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Com a chegada das férias escolares, muitos brasileiros já planejam viagens internacionais para depois das festas de fim de ano, em janeiro. Segundo levantamento do Ebury Bank, instituição especializada em câmbio e pagamentos internacionais, Argentina e Japão estão entre os destinos mais vantajosos para quem quer viajar gastando menos. A análise considerou os destinos mais escolhidos pelos brasileiros e cruzou variações cambiais e de inflação com a proximidade geográfica, o que influencia diretamente o custo das passagens aéreas.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Brasil registrou 23,5 milhões de passageiros em voos internacionais entre janeiro e outubro de 2025 – número que já chega perto do total do ano anterior, em que 24,9 milhões de brasileiros viajaram. O dado reforça que os brasileiros estão viajando cada vez mais para fora do país, mas é importante considerar alguns fatores antes de decidir o destino internacional: o preço das passagens aéreas, a distância do trajeto, a inflação local, e, claro, a cotação da moeda local em relação ao real.

O grande destaque para os brasileiros é a Argentina. O peso argentino teve uma desvalorização de 38,5% frente ao real em 2025. Isso significa uma grande vantagem tanto na cotação quanto no poder de compra, mesmo com a inflação do país ultrapassando os 31% nos últimos 12 meses. De acordo com dados do Ebury Bank, com cada real brasileiro, é possível comprar 29,6% mais este ano na Argentina do que se tivesse gasto esse mesmo dinheiro no Brasil.

“A Argentina, principalmente, está com o câmbio muito mais favorável ao real do que no ano passado. Isso amplia o poder de compra dos viajantes brasileiro. Além disso, as passagens são mais baratas e o tempo de voo mais curto em comparação com outros locais, o que torna esse destino especialmente atrativo”, afirma David Brito, Country Manager do Ebury Bank.

Ao analisar distâncias mais longas, Japão e China também aparecem como boas opções. O Japão sofre com uma desvalorização do iene - e frente ao real o número é de 14,6% nos últimos 12 meses. Com cada real, o viajante brasileiro pode comprar 19% mais no Japão este ano do que se tivesse gasto em seu próprio país. A moeda chinesa, o yuan, apresenta números semelhantes, com uma desvalorização de 12,1% em relação ao real, enquanto o poder aquisitivo dos brasileiros cresceu cerca de 15,6% este ano.

Chile e Peru também figuram como boas opções para viagem, com 6,7% e 2,3% respectivamente, de desvalorização frente ao real. O poder de compra do brasileiro cresceu 8,5% e 5,7% nos países.

Por outro lado, viajar para a Europa requer um pouco mais de cautela. O real valorizou-se apenas 0,6% em relação ao euro e está perdendo terreno neste momento em relação à moeda comum. O mesmo ocorre com a libra, que se manteve estável. “Os custos das viagens para a Europa continuam bastante elevados e a viagem acaba ficando muito mais custosa. Por isso, alternativas na América do Sul e na Ásia, como Japão e China, acabam compensando mais, a depender do que buscam os viajantes", complementa David Brito, Country Manager do Ebury Bank.

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