Diante da votação no Congresso Nacional que salvou o presidente Temer do STF, nesta quarta-feira 02/08, vi muitas manifestações de indignação, o que é natural.
No entanto, para quem vive o dia-a-dia da política de base, ainda mais nos interiores do país, não pode se surpreender com este comércio de voto.
Afinal, é bastante importante nos perguntarmos de que forma esses políticos que votaram de forma despudorada foram eleitos?
A prática da compra de votos é algo antigo e se tornou cada vez mais escancarada.
Como na antiga frase do vendedor da feira livre, em que bradava: “é de São Severino, compra homem, mulher e menino”. Hoje, a compra de votos é basicamente desta forma.
Cimento, tijolo, botijão de gás, dentadura, carro de mão, exames médicos, dinheiro vivo e assessoria são algumas das moedas de troca para se eleger um político no Brasil.
Quando essa turma do “sim” votou sabia que a eleição estaria garantida, desde que pudesse repassar parte dos seus favores para um eleitorado não menos despudorado do que ele.
Portanto, não se engane, a aposta de ontem não foi como no jogo do bicho em que você jogou cobra e deu veado.
2018 está batendo à porta. Não se iluda, os vendilhões chegaram de caras lisas, mas de bolsos cheios e garantirão os seus inúteis (para o povo) mandatos.
Por Sérgio Campos / colaboração
(Servidor público e morador de Santana do Ipanema. É leitor e colaborador do Alagoas na Net)