09 Maio

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Você sabe o que se aprende em uma aula de educação sexual?

Foto: Reprodução / Blog Tenda do Saber

Você sabe o que se aprende em uma aula de educação sexual? Você sabe em qual idade uma criança deve ter acesso a informações sobre sexualidade? Você sabe qual a diferença entre SEXO e SEXUALIDADE?

Caro leitor, apresento-lhe nesse momento, conteúdos e informações que talvez você nunca tenha tido acesso antes. Garanto que você não será o mesmo após ler esse breve texto educativo. 

Educação sexual é visto com um tema sombrio e preconceituoso pela maioria das pessoas, e com certa razão. Muitos dos seres humanos não foram treinado a pensar e pesquisar, a maioria apenas reproduz comentários e opiniões de outras pessoas, que também não tem conhecimento, ou seja, essas pessoas estão multiplicando a IGNORÂNCIA.

As pessoas sem conhecimento pensam que educação sexual é ensinar as crianças a fazer sexo. Outras pensam que é apresentar pra elas conteúdos pornográficos. Se em algum lugar alguém disse ou fez apresentação de algo assim, infelizmente essa pessoa não está educando sobre a sexualidade, está apenas erotizando as crianças e interferindo na infância delas. 

Se você já pensou algo desse tipo, você estava equivocado, então agora terá oportunidade de aprender o que de fato é educação sexual.

Educação Sexual é ENSINAR a criança sobre as regras de privacidade do seu próprio corpo, é treiná-la para entender que em algumas partes íntimas ninguém pode tocar.

Educação Sexual é ENSINAR a criança para que ela entenda que caso outra pessoa pressione ou a obrigue a tocá-la nas partes íntimas, isso é uma violência sexual.

Educação Sexual é ENSINAR a criança como pedir ajuda caso tenha sido abusada sexualmente.

Educação Sexual é ENSINAR a criança se proteger das varias formas de violências sexuais que existem.

O que não podemos negar é que nossas crianças de hoje estão muito mais erotizadas do que as da geração passada, e isso é consequência das músicas que os adultos ouvem, dos acessos as redes sociais e a internet cada vez mais cedo, e etc.

Educação Sexual para adolescentes é orientá-los para não engravidarem precocemente. Para não se contaminarem com doenças sexualmente transmissíveis e etc.

E quem deve fazer a educação sexual das crianças e adolescentes? De quem é a competência para isso?

Os pais devem ser os primeiros a passar essas informações aos filhos, mas poucos fazem. A escola também faz isso, de modo coletivo e didático. Algumas famílias não aceitam ou criticam essa iniciativa da escola, as vezes nos faz pensar que alguém dessa família prefere vê a criança sem essa informação, para não saber se defender.

De acordo o ministério da saúde, dos mais de 32 mil casos notificados em 2018, a maioria das violências foi provocada por “pai ou padrasto” e aconteceu dentro da casa da criança. É assustador e revoltante o quanto as crianças sofrem por falta de conhecimento, e por não saberem o que é uma violência sexual.

Todos os anos no MÊS DE MAIO é promovida uma campanha nacional de combate ao abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Os vários órgãos e instituições engajados nessa campanha alcançam bons resultados a cada ação realizada.

Faça sua parte, oriente seu filho, observe os comportamentos dele. Crianças vítimas de abuso sexual apresentam muitas sequelas psicológicas e as vezes físicas, a maioria delas na vida adulta desenvolvem doenças mentais graves.

Ajude a combater esse mal tão degradante. 

Não se cale, acione o conselho tutelar, a polícia, o CREAS, disque 100 e etc.

UMA ESCOLHA ERRADA

Foto: Pixource / Pixabay

Que a vida é de feita escolhas isso todo mundo já sabe, muito embora poucas pessoas foram treinadas para desenvolver a maturidade emocional, uma habilidade essencial para saber lidar com as experiencias desagradáveis quando a escolha do momento não traz o resultado esperado.

Acredito que você leitor, em vários momentos da vida já ficou indeciso sobre o que escolher, e geralmente essa insegurança ou indecisão ocorre devido ao medo do resultado não ser positivo ou desejado.

A pergunta que sempre ecoa em nossa mente nesses episódios, é: E SE NÃO DÉ CERTO?

Diante do desconforto emocional sofrido por nós humanos ao longo da vida, as crenças limitantes adquiridas nas experiencias frustradas, nos fazem temer as novas escolhas.

É preciso compreender que todas as vezes que escolhemos alguma coisa, abrimos mão de outra. Por exemplo, quando eu escolho acordar às 5h no domingo eu abro mão de dormir até mais tarde. Quando escolho ficar nas redes sociais durante horas do meu dia, eu abro mão de desempenhar outras ações que possam melhorar minha saúde ou conhecimento social.

É fundamental ter a clareza de que a cada escolha feita, a decisão foi tomada baseada no que parece ser o melhor para o momento, e naturalmente diante disso a cada tentativa existe a possibilidade de acerto e de erro, o resultado é sempre consequência de uma variável da situação.

Também é importante lembrar que o escolhido agora como algo conveniente para momento, pode não ser visto como adequado em outro momento, pois é natural o cenário mudar e as escolhas também.

Não tenha medo de tomar uma decisão, não tenha medo de escolher, não deixe de tentar, não sofra quando algum objetivo não for alcançado. Quem não erra não tenta e também não evolui. A evolução e a resistência são adquiridas como consequência das escolhas.

Escolha ser otimista, toda dificuldade tem solução, então não fique olhando só para o problema. Busque alternativas para encarar sua demanda, cada ser humano tem a sua e é necessário assumir sua responsabilidade e cumprir seu papel social.

Caso não consiga tomar uma decisão e superar suas dificuldades, procure ajuda essa escolha é um sinal de inteligência, buscar apoio para sair das barreiras é uma estratégia positiva. Porque se você escolher ficar parado o problema vai persistir por muito mais tempo.

A Pior Traição

Foto: Public Affairs / Pixabay

Ser traído é algo muito ruim e desconfortável para o ser humano, principalmente quando a traição vem de alguém muito próximo e querido. 

Acredito que todo ser humano em algum momento da vida já foi traído ou enganado, isso porque cada ser indivíduo tem vontade e necessidades próprias e únicas, e é comum criar expectativas nas relações do dia a dia. Entenda que muitas enganamos e somos enganados não só no contexto de relacionamento amoroso, em varias contextos enganamos e maltratamos a nós e aos outros.

Então quanto maior for à expectativa, maior também será a decepção e a frustração.

E quando a traição, a maldade, a enganação é provocada por nós mesmos?

Reflita consigo mesmo. Você já fez algo ou tomou alguma decisão que prejudicou muito a você mesmo.  

É muito comum algumas pessoas criarem ou se envolverem em situação que geram enormes prejuízos a si mesmo. Nesses casos podemos conceituar como AUTO DESTRUIÇÃO e em alguns aspectos como AUTO SABOTAGEM.

Na Auto Destruição o individuo mantem-se em constante movimento de escolhas que aumentam seu sofrimento, ou se colocam em perigo, às vezes por acreditar que mereça passar por coisas desse tipo, outras vezes por acreditar que não tenha outra alternativa na vida, e é comum agir de forma prejudicial a si mesmo.

Nesse ritmo comportamental os pensamentos são cheios de vícios mentais, crenças disfuncionais e rigidez, mesmo percebendo que não consegue sair desse ciclo de prejuízos sozinho, apresenta também resistência para não buscar essa ajuda.

No comportamento de Auto Sabotagem é quando de modo inconsciente ou consciente cria-se obstáculos ou justificativas para não realizar algo que precisa, por que não admite ter essa necessidade. Constantemente são pessoas pessimistas e negativas, para essas pessoas é natural ser incapaz, insegura e desistir fácil. Por isso elas se sabotam, desistem de tudo, se depreciam e se boicotam.

Você já se perguntou por que o ser humano é tão inteligente em alguns aspectos e tão pouco inteligente em outros.

Exemplo:

É impressionante a capacidade humana nos inventos tecnológicos e no seu manuseio.

É incrível o quanto alguns seres humanos dedicam a vida só a valorizar e cuidar do outro.

E mais impressionante ainda é a falta de cuidado, de amor próprio com o estilo de alimentação, nos relacionamentos e com a saúde.

Sabemos que a maioria dos seres humanos Brasileiros tem como costume cultural não valorizar sua própria saúde. Principalmente no quesito da saúde mental.

Não é atoa que em nosso país, o número de pessoas em adoecimento mental tem aumentado nos últimos anos, Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) somos uma das populações mais estressadas do planeta. 

O ritmo das demandas do dia a dia está muito acelerado, com isso são muitos os excessos: Muitas horas de trabalho, poucas horas de atividades físicas, muitos compromissos, poucas horas de sono, muitos de equipamentos tecnológicos, poucas relações sociais, e etc. 

São exatamente os excessos que causam o adoecimento mental, porque nesse mesmo universo de compromissos o organismo não esta sendo preparado para filtrar as coisas desnecessárias. A mente e corpo não estão em equilíbrio e suas funcionalidades essências em deficiência. 

Desacelere, ajuste sua rotina, o corpo e a mente precisam de ritmo e não de velocidade, cuide de você com a mesma dedicação e carinho que cuida de outras pessoas da sua família, você merece ser bem cuidado. 

Não negligencie seu desconforto e seu sofrimento, seja inteligente. Não engane a si mesmo, não traia a sua saúde física e mental.

ESTRESSE: Uma bomba relógio dentro de você

Foto: Reprodução / Pixabay

O termo ESTRESSE em sua origem significa pressão, tensão. Sendo criada para expressar eventos na física e simbolizaram o impacto de duas partes. Existem alguns tipos de estresse, nesse breve texto irei falar sobre o ESTRESSE EMOCIONAL.

Do ponto de vista psicológico, o estresse é uma resposta automática fruto de situações de pressão ou tensão emocional vivida pelo ser humano, seja nas relações profissionais, sociais ou pessoais. 

É muito comum todo ser humano enfrentar diariamente situações estressantes, mas o perigo está na repetição e na intensidade desses episódios, pois é exatamente desse ato continuo que se gera o adoecimento.

Diante as situações de estresse, nosso organismo automaticamente produz substâncias como cortisol e adrenalina, que paparam nosso corpo para uma reação física diante do perigo para fugir ou lutar, ou seja, o corpo fica tenso vigilante. Quando o estresse é continuo e/ou extremo, esse corpo não relaxa e consequentemente adoece. 

Os níveis elevados de cortisol no organismo contribuem para o aumento dos níveis de açúcar, da pressão sanguínea.

O estresse emocional nada mais é do que a resposta que o nosso próprio organismo dá em situações de conflito, de tensão, de medo, entre outras, e que afetam principalmente a saúde mental, mas o corpo físico também apresenta vários sintomas.

Como todo aparato psicológico fica comprometido, o desgaste e as alterações são muito danosas e desconfortáveis. 

Segue alguns sintomas de estresse emocional:

– Problemas de memória, esquecimentos das atividades de rotina;
– Dificuldade de manter-se concentrado;
– Agitação, inquietação e pensamentos acelerados;
– Alterações no humor, irritabilidade constate;
– Insatisfação;
– Preocupação excessiva e constante;
– Comportamentos explosivos
– Impulsividade (o popular pavio curto);
– Dificuldade para tomar decisões;
– Esgotamento Psicológico (não suportar fazer as suas tarefas diárias);
– Dificuldade para relaxar;
– Infelicidade, depressão.

Todas essas reações psicológicas geram também reações físicas:

– Alterações no sistema gastrointestinal;
– Diarreia, mal estar no abdômen, azia, queimação no estômago, (Gastrite é um sinal físico muito comum de estresse);
– Náuseas e/ou tonturas;
– Dores no peito, batimento cardíaco acelerado (arritmia), constipação;
– Queda na imunidade (ficar resfriado constantemente, queda de cabelo);
– Estar sempre cansado;
– Enxaqueca;
– Insônia;
– Perda de libido

Gerenciar todos esses sintomas não é uma tarefa fácil, diante de um dia a dia tão agitados do mundo contemporâneo, à maioria de nós já experimentou ou está sofrendo com esses sintomas e situações listadas acima.

Descrevo aqui três dicas importantes que podem facilitar sua vida:

1°- Faça uma lista das coisas que você gostava de fazer, algo muito prazeroso que antes fazia e que no momento não faz. (A prática de atividades prazerosas te ajuda a relaxar, e farão seu organismo produzir outros neurotransmissores necessários, como endorfina, dopamina, oxitocina, e etc.);

2°- Evite situações e pessoas que te irritam, te desgastam e te adoecem, não dê audiência a quem não te faz bem. Seja inteligente, antes de agir pense e respire de forma organizada, medite, seja cuidadoso consigo mesmo, você é o único inquilino que mora no seu corpo.

3°- Aprenda filtrar as coisas que não são suas, não absorva os problemas que você não resolve, desenvolva a habilidade de vê as coisas e situações e não comentar e nem opinar se não for solicitado. Não pego um peso que você não pode carregar. “Aquilo que você não muda você aceita, e aquilo que você não aceita você muda”.

Caso não consiga colocar em prática essas três dicas, procure um profissional de psicologia, pois sozinho nem sempre é possível administrar você e seus pensamentos, suas emoções e seus comportamentos. Esse tipo de dificuldade emocional quanto mais longa, mas é difícil de eliminar, muito embora não é impossível, desde que você busque essa evolução.

Cuide-se! Não sofra com o estresse.

O que fazer quando o relacionamento está caminhando para separação?

Foto: Wendy Corniquet / Pixabay

Nós seres humanos somos tão inteligentes, e com facilidade buscamos adaptação constante nas relações sociais, mas em muitos aspectos somos contraditórios e muito desinteligentes. 

Já se deram conta que quanto mais convivemos com alguém, mais temos dificuldades de aceita-la, e aturar suas inabilidades?  

Se olharmos os relacionamentos de um ponto de vista racional e inteligente, deveríamos ter mais tolerância e adaptação aos defeitos do outro a medida com o conhecemos mais, só que na prática do dia a dia é exatamente ao contrário. A final, a vida é uma peça que a maior parte de suas cenas acontece nos bastidores.

Quando alguém decide encerrar um relacionamento, geralmente é acusando o outro por alguma coisa causada por ele. Em um acumulo diária de tristeza, desânimo, frustração, decepção, todas essas emoções intensas trazem a inadequação em seguida a desistência.

Talvez o casal não esteja enxergando, ou não queira encontrar as alternativas para virar o jogo, eliminar os conflitos e a rivalidade. Até porque o casal é o mesmo time, cada um com sua posição, usando habilidades para auxiliar o outro. O que geralmente faz o relacionamento acabar é quando um ou os dois jogadores deixa de cumprir seu papel, ou deixa de reconhecer a contribuição do outro.

Não adianta só reclamar e lamentar, se tu não consegues fazer diferente. Será que suas atitudes estão afastando mais o outro? Será que suas atitudes diárias continuam conquistando e agradando o outro. 

Pense um pouco, o relacionamento é algo que precisa de manutenção diária, não é porque você está em um relacionamento de anos que você vai deixar de expressar gentileza, carinho, preocupação, cuidado e gratidão. Foram exatamente essas atitudes que você teve que usar quando quis conquistar a outra pessoa, e por que agora você não faz mais?

Reflita sobre que coisas vocês gostavam de fazer no inicio do relacionamento, anote num papel todas as atividades que vocês faziam juntos, que eram divertidas e prazerosas que agradavam e conquistavam um ao outro.

Por que no inicio, você cuida do cabelo, da unha, da roupa, se depila, usa perfume, cumpre o que promete e etc. E depois de anos você não faz nada disso e quer que o outro continue se comportando igual ao inicio do relacionamento?

Acorde pra vida, seja inteligente, cuide-se assim como no inicio, prepare-se para receber a outra pessoa como antes, não é difícil ser notado e ser atraente, basta ter vontade e atitude para isso.

Para que esse equilíbrio permaneça, é necessário vontade de melhorar, é preciso atitude para cumprir sua função, assim como você cumpri no trabalho, sendo pontual, sendo zeloso, sendo gentil, sendo respeitoso e etc. As mesmas ações que você mantem nas relações de trabalho, você deve manter com a mesma intensidade com a pessoas que moram ao seu lado e que compartilha suas alegrias e dificuldades. 

No inicio do relacionamento a pessoa amada era sempre a prioridade, nas ligações, nos presentes, nas viagens, nos fins de semanas.

Depois que casa a mesma pessoa que era a primeira da lista de prioridades, é colocada no final da lista de prioridades, ou talvez nem seja mais uma delas, e muitas pessoas ainda dizem que a culpa é só do outro. E você o que tem feito na manutenção do seu relacionamento? 

Lembre-se, você consegue ser presente, pontual, grato, compreensivo, carinhoso, e ainda sim ter seus momentos pessoais e vida social, basta nunca esquecer que sua prioridade é seu relacionamento. Se não pretende ter seu relacionamento como prioridade, não entre em nenhum.

Pessoas inteligentes sabem respeitar a vontade do outro, assim como sabem aceitar suas falhas, é natural o ser humano não ter habilidades para tudo. Ao em vez de criticar ou julgar, ajude e oriente como adulto que é. A final quando você erra você quer ser tratado com educação, não é mesmo?  

O relacionamento só acaba porque você deixar de cumprir a sua função no time, porque você deixa de executar as atitudes de conquista e de companheirismo diário. 

Caso não consigam sozinhos desenvolver essas habilidades em casal, busquem um profissional para lhes orientar na adequação comportamental, pois são de pequenas atitudes que constroem boas relações. Evolua e seja um ser humano habilidoso e maduro emocionalmente, isso te possibilitará conviver em plena sintonia com a pessoa que mais sabe seus defeitos. 

GENTIL com os estranhos, mas CRUEL com a família

Foto: S. Hermann & F. Richter / Pixabay

Nobre leitor, família não se escolhe, nascemos dela e não podemos deixar de pertencer a esse grupo. A família é a primeira e geralmente a instituição social que mais participa e influencia nossa vida.  

Claro que esse modelo cultural de vivência prolongada, não significa que as relações são sempre saudáveis. Infelizmente a maioria dos adoecimentos psicossomáticos e sócio emocionais, são gerados pela falta de habilidades emocionais dos adultos para se conviver em família. Ou seja, uns causam adoecimentos nos outros.

Lidar com pessoas é sempre um desafio, e imaginem que na prática, a dificuldade consiste em estarmos todo o tempo, com alguém que pensa diferente, tem emoções únicas, tem vontades e preferências particulares, e nem sempre nós concordamos ou conseguimos entender o porquê as outras pessoas são assim no seu modo original existirem.

O ser humano não tem poder para mudar o outro, quando geramos cobranças e imposições excessivas, no máximo o que se consegue é tornar o outro mais desconfortável ou doente. Entendam que, cada ser humano pensa e faz escolhas a partir da sua crença e da sua necessidade individual. Não devemos julgar o outro por escolhas diferentes das nossas.

Mas por que é tão difícil conviver com essas diferenças? 

Por que na maioria das vezes conseguimos ser gentis com os estranhos, mas não conseguimos tratar com a mesma gentileza e cuidado os que convivemos dentro de casa?

A resposta é simples: SOMOS TREINADOS PARA ISSO.

Falar alto, humilhar e pressionar familiares traz a falsa ideia de poder e controle, ser violento e tratar o outro com grosserias traz a falsa ideia respeito. 

Os adultos querem ser tratados com educação e gentileza, mas na maioria das vezes são intolerantes e agressivos com esposo(a) seus filhos.

Os filhos escutam que devem respeitar as pessoas, mas os pais expressam no dia a dia que não levam desaforo pra casa.

Os pais querem que seus filhos sejam leitores e estudiosos, mas eles enquanto adultos, mal conseguem da atenção e ajudar os filhos nas tarefas da escola.   

Tudo isso traz a tona quão contraditório é o ser humano, devido ao potencial cognitivo e adaptativo que existe em nós, e de forma lógica, isso evidência o quanto nos tornamos desinteligentes diante de aspectos que envolvem fortes laços emocionais.

Mas a pesar de ser algo pouco inteligente e muito doentio para a vida em grupo, é muito comum identificarmos na maioria das famílias, que seus gestores são educados, respeitosos, generosos e flexíveis com os estranhos (não familiares), mas são extremamente críticos, agressivos, intolerantes, punitivos com seus próximos (familiares). 

Quanto mais se convive intimamente com alguém, mais deveria ser fácil agradá-la, tolerar suas fragilidades, respeitar suas vontades e opiniões, ser gentil e coerente com essas pessoas que nos acompanham diariamente.

O exemplo é seguido, e essas crianças quando se tornarem adultos, terão grandes possibilidades de reproduzir os comportamentos de intolerância e pouca inteligência emocional. E assim o ciclo se repete com as próximas gerações.

Por isso, caro leitor, que vivemos em uma sociedade tão doente e violenta, nossos ancestrais nos treinaram para isso. Já percebeu que raramente agradecemos ou elogiamos a quem vive no nosso lado.

Você não escolheu ser quem é não escolheu sofrer o que sofre, possivelmente também entende por que seus familiares não simpatizam ou não gostam muito da sua forma de agir. 

São ciclos automáticos que vem se repetindo há vários séculos. Então pense que você pode se tornar um ser humano muito melhor e evoluído, se conseguir mais inteligente emocionalmente, e só dessa forma podemos evitar conflitos e adoecimentos em nós mesmos e nos que vivem a nossa volta. 

Quem ama não maltrata nem quer ser maltratado. Quem é gentio recebe gentileza. Quem é educado é tratado com educação. Quem elogia é elogiado. 

Em breve publicarei a continuação do texto, com reflexões sobre como podemos mudar nossa realidade agressiva através da gratidão.

14 set

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Aprenda como ajudar alguém em risco de suicídio

Foto: Marcos Santos / USP Imagens

A Campanha SETEMBRO AMARELO existe no Brasil desde 2015, mas o que deu origem a esse movimento mundial foi à morte de um jovem americano na década de 90.

Em setembro de 1994, nos Estados Unidos, o jovem de 17 anos Mike Emme cometeu suicídio. Ele tinha um Mustang 68 amarelo e, no dia do seu velório, seus pais e amigos decidiram distribuir cartões amarrados em fitas amarelas com frases de apoio para pessoas que pudessem estar enfrentando problemas emocionais como o jovem EMME.

A ideia acabou impulsionou um movimento de prevenção ao suicídio e até hoje o símbolo da campanha é uma fita amarela.

Inspirado no caso Emme, o “Setembro Amarelo” foi adotado em 2015 no Brasil pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio em algum lugar do planeta. Ou seja, em um ano, aproximadamente (um milhão) de pessoas perdem sua vida dessa maneira. Dados levantados pela instituição em 2016 também apontam que suicídio está entre as três principais causas de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. 

Diante desse cenário, fica clara a necessidade de dar mais atenção ao tema, com campanhas de conscientização e debates que possibilitem a quebra do tabu sobre o problema. E é essa a proposta do Setembro Amarelo. 

Importância da campanha

Além de trazer esclarecimentos importantes, as campanhas disponibilizam informações e opções de tratamento para o público, visando a reduzir o medo e o preconceito das pessoas acerca desse problema de saúde publica, assim como orientar os que sofrem a buscar ajuda profissional. 

O fato de muitos acharem que o suicídio é algo distante e que afeta poucas pessoas – o que a OMS mostra não ser verdadeiro –, também prejudica discussões mais aprofundadas que seriam benéficas para quem precisa.

Infelizmente ainda é pouca a atenção dadas a esse problema, por isso muitas pessoas ainda se sentem sozinhas diante de universo doentio.

MITOS e VERDADES SOBRE O SUICÍDIO

1. Pessoas que ficam ameaçando suicídio não se matam, só quer chamar atenção. ERRADO

A maioria das pessoas que se matam deram avisos de sua intenção, frases e postagens em redes sociais é uma forma de pedir socorro.

2. Quem comete suicídio, tem falta de Deus. ERRADO

Pensar em suicídio na maioria das vezes é parte de sintomas de doença mental, então tirar a própria vida é um momento de conflito e sofrimento, e algumas pessoas ligadas a religiões também cometem suicídio.

3. Suicídios ocorrem sem avisos. ERRADO

Suicidas frequentemente demonstram sintomas e comportamentos de que não estão gostando de viver. Deixam de fazer o que gostam, desprezam objetos de estimação e etc.

4. Melhora após a crise significa que o risco de suicídio acabou. ERRADO

Muitos suicídios ocorrem num período de melhora, quando a pessoa tem a energia e a vontade de transformar pensamentos desesperados em ação autodestrutiva. A melhor alternativa é ser acompanhado por um profissional da saúde isso irá reduzir a possibilidade de outra tentativa.

5. Nem todos os suicídios podem ser prevenidos. VERDADE

A maioria é possível prevenir, 90% dos casos podem ser evitados quando recebem ajuda.

6. Uma vez suicida sempre suicida. ERRADO

Pensamentos suicidas podem retornar, mas eles não são permanentes e em algumas pessoas eles podem nunca mais retornar.

7. Falar sobre suicídio estimula as pessoas a se matarem. ERRADO

Quanto mais se fala sobre o assunto mais a prevenção é eficiente, desde que a pessoa que converse com o suicida saiba direciona-la com intervenções certas, isso facilita para que os que pensam em cometer suicídio entendam o porquê se sente assim e busquem aceitem ajuda, e para os que nunca pensaram se tornarão mais preparados para ajudar os que precisam.

8. Quem se suicida está em conflito mental e só vê a morte como única alternativa para resolver seus problemas. CERTO

Quando o indivíduo não encontra saída para seu problema, para sua dor, ele quer acabar com esse sofrimento e só enxerga a morte como alternativa. Conversar, acolher, ouvir e cuidar é a principal prevenção.

Não julgue a dor do outro, se você não sabe como ajuda-lo, leve-o a um profissional que saiba, essa ação terá 90% de chance de salvar seu amigo ou parente.

O ministério da Saúde (MS), juntamente com a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (AIPS), colaboram com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Federação Mundial para Saúde Mental (FMSM), em ações articuladas que mobilizam cerca de 40 países e realizam eventos de sensibilização para fortalecer a ocasião. 

Segunda a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que no mundo por ano mais de UM MILHÃO de pessoas morram por suicídio, sendo contabilizado o maior número entre pessoas com idades entre 15 e 29 anos, com isso, se torna a quarta causa de mortes entre homens e a oitava causa entre mulheres.

A campanha Setembro Amarelo é projetada para desconstruir o preconceito sobre as causas do suicídio. A falta de conhecimento sobre o assunto é o principal obstáculo que dificulta a prevenção. 

Segundo o Ministério da Saúde (MS) 90% dos casos de suicídio estão relacionados com alguma doença mental, então quanto maior o nível de conhecimento sobre a temática, mais fácil de prevenir o problema.

Quando um indivíduo pensa ou tenta suicídio, mas é acolhido e direcionado pelo profissional capacitado, raramente ele volta a tentar, o índice de desistência é de 90% desde que tratado. Ou seja, quando esse indivíduo não é cuidado ele tem uma grande chance de cometer suicídio a qualquer momento. 

Segue algumas dicas de como agir diante de alguém com ideação suicida:

Mantenha-se calmo e receptivo, disposto a ouvir alguém que precisa desabafar;

Não julgue nem critique o que ele disser, pois você não sabe o quanto ele sofre;

Diga que está com ele e vai ajudá-lo.

Estimule o indivíduo a falar sobre como tentou? Há quanto tempo se sente assim? Quem sabe das tentativas? são perguntas que o farão explicar o nível de perigo que ele se encontra;

Mesmo que ele se negue no momento, tente leva-lo a um serviço de saúde mental; 

Não o abandone, não o deixe desistir da vida;

Falar sobre suicídio com quem pensa em tirar a própria vida é melhor maneira de amenizar o sofrimento mental que ele sente, tudo que precisa nesse momento é ser ouvido e valorizado.

SEXUALIDADE: Um assunto para todas as idades

Foto: emmaws4s / Pixabay

Quando falamos em sexualidade, esbarramos é um TABU cultural onde a maioria das pessoas tem um conceito errado sobre essa característica instintiva humana. 

Muitas pessoas pensam que falar sobre sexualidade com crianças e adolescentes, irá incentivá-los a entrar na prostituição.

Muitas pessoas pensam que falar sobre drogas com crianças e adolescentes, irá incentivá-los a entrar na marginalidade.

Muitas pessoas pensam que falar sobre suicídio com crianças e adolescentes, irá incentivá-los a tirar a própria vida.

Conversar e prevenir é melhor do que tentar consertar erros cometidos por falta de conhecimento e orientação.

É preciso compreender que existir diferença entre: Sexualidade e Sexo. 

SEXUALIDADE: é uma energia que motiva o individuo a buscar uma satisfação íntima. Nem sempre essa busca é com SEXO. Existem várias formas de sentir prazer nas relações sociais e que configuram a sexualidade, energia essa que nos acompanha desde o nascimento até a morte, em cada momento da vida ela se apresenta de modo diferente. A OMS (Organização Mundial de Saúde) reconhece que a sexualidade é uma energia instintiva de origem biológica do ser humano, ou seja, todo ser tem sua condição particular de viver e saciar suas próprias necessidades.

SEXO: é uma prática comportamental que motiva parte da manutenção da sexualidade, e se contextualiza de acordo com cada cultura. O ato sexual é a ação que configuram relações reprodutivas e vínculos afetivos e sociais. 

O ideal é que os seres humanos só se relacionem sexualmente a partir do momento em que o organismo alcance maturidade hormonal, estando assim em condições de reprodução. Esse prazo nem sempre é igual, cada organismo tem um tempo particular de chegar a essa condição plena de funcionalidade.

Mas como orientar as crianças com o conteúdo compatível para sua idade?

Como direcionar os adolescentes na administração das mudanças corporais e hormonais?

Essas não são as únicas perguntas que atormentam os pais e as mães, eles hoje estão nessa posição, mas já foram filhos também e na época não tiveram oportunidade de vivenciar algo diferente sobre o assunto sexualidade.

Então como não sabem realmente o que é sexualidade, também tem dificuldades de responder perguntas sobre sexualidade dos filhos crianças e dos adolescentes.

Como direcionar os filhos com confiança para que eles se desenvolvam em cada etapa de suas vidas de forma saudável?

Pergunta difícil não é?

Pois bem, é comum ouvirmos adultos sem conhecimento e com preconceituosos expressarem que crianças e idosos não tem sexualidade. Isso é um erro, em todas as idades estão ativas as características e condições inerentes à sexualidade.

As crianças têm seu modo e seu tempo de conhecer seu corpo, e compreender as diferenças físicas entre meninos e meninas, isso é sexualidade. É comum identificarmos pais e mães que se sentem confusos ao ser questionado sobre sexualidade com perguntas simples pelos filhos ainda crianças.

Exemplo: Mamãe como eu sai da sua barriga? Como eu nasci? Como você ficou gravida?

Muitos já passaram essa “saia justa”. Pais e mães, quando isso acontecer com vocês, respondam de modo objetivo e simples, pois se vocês não forem convincentes ou não responderem, essas crianças vão pesquisar na internet, e infelizmente lá eles encontrarão conteúdos impróprios para a idade deles, e possivelmente nunca mais eles te perguntem nada sobre o assunto, e sempre vão buscar essas respostas na internet. Lá o conteúdo confunde até os adultos, imaginem a elas que são crianças.

Só que na maioria dos casos crianças principalmente do sexo feminino são muito punidas e traumatizadas diante desse tema. Esses pais não admitem que elas crescem e na maioria das vezes irão descobrir a verdade de forma vulgarizada ou erotizada.  

Adolescentes buscam experimentar como esse (corpo) aparelho biológico funciona, muitas vezes através da masturbação, que é comum na puberdade entre garotos e garotas. 

Não adianta você pai ou mãe dizer que é pecado, ou dá qualquer outra forma de desculpa ou punição. É nesse período da vida que surgem muitas dúvidas e que os pais na maioria das vezes não sabem orientar seus filhos, e na ausência desse direcionamento eles buscam respostas em pessoas que também não sabem abordar o assunto, assim como na internet, e devido a isso, muitos iniciam uma vida sexual de forma errada, arriscada e irresponsável. 

O ideal é que os pais construam uma relação de confiança com seus filhos, e assim esse quando adolescente será mais bem direcionado, pois quando tiver dúvidas ele vai buscar resposta nessa pessoa de confiança.

Adultos que apresentam alguma disfunção sexual seja ele hétero ou homossexual, possivelmente foi uma criança mal orientada e um adolescente em conflito com seu próprio corpo. Ou talvez vítima de algum tipo de abuso sexual. 

Lamentavelmente o índice de violência sexual contra crianças e adolescentes é alto na nossa cultura, o fato da criança não ser orientada adequadamente sobre sexualidade, é um fator faz essas crianças serem mais vulneráveis aos abusadores.

Senhores pais e mães compreendam que vocês nunca conseguirão impedir a evolução dos seus filhos, o contexto da sexualidade é apenas um dos elementos que compõe a multiplicidade funcional dele enquanto ser humano. Então é melhor adaptar-se e orientar com carinho e respeito do que perder o controle vê-los mal sucedidos na vida sexual e social.

Falar sobre o assunto com os filhos não irá incentiva-lo a entrar na prostituição, pelo contrário esses ensinamentos devem ser a porta de entrada para melhor visão sobre os perigos a serem enfrentados na vida de adultos.

Perdas que geram desequilíbrio emocional

Foto: Ulrike Mai / Pixabay

Quando falamos em perdas, naturalmente nós seres humanos rejeitamos o termo e nos assustamos com a possibilidade de perder algo ou alguém.

A cada prejuízo, o ser humano recebe um impacto emocional. A intensidade com isso acontece, depende diretamente do quanto esse individuo está organizado emocionalmente naquela ocasião, e de como ele se posiciona diante de cada dificuldade.

É comum identificarmos pessoas, que quando perdem algo ou alguém muito importante, ficam confusas quanto ao sentido da vida, e se desorganizam psicologicamente. 

Esses acontecimentos são consequência da fragilidade emocional, e do modo como cada indivíduo lida com seus percas. Esse posicionamento está diretamente ligado com a resiliência desenvolvida por essa pessoa ao longo das frustrações da vida.

Mas a final. Por que algumas pessoas não se acostumam com ordem natural do universo, que envolvem diariamente decisões, escolha, vitórias e derrotas?

Por que somos resistentes a aprender que muitas das coisas que perdemos não dependem da nossa vontade?

A evolução natural do mundo nos permite sempre conquistar algo ao mesmo tempo em que precisamos abrir mão de outras.

A exemplo desse atual momento delicado, que o planeta passa no contexto da saúde humana.

Quando um alguém escolher ficar em casa, ele abre mão da sua liberdade para ter saúde.

Quando outro alguém decide não cumprir as regras do distanciamento social, ele ganha a liberdade, mas correr o risco de perder a saúde e/ou a vida. 

Então caro leitor. A cada perda vivenciada nosso corpo experimenta doses de desconforto e sofrimento emocional. Cabe então a cada um de nós, agir com inteligência emocional diante de cada escolha, uma vez que, se faz necessário desenvolver habilidade de sobrevivência, sabendo que ganhamos e perdemos o tempo todo. 

É importante ter consciência de que, nem toda perda está relacionada com a morte. Muito embora esse contexto da finitude da vida seja a perda mais dolorosa, e é em torno dela que gira os maiores desconfortos, e os mais intensos sofrimentos emocionais. 

Desde que o COVID-19 começou se alastrar no planeta, o elemento morte ficou muito mais evidente e sempre vem ganhando destaque por todos os lugares. É comum que esses eventos tornem as pessoas mais impactadas emocionalmente.

É bem verdade que durante a quarentena ganhamos companhias de alguns que eram ausentes, assim como perdemos as companhias de alguns que eram presentes.  

Em outras épocas muitas vidas iniciavam e findavam todos os dias nos mais variados lugares ao redor do mundo, só que esses acontecimentos não eram noticiados de modo detalhado como estão agora. 

Todas essas perdas geram desequilíbrio emocional, pensamentos disfuncionais, e adoecimento psicológico, não tem como naturalizar esses acontecimentos, nós não conseguimos vivenciar isso tudo e não nos sensibilizarmos, a somatização é automática, principalmente para aqueles que acompanham diariamente a evolução desse fenômeno. 

É importante sempre ficar atento ao seu próprio nível de preocupação e sofrimento, caso você esteja tendo prejuízos com seus compromissos e atividades, é recomendável procurar ajuda de profissional de Psicologia, para reestabelecer essa condição emocional. Caso exista esse tipo de incomodo e não seja reorganizado, você tem uma grande possibilidade de desenvolver uma doença emocional. 

Atualmente muitas pessoas estão desencadeando crises de ansiedade, devido ao grande nível de somatização das perdas no período de isolamento social.

Na verdade o que faz você adoecer é a maneira com que você pensa e encara os fatos e as perdas. Quando o indivíduo vivencia uma psicoterapia ele desenvolver habilidade emocionais através do autoconhecimento, aprendendo estratégias de administrar seus pensamentos e emoções.

24 Maio

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COVID-19, Adoecimento Mental e Suicídio

Mês dedicado aos cuidados da saúde mental (Foto: Marcos Santos / USP Imagens)

O coronavírus está nos holofotes de todas as páginas jornalísticas, e também nas redes sociais, e naturalmente em todas as conversas anônimas esse assunto também é o mais comentado. Há poucas semanas a contaminação chegou a todas as cidades brasileiras, e o mais se temia aconteceu, os números agora são também nomes. Nossos familiares e pessoas conhecidas.

As consequências são evidentes em vários aspectos sociais, principalmente na organização psicológica das pessoas. O ADOECIMENTO MENTAL cresceu muito, e junto à desordem emocional, veio também ganhando destaque o aumento nos casos de suicídio. Muitas das doenças mentais graves têm como parte dos sintomas os pensamentos suicidas. 

As causas do aumento no número de suicídio estão diretamente ligadas a crescente do adoecimento mental. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), 90% dos casos de tentativas e suicídio têm por trás uma pessoa com doença mental grave. Já escrevi um artigo anteriormente falando sobre as estatísticas do suicídio em tempos sem pandemia. RELEMBRE.

O distanciamento social potencializa várias emoções que causam desequilíbrio psicológico: as angústias, as incertezas, os medos, a insegurança, a ansiedade, o medo e etc. Essas sensações emocionais em altas doses e sentidas diariamente causam grande sofrimento no indivíduo. 

Todas essas emoções estão evidentes nas pessoas e principalmente nos idosos, que além de serem do grupo de risco, tiveram suas obrigações sociais e atividades de lazer bloqueadas. Geralmente o idoso tem poucas ocupações: ir à igreja, ir à feira, grupo de convivência, caminhar na praça, jogar dominó com os amigos entre outras. Pra quem já tinha poucas atividades, ficou ainda mais difícil viver confortável, já que o modo de funcionamento das famílias na atualidade as pessoas não conversam pessoalmente com tanta frequência como a década passada. Essa pessoa idosa está presa socialmente e sozinha emocionalmente

Diante dessa situação doentia, é comum identificar pessoas com sintomas psicossomáticos, que são a junção dos conteúdos absorvidos no desgaste físico e psicológico.  A maioria das pessoas está há muitos dias sem liberdade de ir onde quer, e ainda tem que conviver com risco de morte caso contraia o vírus, mesmo para quem não é dos grupos de risco. 

Nas últimas semanas aumentou muito a busca por Serviços de Psicologia. Mesmo durante a pandemia muitas clínicas e profissionais continuam atendendo seus clientes, tanto no modo presencial quanto virtual, cumprindo os requisitos de segurança e atendendo as normas do CFP (Conselho Federal de Psicologia) que regulamenta o atendimento psicológico através de meios de tecnologia em sua resolução de N° 11/2018.