Adeal abre campanha de vacinação continuada contra brucelose

19 abr 2013 - 16:04


Foto: Paulo Rios

Foto: Paulo Rios

Diante de lideranças do setor agropecuário alagoano, o presidente da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), Marcelo Lima, abriu a campanha de combate à brucelose, em 2013, com a vacinação simbólica de animais.

O evento foi realizado na Fazenda Alto Verde, situada na zona rural de Maceió, e contou com a presença de diversas autoridades governamentais, a exemplo do superintendente do Ministério da Agricultura em Alagoas, Alay Correia; da presidente da Emater, Inês Pacheco, e do presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Domício Silva, além de representantes do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).

“Acredito no sucesso dessa campanha educativa de incentivo à vacinação continuada de brucelose. É uma campanha que valoriza o rebanho. Vacinado, ele tem um valor maior para recria. É ganho para todos. A vacinação contra brucelose, depois que virar um hábito, entrará na rotina do criador”, declarou o presidente da Adeal.

Com a vacinação simbólica de alguns animais, a Agência de Defesa deu início à campanha continuada que será realizada durante todo o ano de 2013 no Estado. As vacinas estão disponíveis nas lojas credenciadas. Sem a vacinação, os animais ficam impedidos de entrar em outros estados.

“Para o criador, é mais barato prevenir e vacinar seu rebanho contra doenças. Esta campanha é importante para todo o setor produtivo. O Mapa vai estar presente e atento, desempenhando um trabalho de cooperação com a Adeal. O resultado desta campanha é o ganho para o produtor”, declarou o superintendente do Ministério da Agricultura em Alagoas, Alay Correia.

“Vacino meus animais há 32 anos. Todo o meu rebanho é 100% vacinado. A brucelose é um problema para Alagoas. Com esta campanha de incentivo à vacinação, a população é a principal beneficiada. Ela é importante por levar informação ao criador, que conhece melhor como é a doença e como ela deve ser combatida”, declarou o agropecuarista Álvaro Vasconcelos.

A brucelose é uma doença grave e que não tem cura. É causada por uma bactéria chamada brucela, que ataca bovinos, suínos, equinos, caprinos, ovinos e pode ser transmitida ao homem. A única maneira de evitar a brucelose é a vacinação.

“Parabenizo o Ministério da Agricultura e a Adeal por esta iniciativa. Temos que nos adequar ao resto do País. O foco sempre foi a aftosa, onde agora estamos próximos de uma reclassificação para zona livre com vacinação. Agora, é hora de começar outros programas. É uma campanha de vacinação de educação e de conscientização. O produtor está preparado e consciente para fazer seu papel neste processo”, frisou Domício Silva, presidente da ACA.

O combate à brucelose é feito com a vacinação apenas de bezerras com três a oito meses de idade. Segundo levantamento realizado pelo setor, Alagoas conta com uma produção anual de bezerras estimada em 120 mil animais. A meta da agência de defesa de Alagoas é vacinar pelo menos 30 mil animais no decorrer deste ano.

A Adeal informou que não foram constatados, no período de janeiro e fevereiro deste ano, casos positivos de brucelose nos rebanhos de 24 propriedades rurais do Estado. Nos dois meses, veterinários autônomos realizaram 474 exames e vacinaram 587 bezerras na faixa etária de três a oito meses.

Já em 2012, de acordo com levantamento realizado pela coordenação do Programa de Brucelose da Adeal, foram registrados 19 casos da doença em rebanhos de Alagoas, sendo vacinadas 7.087 bezerras.

“O objetivo desta campanha é controlar a doença a partir da vacinação. O programa de combate à brucelose foi instituído desde 2001 e em Alagoas, a vacinação tornou-se obrigatória a partir de 2009. É um programa de saúde pública. O atestado de vacinação é válido para toda a vida do animal. Quem vacina, tem que declarar. Se não declarar, ela não terá validade”, informou o coordenador do Programa de Combate à Brucelose da Adeal, José Hilton.

O órgão de defesa orienta que, à medida que esses animais forem atingindo a faixa etária indicada para vacinação, o criador deve procurar um médico veterinário para orientar todo o procedimento de vacinação de acordo com a legislação vigente.

Por Agência Alagoas

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