. Santana do Ipanema cultiva uma tradição de realização de cortejos fúnebres a pé. Quer seja rico ou pobre, o falecido é levado à sua última morada pelas mãos dos seus conterrâneos. Com Agissé não se deu de outra maneira, o fato de ser louco não seria motivo para o rompimento desta antiga tradição. Após a encomenda do corpo um grupo de homens, comerciantes, bancários, funcionários públicos, profissionais liberais e toda uma sorte de amigos da família pegando nas alças do caixão, começaram o percurso revezando-se na caminhada que não era curta. O momento era solene, mas não impedia que a imaginação dos presentes arquitetasse alguma presepada. Em dado momento, um grupo de amigos combinou que iriam colocar Poni para segurar numa das alças e os demais não fariam o revezamento com ele. Ora essa, eu tenho experiência de pegar em alça de caixão e sei que, se tem uma coisa pesada nesse mundo é defunto. O coitado do Poni pegou na alça do meio e, quando se sentiu cansado falou:

– Companheiro, companheiro!

Os gaiatos formaram um verdadeiro cordão de isolamento e todos faziam de conta que nada ouviam. Alguns minutos depois o coitado apelou mais uma vez:

– Companheiro, companheiro pegue aqui!

Mais uma vez ninguém se habilitou a livrá-lo do peso. O tempo foi passando e o coitado do Poni se agoniando até que, já não mais aguentando, gritou a plenos pulmões:

– Ô vocês pegam essa peste ou eu largo aqui mesmo!

Ai todos caíram na gargalhada e finalmente um substituto apareceu, terminando o funeral sem outros incidentes.

Os anos passaram, um dia Dona Hermínia morreu e chegou a vez dela receber coroas de flores, vestir mortalha e ser levada em cortejo ao cemitério da cidade. Na falta da sua mãe, os irmãos remanescentes Poni e Bebé foram internados na Casa de São Vicente de Paula instituição histórica que abriga a mais de 50 anos idosos e desvalidos da região da Ribeira do Panema. Lá foram recebidos e, na medida das limitações de uma instituição de caridade, foram bem tratados. Eu lembro que quando eu era menino minha mãe nos levava um domingo a cada mês para visitar os velhinhos da Casa de São Vicente. Até hoje, várias pessoas ainda mantém este hábito humano e solidário. Tia Ana Agra contou que nas suas visitas ao abrigo sempre conversava com Poni e Bebé. Numa dessas conversas, Poni começando a perceber o aspecto transitório da vida, vendo que Bebé já havia partido e sua vez um dia chegaria, falou:

– Tá vendo Ana? Quando morre um rico sempre tem um bocado de gente no enterro, mas quando morre um pobre, você vê assim, vai bem pouquinho de gente.

Falou que o caixão de defunto pobre era de má qualidade, a mortalha era feita com tecido barato, tinha pouca ou nenhuma flor e concluindo disse:

– Olhe Ana! No dia que eu morrer eu não quero enterro de pobre. Eu quero ter um enterro de rico.

O tempo passou e o dia de Poni chegou. A notícia do seu falecimento espalhou-se na cidade e, de uma maneira quase que instantânea a comunidade se mobilizou para garantir-lhe um enterro digno. Mesmo com as limitações da sua loucura, ele fez parte da vida de muitas pessoas, foi amigo de infância de muitos homens hoje bem sucedidos nas suas profissões ou no comércio. As brincadeiras desde o tempo de menino até a idade madura não poderiam ser esquecidas, ali estava mais um amigo que partia para a eternidade e seus amigos compareceram para a despedida. Um bom caixão foi comprado, uma roupa boa e flores. Percebendo que, devido a distância, os velhinhos da Casa de São Vicente não podiam acompanhar o cortejo, Tia Ana falou com várias pessoas e conseguiu carros para garantir a presença de todos os internos.

– Só não foram aqueles que por motivo de saúde não podiam sair da casa. Todos os que puderam foram ao enterro de Poni, um enterro de rico com tudo que tem direito.

E assim o último filho de Dona Hermínia partiu ao encontro da sua mãe.

Caros colegas, considerando que eu não estou conseguindo escrever com a frequência que gostaria, é admissível alguma defasagem de calendário. Apesar de já ter passado o dia das mães e antes que o mês de maio acabe, eu gostaria de prestar aqui uma homenagem a todas as mães que, no cuidado com seus filhos amam, são companheiras, sofrem, brincam e que, como Dona Hermínia, nunca abandonam seus filhos.

Meus amigos, é bom poder contar com os recursos da grande rede para manter contato com todos vocês, mas bem que eu gostaria de poder encontrá-los pessoalmente e poder sentir os seus abraços. Poderia ser um encontro marcado ou casual, poderia ser em casa, na rua, na praça, num bar, poderia ser em qualquer lugar, mas, se por um acaso do destino, venhamos a nos encontrar em um velório, espero que não seja o meu. Um grande abraço a todos.

Saúde, sabedoria e paz.

Virgílio Agra

29 Maio

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SOU POLIGLOTA E NÃO TROGLODITA!

Não tem jeito, a gente roda, roda, mas o assunto que se vê em todo lugar, (ainda mais nos webespaços) é a Copa do Mundo de Futebol do ano que vem. Inventaram inclusive que uma senadora havia proposto no Senado Federal uma tal de “Bolsa B…” (o nome da genitália feminina). Onde cada garota de programa ganharia o equivalente a R$ 2.000,00 a título de cuidar-se, para estarem bem apresentáveis para o certame mundial em 2014. Foi só boato.

Do jeito que vai, com tanta gente doida pra aparecer, e faturar em cima, em breve teremos ex-bbb’s, ex-chacretes, cantores em decadência, e muitos outros artistas que vão acabar procurando emprego nos canteiros das obras dos estádios, na esperança de aparecer na rede Globo de televisão, No “Esporte Espetacular” em que os operários tentam fazer “gol” numa betoneira. O programa global “Fantástico” tem mostrado o quanto estamos despreparados para recebermos os turistas. Somos considerados um povo muito hospitaleiro, por quem? Por nós mesmos! Hospitalidade não pode ser confundida com espalhafato. Muitos de nós, “matamos” as aulas, ou não temos ideia, do que sejam regras de boa maneira, e que isso varia de povo pra povo.

Para os padrões de frieza nos relacionamentos sociais ianques e europeus, consideram-nos muito “pegajosos”. Portanto se tivermos que ter contato com estrangeiros com o qual não tenhamos nenhuma intimidade, devemos evitar:

1- Abraços calorosos;

2- Apertos de mão inoportunos e demorados (aliás tem pessoas que pensa que a consideração ao outro se mede pela intensidade do aperto na mão. Daí aqueles apertos de mão que cai bem o apelido de “Alicate” do qual você jamais esquece, e espera que nunca mais ocorra)

3- Cutucar (até no facebook estão fazendo isso!), tocar no outro para chamar-lhe a atenção. Isso é terrível inclusive para as pessoas que sentem cócegas;

Gafes as pessoas cometem o tempo inteiro. A exatamente um mês atrás, o fundador da Microsoft Bill Gates cometeu uma, ao cumprimentar a presidenta da Coréia do Sul com a mão no bolso do paletó. Isso para os costumes orientais é falta de respeito.

Pra quem pretende trabalhar na Copa do Mundo, aconselhamos aprender uma nova língua. Considero-me um poliglota, por motivos óbvios: Falo fluentemente uma língua estrangeira, o Português! “Arranho” o Portunhol; Somos Phd em pornofonês.

Meu amigo Tonho Neguinho, o matuto mais “desenrolado” Desse sertão, outro dia foi parar em Tangará da Serra – Mato Grosso. Entrou numa fila pra arranjar um emprego na construção civil, o engenheiro era Alemão. Naqueles meios o mestre de obras entrevistando o peão perguntou:

-O senhor sabe falar alguma língua estrangeira?

-Sei…

-Qual?

-Francês, Crioulo e Doce.

Fabio Campos 27.05.2013 No blog fabiosoarescampos.blogspot.com o Conto: “Lenda Suburbana”

23 Maio

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Economia mundial está perdendo mais dinheiro com o desaparecimento das florestas do que com a crise econômica, diz professor

São Paulo – A economia mundial está perdendo mais dinheiro com o desaparecimento das florestas do que com a crise econômica global. Essa é a avaliação do economista Marcus Eduardo de Oliveira, ouvido pela Folha Oeste.

Falando sobre a problemática ambiental, em especial a relação da atividade econômica com os recursos naturais finitos, Marcus de Oliveira, professor de economia do UNIFIEO e da FAC-FITO, em São Paulo, disse que “a comunidade dos economistas precisa, em consenso, defender sistematicamente a ideia de desacelerar o crescimento econômico, pois isso permitirá ao planeta mais capacidade de “respiração” sem o convívio com a agressão patrocinada pela atividade econômica”.

Para ele, “a economia mundial já chegou ao limite em termos de absorção de políticas de crescimento econômico que são potencialmente agressoras da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos”. Para o professor, “mais economia significa menos meio ambiente, uma vez que poluição e dejetos são produtos da atividade econômica”.

O que mais tem chamado à atenção é o desaparecimento das florestas. Baseado no estudo “A Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade”, encomendada pela União Europeia em 2008, o economista lembrou que “as perdas com a destruição das florestas equivalem a 7% do PIB mundial, e que os desperdícios com o desmatamento anual chegam próximos a US$ 5 trilhões”.

Oliveira comentou ainda que “a destruição das florestas leva junto perdas no fornecimento de oxigênio, água potável e a absorção de dióxido de carbono”.

As florestas desapareceram por completo em 25 países e outros 29 países perderam mais de 90% de sua cobertura florestal. Para o economista, “a sociedade moderna, no afã em reproduzir o modelo centrado na excessiva produção para o atendimento do consumo exagerado, esquece o valor da natureza e prefere enaltecer mais o som da buzina dos automóveis do que o canto dos pássaros. Nessa sociedade de consumo, a fumaça das fábricas, desde o início da expansão industrial, passou a ter mais importância do que o cheiro do mato pós-chuva”.

Para suprir essa carência, diz o economista que “teremos que produzir esses serviços que antes eram gratuitos, oferecidos pela natureza. Isso tem um custo. Por sinal, um custo bem elevado”, concluiu.

(Ricardo Almeida – Folha Oeste)

15 Maio

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Entrevista com o Jovem Santanense CARLOS MENDES

CELEBRIDADE IN FOCO: Jovem santanense com seu estilo simples, e que tem se destacando, que sonha em um dia ser um médico.

CELEBRIDADE IN FOCO:  me fale um pouco sobre você?

CARLOS MENDES – Bem… Vamos lá, sou um menino simples, mas que sonha alto e busca sempre conquistar e realizar seus sonhos. Sou uma pessoa focada, quando quero uma coisa, só para quando consigo! Eu mesmo fico admirado com essa força que eu tenho, muitos me falam que sonho muito alto, mas eu acredito que posso e irei realizar todos os meus objetivos.

CELEBRIDADE IN FOCO:  Qual é o seu maior sonho?

CARLOS MENDES – Meu maior sonho é me formar em Medicina e depois me especializar em Pediatria!

CELEBRIDADE IN FOCO:  Qual é o seu objetivo para o futuro?

CARLOS MENDES – Estudar, estudar e estudar… Depois penso em um emprego. kkkkk

CELEBRIDADE IN FOCO: Sabe que hoje as dificuldades para ser para passar no vestibular para medicina é  grande, por ser um sonho de muitos jovens.  Qual é o conselho que daria para um jovem que busca esse sonho?

CARLOS MENDES – O único e melhor conselho é sempre estudar, não só no colégio, mas chegar a casa, abrir um livro e começar a Lee, pesquisar na internet matérias, entrevistas sobre o tema de estudo! Não se limitar em apenas estudar no horário que está em sala de sala.

CELEBRIDADE IN FOCO: O que você mais gosta de fazer?

CARLOS MENDES – Nossa, amo jogar Handebol, gosto de ir para os encontros da Renovação Carismática Católica, gosto de ler algumas livros, relacionados a história da igreja católica!

CELEBRIDADE IN FOCO: Você se considera um jovem bonito?

CARLOS MENDES –  Bonito?? kkkkk , na verdade eu não me acho tão bonito assim, o povo fala e ás vezes concordo. k kkkkkk

 

   


 

 

 

12 Maio

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A tua mãe está aqui!!!

A razão de nossa existência, literalmente, são elas, as mães. Poetas, cantores, compositores, escritores, atores, toda classe artística, e mesmo a frieza da cientificidade já declamaram em prosa e verso, o que sentem e acham delas. Muito embora, por mais que digamos palavras ternas e a elas dediquemos gestos fraternos, jamais conseguiremos externar realmente seu verdadeiro valor. Ainda que não se encontrem mais nesse plano terreno, representam tudo em nossa vida.

Em espanhol é Madre; em latim é Mater; em inglês é Mother, carinhosamente mommy; em baianês é mãinha! Em francês Mère; em Italiano Mamma

Tudo no mundo parece ter nascido de uma mãe: a unidade da vida a célula, tem mãe: célula máter; nave espacial tem mãe: nave-mãe; mãe-pátria é nossa terra natal; Até posição sexual tem mãe: “Papai-mamãe”. menino pentelho é “filho da mãe!” Deus escolheu Maria Santíssima para sua mãe. Só satanás é “filho de chocadeira”,não tem mãe.

Quando um ambiente está muito cheio, sempre haverá alguém pra dizer que:

“É como coração de mãe, ainda cabe mais um!”

Até então já ouvira falar em “Casa de Mãe Joana” (lugar onde todos mandam), achei aqui na internet, vários termos novos: “cú-de-mãe-joana”: negócio onde todos interferem; mãe Benta é uma iguaria, um bolo; mãe d’água é Iara a sereia dos rios; mãe da lua: ave notívaga (família das Nyctibiidae) que emite um canto semelhante a uma gargalhada. Em 2003 compus esta poesia sobre mães que estará no meu livro inédito, “Poesia Não Enche Barriga…Enche o Coração”

“OS VÁRIOS TIPOS DE MÃES

A Gente só veio ao mundo

Porque teve alguém que ganhe

Te acompanha a vida inteira

Não vive de brincadeira

Estou falando da MÃE

 

Existe a MÃE FUSQUINHA

Sofre pra subir ladeira

É bem usada e velhinha

E apesar de acabadinha

É útil a família inteira

 

MÃE CHEQUE ESPECIAL

Ela é sempre da vez

Se o filho está apertado

Ela está ali do lado

Sempre no final do mês

 

Existe a MÃE CELULAR

Ta na linha e tem cartão

A gente sempre precisa

Mas ela nunca se liga

Mesmo estando sempre a mão

 

Veja só a MÃE MOCHILA

Enche o filho de defeitos

Nele achou hospedagem

Que só leva nas viagens

Porque não tem outro jeito

 

Conheça a MÃE BACALHAU

É dura seca e de Manta

Vinho gosta de beber

E só vai aparecer

Durante a semana Santa

 

A MÃE DOLLY é egoísta

Resolve só as paradas

Diz ao filho que é capaz

E a respeito do seu pai

Não precisa para nada

 

Veja a MÃE PAPAI NOEL

Na família ta no meio

Vem visitar no Natal

Fica até o Carnaval

Te deixa de “saco” cheio

 

A MÃE CHINELO DE DEDO

Anda de fitas na testa

É brega e pensa que arrasa

Só presta dentro de casa

Ninguém leva pra uma festa

 

Tem a MÃE PISTA BR

É um tipo de amargar

Sempre cheia de defeitos

Pra o filho ela tem jeito

Acha que vai melhorar

 

MÃE POLÍCIA FEDERAL

Trabalha toda fardada

Ama os filhos de qualquer jeito

Aceita os seus defeitos

Só não quer ser enganada

 

Veja a MÃE MATEMÁTICA

Sua vida e um dilema

Os filhos sempre aprontando

Ela sempre Calculando

Como resolver os problemas

 

MÃE BANHEIRO DE AVIÃO

É muito requisitada

Bem na hora da verdade

De grande necessidade

Ela está sempre apertada

 

MÃE MORRO DA MANGUEIRA

É pobre e só quer um gozo

Que o filho faça carreira

E quer de qualquer maneira

Ver seu filho bem famoso

 

MÃE MADRE TEREZA DE CALCUTÁ

Seus filhos é a humanidade

Pedido pra é ela é desejo

Se contenta com um beijo

Vive só de Caridade

 

A do tipo MÃE GUARDA-SOL

Do filho cobre as verdades

Sempre cai numa gandaia

Os filhos só leva a praia

Se houver necessidade

 

MÃE TORCIDA DO CORINTHIAS

Os filhos aprontam bordel

Se falam deles não aguenta

Se torna tão violenta

Pra os filhos é da FIEL!

 

É por isso meu amigo

Que todo mundo tem Mãe

Tem MÃE-TERRA o arrebol

A MÃE PÁTRIA a terra sua

E se existe a MÃE DA LUA

Deve ser a MÃE DO SOL

Se tem MÃE de um sofredor

É a do juiz de Futebol

No “Gantuá”

MÃE MENININHA

MÃE DE LEITE

MÃE MUCAMA

MÃE-NENÉN

no parto a beira da cama

Baiano chama MÃINHA !

 

O Bicho que não tem MÃE

SÓ pode ser Satanás

Invejando a nós viventes

Vive atentando a gente

Quer botar é nós pra trás

 

A MÃE CHEIA DE GRAÇA

Está com você AGORA

Ela é NOSSA SENHORA

Por Ela o Mal não passa

É sua Mãe e é Minha

Mãe de Deus!Ó Salvadora!

Sede nossa Protetora

Protejei-nos MÃE RAINHA!

Fabio Campos 12.05.2013 Breve no fabiosoarescampos.blogspot.com o Conto: “Mortus tu Mortis”

10 Maio

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Moscas! Bolhas d’água e o apetite?

Elas não são o facebook, mas é a praga do momento, tal qual aquela rede social estão em toda parte, tirando-nos do sério:

“A mosca-doméstica (Musca domestica) é um dos insectos mais comuns e um membro do grupo das moscas (ordem Diptera). A mosca pode pousar em comida, contaminando-a de bactérias, e tem sido durante os tempos, responsável por inúmeras propagações de doenças. (Fonte: Wikipédia.com.br).

“Qual a capacidade reprodutiva da mosca doméstica? A fêmea vive em torno de 30 dias e nesse período chega a pôr em média 700 ovos. Um único casal pode gerar até 125.000 descendentes em 4 semanas. A mosca doméstica em países tropicais pode produzir até 30 gerações. Como controlar a infestação de moscas domésticas?

O correto controle das moscas domésticas deve compreender, um bom manejo do esterco e do lixo, Deve-se adotar um produto com ação larvicida dessa forma conseguirá interromper o ciclo da mosca obtendo um controle adequado.”(Fonte: milkpoint.com.br).

Eu não sei quem foi que inventou que um saco transparente cheio d’água espanta moscas, mas acredite, tem site que explica como isso funciona:

“Por que moscas e sacos de água não se dão bem? Como o método espanta moscas? Alguns insistem em que as moscas percebem o líquido transparente como a superfície de um corpo aquático. Outros alegam que os insetos fogem ao ver seu reflexo ampliado. Mas a explicação mais popular entre entomologistas e empresários que adoram obter patentes é simples: refração da luz.

Moscas contam com um conjunto de olhos imensamente sensíveis que permitem que vejam simultaneamente em múltiplas direções. A cabeça do inseto consiste principalmente de um par de grandes olhos complexos, cada um dos quais composto por entre três mil e seis mil olhos simples. Esses olhos não se mexem e não podem tomar um objeto como foco, ao modo dos olhos humanos, mas oferecem à mosca uma visão mosaica do mundo ao seu redor. Cada olho simples oferece uma pequena peça do quebra-cabeça, da mesma forma que uma tela exibe uma imagem na forma de inúmeros pontos, ou pixels. Alguns entomologistas acreditam que quando esses olhos complexos e sensíveis experimentam luz refratada, o inseto se confunde e foge.”(Fonte: ciência.uol.com.br)

Eu só sei que moscas, além do perigo de causar doenças, tiram o apetite de qualquer um. Zé Lezin (o humorista Nairon Barreto) vem a Santana do Ipanema (26 de maio no Ginásio de Esporte) será que vai contar aquela da velhinha sem-vergonha? Que foi num consultório médico e o doutor solicitou:

-A senhora, por favor, tire a roupa e deite naquela maca.

-Oxente Doutor! E essa cama aguenta nós dois?

-A senhora ainda tem apetite?

-Tá meio “murchinho” mas ainda dá pro gasto né doutor!

Fabio Campos 08.05.2013. No fabiosoarescampos.blogspot.com o Conto: “O Profeta”

08 Maio

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Os empregos verdes em uma economia de baixo carbono

MarcusEduardoNo seu relatório anual sobre as tendências mundiais do emprego, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que, “apesar de uma recuperação moderada do crescimento da produção” esperada para este ano e para 2014, “a taxa de desemprego deverá aumentar de novo e o número de desempregados no mundo crescerá 5,1 milhões em 2013, ultrapassando 202 milhões”.

Contudo, esse cenário desolador da economia mundial pode ser atenuado via geração dos chamados empregos verdes a partir da transição para uma economia de baixo carbono; para uma economia que se desenvolva qualitativamente sem impactar o meio ambiente, que cresça moderadamente sem destruir os elementares serviços ecossistêmicos, que se paute na ética dos valores contidos no ideário do desenvolvimento sustentável, protegendo a flora, a fauna, reduzindo o consumo de recursos naturais, de energia e de água.

Para a OIT, os empregos verdes são aqueles que reduzem o impacto das empresas no meio ambiente e dos setores econômicos a níveis que sejam considerados sustentáveis, além de reduzir a necessidade de energia e matérias primas.

Isso somente será possível com a prática de uma nova economia que respeita o meio ambiente e reconheça a necessidade de reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa, respondendo afirmativamente pela geração de empregos em áreas-chave da sustentabilidade.

Ainda segundo estudos elaborados pela OIT, até 2030 o Brasil deve criar cerca de 730 mil novos postos de trabalho com a implantação de projetos de economia de baixo carbono, somente no setor de energias renováveis.

Hoje, já contamos com mais três milhões de postos de empregos verdes, com destaque para as seguintes áreas: agroecologia, proteção de áreas de conservação, biocombustíveis e construção civil, usando nesse último caso a eficiência energética em prédios residenciais e industriais, com construções mais inteligentes que consomem no ato produtivo menos energia, água e materiais, portanto, em sintonia à ideia de “cidades sustentáveis”.

Dentro da perspectiva dessa nova economia que obrigatoriamente coloca no centro das decisões a questão ambiental, fazendo a interface entre a atividade econômica e as Ciências Naturais (especialmente a biologia e a ecologia), permitindo assim com que o processo econômico gire em torno dos ecossistemas, derrubando, pois, a economia neoclássica que leva em conta o meio ambiente apenas pela ótica da externalidade, há um amplo conjunto de atividades que são potencialmente geradoras desses empregos ambientalmente equilibrados e favoráveis à qualidade de vida.

Essas atividades necessariamente passam pela descarbonização da atividade econômica. Dentre essas, destacam-se: a agricultura orgânica (com o desenvolvimento de compostagens e adubação orgânicas – transformação de resíduos em húmus), o turismo ecológico e de aventura (englobando patrimônios culturais e as belezas naturais), a reciclagem de resíduos (com a normalização dos catadores de materiais e criação de cooperativas), o setor de energia solar, atividades de apoio à produção e manejo florestal (dados da OIT – base 2009 – apontam que esse setor emprega 12,9 milhões de trabalhadores em todo o mundo), geração e distribuição de energias renováveis, saneamento, gestão de resíduos, processamento e distribuição de gás natural, atividades paisagísticas, caça e pesca, horticultura e floricultura.

Especificamente no setor de transportes, cabe destacar como bons postos de empregos verdes, o marítimo de cabotagem, por navegação, de travessia, ferroviário de carga, metroferroviário de passageiros, além da construção de embarcações e estruturas flutuantes.

Outro setor que responde afirmativamente pela geração de vagas no mercado de trabalho é o do cultivo da cana de açúcar para produção de etanol; resguardando-se, nesse caso, os impactos negativos sobre o meio ambiente, tais como a exaustão dos solos, degradação das matas, assoreamento e a poluição dos rios.

De toda sorte, os empregos verdes em uma economia de baixo carbono se insere na perspectiva de que é possível ainda salvar o planeta da agressão produtiva típica das economias modernas que anseiam a qualquer custo obterem elevadas taxas de crescimento econômico.

Marcus Eduardo de Oliveira é economista e professor, com especialização em Política Internacional e mestrado em Integração da América Latina (USP). email: prof.marcuseduardo@bol.com.br

07 Maio

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TRAPIÁ

Saudações Caetés

Colegas de todas as gulas

Zé AgraEis que no feriado da Páscoa, mais exatamente no dia de sábado, este simples caeté estava no alpendre da Fazenda Coqueiros, lá pras bandas da Ribeira do Panema, tendo como cenário a Reserva Tocaias, a primeira RPPN de caatinga do estado de Alagoas, legado de Tio Alberto Agra para as gerações futuras. Naquele dia ocorria pelo segundo ano o encontro anual das famílias Agra, Marques e Nepomuceno, um projeto ousado do meu primo João Tertuliano. Eu estava acompanhado de meu pai, minha mãe, minha esposa e lá nos encontramos com uma gama de tias e primos alguns dos quais só me encontro nessas boas ocasiões. A “parentada” foi chegando, se apresentando e se espalhando no alpendre, que é como o sertanejo chama a varanda, formando-se assim várias rodas de conversa. Lá num canto, sentou-se numa mesa Papai, Tio Alberto e Antônio Agra, um primo que eu não conhecia. A mesa ocupada pelos três era um verdadeiro arquivo vivo, pois se fôssemos somar as suas idades dava mais de 240 anos e a conversa, como não poderia deixar de ser, tratava sobre as recordações do passado e as notícias dos primos que há muito não se viam.

A família de meu pai fixou-se na região que fica compreendida entre as cidades de Carneiros e Olho d’Água das Flores, passando pelo Sítio Caboré. Naquela época essas cidades, hoje devidamente emancipadas, eram apenas uns povoados do grande município de Santana do Ipanema. Com o crescimento da família e a fragmentação das propriedades rurais pela divisão por herança, meu avô Pedro resolveu se mudar para a sede do município tornando-se um pequeno comerciante. O pai de Antônio Agra, Tio Joaquim, era irmão de Vovô e permaneceu em Carneiros, continuando a atividade agrícola. Com o falecimento de minha avó Jovita, papai foi entregue aos cuidados dos tios Virgílio e Chiquinha que o criaram com muito carinho. Papai viveu no Caboré os primeiros dez anos da sua vida e assim pode usufruir, dentre outras coisas, de uma infância com o convívio com muitos primos e tios.

Tio Joaquim teve onze filhos de três casamentos sendo que Antônio, presente ao encontro, era filho do segundo matrimônio. Papai perguntou pelos primos e Antônio foi fazendo um resumo do histórico familiar, mas um deles, José Agra, despertou outras lembranças. Papai conta que Zé tinha um problema na garganta, de modo que quando ele ficava nervoso a voz ficava rouca e por isso dizia-se que ele era “roncoio”. Outra característica sua é que ele era um tanto quanto estabanado. Se os meninos iam subir numa árvore ele fazia questão de subir mais alto que todos, se iam apartar o gado ele procurava tomar conta de tudo e se iam comer algo ele procurava comer mais que todo mundo. O primo, me parece, era de fato muito competitivo, o problema é que essa disposição de ser maior e melhor que os outros algumas vezes o colocavam em uma boa enrascada.

Os meninos daquele tempo tiveram a melhor infância do mundo. Como não havia televisão nem videogame e as crianças só iam para a escola a partir dos dez anos de idade, a infância era uma verdadeira colônia de férias onde as principais atrações era comer frutas no pé, correr, brincar de carreiro e tomar banho nos açudes, exercendo uma liberdade que hoje não existe mais. Papai contou que, certa vez, foi com os primos tomar banho num açude que existia bem pertinho da casa de Vovô Virgílio e todo mundo pelado saltou dentro d’água. A meninada mergulhava, inventava brincadeiras de pegar dentro do açude e a felicidade era geral até que, em determinado momento, alguém lançou uma ideia aceita por todos, foram comer trapiá.

Vocês sabem o que é trapiá? Eu acredito que a grande maioria nunca viu, nem comeu e sequer ouviu falar. Eu conheço e já vi muitas vezes, mas nunca consegui comer um só, porque seu cheiro me causa repugnância. O trapiá, Crateva tapia, é uma árvore nativa da caatinga, mas também é encontrada na mata atlântica, da região nordeste. O trapiazeiro tem uma folhagem muito densa e consegue manter-se verde mesmo em condições críticas de falta d’água. O seu fruto tem a forma esférica, mais ou menos do tamanho de um limão e tem dentro uma polpa branca que encobre suas sementes. Não vou entrar aqui na discussão sobre o sabor do fruto, mas o certo é que os seus apreciadores precisam degusta-lo com moderação, porque suas sementes podem provocar um sério entupimento intestinal. E foi exatamente pela falta de moderação que Zé Agra foi protagonista de uma história que poderia ser trágica, se não fosse cômica.

Enquanto os meninos comiam um ou dois trapiás Zé comia logo uns dez e foi comendo até saciar. Todo mundo voltou para casa feliz até que, com o passar das horas Zé começou a sentir um negócio estranho na barriga e aquilo foi causando um mal estar, o tempo passando, aquele trapiá todo seguindo seu caminho pelas tripas até que finalmente chegou o momento da dejeção e foi aí que a coisa entalou. O bolo formado pelas sementes de trapiá era maior que a bitola da via de escape e como não havia como fazer o caminho de volta o trânsito engarrafou. Zé bem que botava força, mas o troço não saia. A barriga foi inchando, o coitado ficava vermelho, se aperreava, dava um tempinho, tentava de novo e o trapiá firme, não ia, nem vinha. A coisa apertou tanto que Zé Agra, sem aguentar mais, resolveu procurar sua mãe, sua madrasta na verdade, e contou o que havia comido. É bom lembrar que isso aconteceu no início da década de 40 num povoado do sertão alagoano e naquele tempo não havia os remédios, não havia médicos, nem as técnicas que existem hoje. O certo é que o cabra tava entupido e a mãe teve que dar um jeito e o jeito foi o Zé ficar fazendo força pela frente, enquanto ela ficava cutucando o trapiá por trás com a ajuda de uma colher. Não sei se era uma colher-de-sopa ou uma colher-de-chá, ele teve foi a sorte dela não usar um garfo. Conjecturas à parte, o que de fato aconteceu é que o serviço foi feito com a mais perfeita sincronia, Zé botava força e o trapiá botava o olho pra fora, aí a colher entrava em ação desalojando umas poucas sementes. A operação foi se repetindo, se repetindo até que finalmente… PUM, o cabra desentupiu de vez. O alívio até que foi imediato, mas o coitado do Zé Agra passou um bom tempo sofrendo gozação dos irmãos e dos primos que só para chatear, ficavam de longe, fazendo uns gestos que incluíam unir o polegar com o indicador de uma mão enquanto que o indicador da outra, apontando para os dois primeiros, fazia um contínuo movimento circular, para contemplar a meninada gritava:

– Ôôôô Zéééé.

Não sei quanto tempo o assunto ficou em pauta, mas o certo é que Zé gastou muita energia correndo atrás da molecada.

Os anos se passaram e alguns dos filhos de Tio Joaquim emigraram para o Paraná, naquele tempo era lá a fronteira agrícola do país. Zé Agra embarcou nessa empreitada e lá no sul fez sua vida. Lá desenvolveu diversas atividades, montou uma pequena fábrica de doces, depois trabalhou um tempo com seu irmão Vicente que tinha um posto de gasolina e depois voltou para o ramo dos doces. Anos depois Zé mudou-se para a cidade de Americana – SP, onde mais uma vez aventurou-se nos negócios dos alimentos, montando uma pequena fábrica desta vez de canudinhos. Em 1995 fez uma visita à sua terra natal, veio comemorar o centenário do seu pai. Voltou para Americana onde residiu até o ano de 2003, quando então partiu para a eternidade, deixando boas lembranças de um tempo que não volta mais.

Queridos amigos, diante das demandas do mundo moderno, desejo a todos os dons da prudência e persistência para o alcance dos objetivos de cada um e se eu puder ajudá-los, será um prazer, desde que ninguém venha me pedir uma “colher-de-chá”.

Saúde, sabedoria e paz.

Virgílio Agra

05 Maio

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CRUZ CREDO, ASSIM NÃO DÁ!

“Nordestino é agredido por sete Neonazistas em Niterói no Rio de Janeiro A Polícia Civil deteve, na manhã deste sábado, seis homens e uma mulher neonazistas acusados de agredir um homem de origem nordestina na cidade. Armados de facas, soco inglês e bastão, o grupo desferiu golpes contra a vítima, que não ficou ferida com gravidade.

Levados para a 77ªDP (Icaraí), os agressores foram denunciados por lesão corporal e tentativa de homicídio. Segundo a Polícia Civil, eles tinham tatuagens de suásticas e vestiam camisetas com referências ao nazismo.” (Fonte: santanaoxente.com.br).

Ao ler uma reportagem como essa, vem-nos uma angústia, uma imensa sensação de impotência, de descrédito, de decepção com relação a nós mesmos que nos classificamos como seres humanos. A princípio dotados de racionalidade. E o que vemos, tantas notícias de selvageria de pessoas, ditas humanas, agindo contra seus semelhantes.

Agimos em nome do que? Impunidade? Imediatismo? Ideologia dominante? Drogas? Consumismo? Descrédito em tudo? Falta de Deus? Afinal, em que acreditamos? Se você tivesse a oportunidade de ser entrevistado por um alienígena, e ele quizesse saber que símbolo eu posso levar para representar vocês humanos?

Ao longo da história da humanidade tantas e tantas ideologias, ascenderam e caíram. Cada povo, mundo a fora, utilizaria símbolos para se fazerem representar. Um par de folhas de louro o império romano; O sol os Maias e Incas (e os Argentinos!). O crucifixo no cristianismo; a cruz suástica no Nazismo; a cruz de Caravaca; a Rosa Cruz; a Maçonaria e os instrumentos do pedreiro; a foice e o martelo, o comunismo etc.

Governos e governantes também adotariam seus signos para representar seus domínios: A águia dos americanos; o galo Portugal e França; Canadá a folha do plátano; dos povos asiáticos o tigre, da áfrica o elefante; na Oceania o canguru. Aportando aqui no Brasil o que vamos ter como símbolo: Valter Disney achou que fosse o papagaio, criou o personagem Zé Carioca; os militares pegaram os “Tucanos” para nos representar. Refiro-me a aeronaves e não ao partido político.

Símbolos dominantes estão aos montes fazendo parte de nosso cotidiano. O “f” do facebook. O “o” do Orkut, o “g” do Google, o “passarinho” do twiter, aonde vemos apenas a letra identificamos o que representa. O que representa o atual governo do estado é um monte de “neguinho” com os braços levantados. Por que será que estão com os braços levantados? Os clubes de futebol além dos hinos que são expressões de massificação e domínio, também possuem seus escudos (símbolos) e mascotes: Flamengo um urubu; Corinthians uma gavião etc.

Já que chegamos até aqui, vamos encerrar com uma piada sobre essa comoção nacional, que em breve, fará com que seguemos pros nossos problemas, e os olhos do mundo, se voltem para nós.

Dois torcedores um paulistano e um corinthiano, antes de irem pro estádio ver um clássico de seus clubes jogar, resolvem entrar numa igreja, justo na hora que o padre inicia a leitura:

– Corintios 3, felipenses 5.

O paulistano comenta:

-Pôxa, cara! Até aqui teu time tá perdendo!

Fabio Campos 30.04.2013

No Blog fabiosoarescampos.blogspot.com Conto inédito: “Viola Tricolor”

Aniversário dos 138 anos de Santana do Ipanema-AL

Santana do Ipanema, comemora o seus 138 anos de emancipação com muita festa e alegria!!!

24 de abril: Parabéns querida Santana do Ipanema

por Remi Bastos

Hoje 24 de abril de 2013, Santana do Ipanema completa 138 anos de sua emancipação política. A cidade está em festa, as cores da nossa bandeira agitam-se no alto reverenciando esta data histórica de todos os santanenses. O céu amanheceu sorrindo descortinando ao longe um cenário poético que só a minha terra tem . As serras vestiram o sonho do verde externando a esperança do sertanejo por dias melhores que virão. Parabéns minha querida Santana do Ipanema pelo seu aniversário, que as nossas utopias descubram as veredas da realidade e nos façam sorrir felizes para o mundo. Te amo minha terra querida, és o berço da minha infância radiante e dos amigos que cresceram comigo nas asas do teu progresso. A única forma que encontrei para te presentear neste dia, brotou do amor que sinto pelo céu que te cobre e pela extensão de tuas terras nos quadrantes que te pertencem; e que me faz revelar através deste sentimento nativista o amor entre as lágrimas contidas no hino que escrevi em nome de tua história. Parabéns Santana do Ipanema!

Hino de Santana do Ipanema

Santana do Ipanema
Torrão querido pedacinho do meu Brasil
És a Rainha do Sertão Alagoano
Desta Pátria mãe gentil
Tua história enaltece nossa gente
Com bravura e amor-febril
Padre Francisco Correia e Martinho Vieira Rego
Pioneiros nesta terra varonil

Tua bandeira simboliza nossas cores
As tuas praças, este rio, nossos amores
O teu progresso eternamente a florescer
Sou sertanejo, Santanense até morrer!

Minha terra tem palmeiras
Nossos campos têm mais flores
Onde canta o sabiá
Nosso céu tem mais estrelas
Onde nuvens passageiras
Dão espaço ao luar
O teu passado de glória
Está vivo em nossa memória
Teus filhos hão de aprender
É mais forte o meu desejo de dizer
Sou sertanejo, Santanense até morrer!

Texto do Portal maltanet