Especialista orienta sobre ingestão de frutos do mar no verão

07 jan 2013 - 11:19


Cerca de 1% a 3% da população apresenta reação alérgica a alimentos provenientes da água salgada.

Ilustração (Google Imagens)

Os pratos com frutos do mar são os favoritos no verão, por moradores e turistas em cidades próximas à região litorânea. Famosos por sua crocância e sabor agradável, eles combinam com o almoço em família ou passeios à praia. Porém, não é todo mundo que pode apreciá-lo sem danos à saúde. Conforme a Fundação Britânica Allergy UK, de 1% a 3% da população mundial é alérgica a esses alimentos.

Sentir coceiras, manchas avermelhadas, inchaço nos olhos, lábios e garganta ou mal-estar após comer ou sentir o cheiro de frutos do mar, pode ser a resposta do seu organismo para um alerta: alergia. Sidney Souteban, alergologista do Hapvida Saúde, orienta que os cuidados devem durar o ano todo. “Quando se trata de alergia alimentar, fugimos das estações do ano. Temos que estar atentos, pois ela pode causar sintomas leves como coceiras e urticárias, bem como a anafilaxia, que é uma reação alérgica forte e que pode, inclusive, levar à morte”, explica.

Esse tipo de reação alérgica aparece em uma pequena parte da população mundial, e não surge, obrigatoriamente, no primeiro contato com o alimento, podendo se tornar uma ameaça a partir de qualquer faixa etária. Embora menos comum em crianças, a alergia a frutos do mar costuma persistir durante toda a vida.

A arquiteta Nadja Barros está inclusa no percentual de 1% a 3%, divulgado pela Fundação Britânica Allergy UK. Sensível ao contato com siri, caranguejo, camarão e lagosta desde pequena, ela agora evita também um quinto crustáceo. “Há cerca de dois anos, desenvolvi reação alérgica ao comer polvo e, desde então, ele está fora do meu cardápio”, conta. Como sabe que seu quadro não tem cura, ela procura manter distância desses alimentos quando vai comer fora de casa. “Vou à cozinha me certificar de que eles não misturam os crustáceos com os demais mantimentos”, explica Nadja.

Assim como fez a arquiteta, quando da primeira reação, a dica é procurar imediatamente um especialista, que vai solicitar os exames específicos para então fornecer o diagnóstico. Para o resultado positivo, a única maneira de eliminar a alergia é evitando o consumo, pois as medicações vão apenas tratar os sintomas momentâneos.

“Se o paciente não tem um histórico de reações alérgicas ou intolerância alimentar não tem por que deixar de consumir frutos do mar”, comenta o médico Sidney Souteban. “No entanto, comer sem exageros é sempre a melhor opção. Ao contrário do que muitos pensam a alergia não significa baixa de defesa, e sim uma resposta exagerada do sistema imunológico a uma ação externa, neste caso, o alimento”, completa.

Por João Victor Acioly

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