Prefeito Atevaldo Cabral (Foto: Divulgação)
O prefeito da cidade de Ouro Branco, Atevaldo Cabral da Silva, em companhia do seu cunhado, Adejanio Policarpo de Moura Silva, vão responder uma ação penal sob a acusação de estelionato. A informação foi divulgada ontem, quinta-feira (5), pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), que confirmou o recebimento da denúncia no dia 25 de fevereiro do ano corrente.
Os dois sertanejos são suspeitos de terem recebido, indevidamente, benefícios previdenciários referentes às aposentadorias de pessoas falecidas.
A defesa dos alagoanos propunha que as investigações do processo não prosseguissem, entretanto, o relator da ação no TRF, desembargador federal Ivan Lira de Carvalho argumentou o contrário, e disse o inquérito da polícia demonstra a necessidade da obtenção de maiores esclarecimentos. O que deve acontecer no decorrer da ação judicial.
Relembre o caso
Atevaldo e Adjânio foram presos em março de 2008, após uma perseguição policial nas proximidades da cidade de Poço das Trincheiras. Ambos haviam furado um bloqueio na rodovia e após a detenção, os policiais rodoviários encontraram documentos, cartões magnéticos e extratos bancários que o incriminavam por suspeita de estelionato contra o INSS.
As investigações, decorrentes do inquérito policial, levaram à conclusão de que o atual prefeito e seu cunhado estariam se utilizando de procurações falsas e cartões do INSS para fazer saques, indevidamente, de benefícios previdenciários.
Os acusados teriam usado cartões em nome de pessoas falecidas há mais de dez anos. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), foi apurado que teria sido feito um levantamento de um precatório, em 19/09/2008, referente a valores atrasados em nome de Eulália Gama. As investigações apuraram que se tratava, na verdade, de Eulália Maria da Conceição, falecida em 25/09/1999.
Da Redação com informações do TRF5