O Conselho, desta vez, deverá se manifestar por meio de resoluções, aprovadas após mais uma reunião do grupo.
Gestão do Hospital está no centro das atenções (Foto: Alagoas na Net / Arquivo)
A polêmica envolvendo a gestão atual e uma futura empresa que deverá administrar o Hospital Regional Clodolfo Rodrigues de Melo parece que não está perto de findar.
Nesta sexta-feira (1) o Conselho Municipal de Saúde de Santana do Ipanema deve novamente se manifestar avaliando os últimos atos do Poder Executivo.
A reação do colegiado acontece a dois dias de uma visita surpresa feita por uma comitiva integrada por membros do Instituto Saúde e Cidadania (ISAC) e o secretário municipal de Saúde.
O grupo esteve na ultima quarta-feira (29) andando pelas dependências do Hospital.
Resoluções
O Conselho, desta vez, deverá se manifestar por meio de resoluções, aprovadas após mais uma reunião do grupo. Segundo apurado pela reportagem, pelo menos duas destas resoluções devem chamar a atenção do prefeito e do secretário de saúde.
Uma delas abordaria o aspecto de regulamentação e regramento das visitas às unidades de saúde do município. O conselho pede que o município exponha em suas unidades os nomes dos atuais membros do conselho municipal.
A medida teria como objetivo evitar a ausência de algum representante do órgão, em novas ‘visitas surpresas’.
A segunda resolução, e que pode ser ainda mais incômoda ao Executivo, faz referência ao ato que tornou o IPAS (Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde), entidade que gere o Hospital, inidôneo perante o município.
Para os conselheiros, há questionamentos sobre este ato do prefeito da cidade, já que ele estaria embasado num relatório de uma auditoria que não foi sequer mostrado ao conselho. Segundo apurado, o Conselho chega a pedir até ao Tribunal de Contas do Estado que avalie a validade deste ano.
Primeira manifestação
O mesmo conselho municipal já protagonizou outro episódio que também não agradou o chefe do Executivo santanense. O fato aconteceu no inicio deste mês, dia 9, quando o colegiado indicou que o prefeito fizesse o processo licitatório e renovasse os serviços com o IPAS.
O pedido não foi bem recebido e o prefeito respondeu dizendo que não acataria a decisão do Conselho. Mario Silva enfatizou que a Organização Social que hoje está na cidade tem cumprido o contrato com o município, atendendo aos serviços de saúde. O político ainda classificou que trabalho do IPAS tem sido ‘desumano’.
Por Lucas Malta / Da Redação